Iniciativa 100% nacional e limpa, a tecnologia consiste em borrifar gotículas de água com tamanho exato, em nuvens com potencial para chuva (determinados por softwares especializados) para induzir a precipitação.
A metodologia utiliza água potável lançada por aeronaves que sobrevoam as nuvens e é aplicada com a ajuda de radares adaptados.
A convenção em que a iniciativa foi apresentada, cuja sede foi a Alemanha, faz parte da programação da década de enfrentamento da desertificação, lançada, em 2010, pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O processo de produção de chuvas artificiais é adotado nos Estados Unidos, desde a década de 1930. Mas, diferentemente das técnicas utilizadas desde então, baseadas no bombardeio de produtos químicos nas nuvens, o método adotado pela empresa brasileira é inédito por se tratar de uma tecnologia totalmente limpa.
Os sistemas que se valem de substâncias químicas são proibidos em alguns países por serem nocivas à saúde.
De acordo com a diretora da ModClima, Majory Imai, para inserir essa tecnologia nas políticas e praticas globais de mudanças climáticas da ONU, existe um percurso e uma rede complexa de aprovações democráticas e internacionais a cumprir.
Segundo ela, será preciso utilizar a tecnologia de produção de chuvas na região do semiárido brasileiro, criando uma rede de relacionamentos local que possa envolver iniciativa privada, agentes locais e governo.
O andamento desse projeto e seus resultados deverão, então, ser apresentados a uma comissão técnica da UNCCD e, a partir disso, ser disponibilizado às outras delegações como uma ferramenta brasileira e inovadora para enfrentar a desertificação e contribuir para geração de alimentos e abastecimento no planeta.
Parcerias estratégicas com iniciativas de sucesso como as ações do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para enfrentamento da desertificação, do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCT), do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA), da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), do Ministério da Integração Nacional e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), são, segundo a diretora da ModClima, fundamentais para a consolidação deste projeto piloto.
A empresa está buscando o apoio destas e outras organizações com o objetivo de que mais regiões do Brasil e do mundo possam se beneficiar do uso da ferramenta.
Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia/Info Online
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