quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Cientistas Criam Capa da Invisibilidade

São Paulo - Não são apenas os fãs da série Harry Potter que desejam ter uma “capa da invisibilidade” como a do bruxo. Cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, há anos estudam um meio para tornar essa ideia realidade. Demorou, mas finalmente eles conseguiram fazer com que o protótipo criado em 2006 (veja no vídeo abaixo) funcionasse.
Feito com fibras de vidro e de cobre, o material dá a sensação de que o objeto testado desapareça – tanto para as micro-ondas, quanto a olho nu. Para isso, foi usada uma camada com formato de losango, capaz de refletir a luz que incidia sobre o cilindro testado.
Por enquanto, a "capa" funciona apenas com peças bem pequenas - que se tornaram invisíveis nas ondas largas, como é o caso do infravermelho. Além disso, o projeto atual dá certo somente quando visto em um único sentido (de lado, por exemplo, ele acabou sendo visível).
O próximo passo dos pesquisadores é criar uma ilusão tridimensional total, a verdadeira capa da invisibilidade. A descoberta melhorará o desempenho de aparelhos que usam as micro-ondas, assim como poderá ser usado em sistemas de telecomunicações, ajudando na transmissão da luz nas fibras-óticas.
Fonte: Exame.com

sábado, 3 de novembro de 2012

Concreto que se "Autoconserta"

Um concreto experimental que se conserta sozinho ao rachar está em fase de testes, segundo a BBC. Este é o material de construção mais usado no mundo, mas a ação da água e de produtos químicos tende, ao longo do tempo, a corroê-lo.

O material está em fase de testes na Universidade Técnica de Delft (Holanda) e usa bactérias para "sanar" as rachaduras. Os esporos da bactéria - adicionados à fórmula do concreto - ficam parados até serem atingidos pela água da chuva. Ao entrar em contato com a água, ele produz calcário que consertam as rachaduras.

"Vimos em laboratório o conserto de rachaduras de 0,5 mm de largura", explica o microbiologista Henk Jonkers, autor do projeto.

Se a ideia der certo, Jonkers espera comercializar o produto daqui a dois ou três anos, após testes externos e em diferentes tipos de concreto.O principal desafio é garantir que o agente "curador" seja forte o suficiente para sobreviver ao processo de mistura do concreto. Para isso, é preciso aplicar uma cobertura às partículas - algo que encarece o processo.

Mesmo que o agente aumente em 50% o custo do concreto, isso ainda representará apenas 1% a 2% do total dos custos de construção. Já a manutenção de concreto deteriorado representaria um custo maior, segundo Jonkers.
 Fonte: Olhar Digital

sábado, 27 de outubro de 2012

Trem Aéreo da NASA

Enquanto o aerotrem de Levy Fidelix não decola no Brasil, a NASA (Agência Espacial Norte-Americana) colabora com um projeto-piloto de um 'trem aéreo elétrico'. A ideia é facilitar o transporte público de forma “ecológica e rápida”.

Os protótipos trafegarão nas ruas de Tel-Aviv, em Israel, com trilhos de alumínio, a 240 quilômetros por hora. Os veículos estarão suspensos a sete metros de altura e equipados com motores lineares, movidos por eletricidade e ondas magnéticas.

Parte da carga elétrica necessária para que a engenhoca funcione será produzida pelo próprio sistema, segundo Jerry Senders, diretor da empresa Skytran, responsável pela tecnologia, em entrevista à BBC Brasil.

"A principal inovação do projeto é o movimento por intermédio de ondas magnéticas, e essa é a contribuição tecnológica da Nasa", diz. "Não haverá atrito entre o veículo e o trilho de alumínio, já que, a partir do momento em que o veículo começar a se mover, se criará, por meio da onda magnética, uma especie de travesseiro de ar e cada bondinho navegará no ar."

De acordo com prefeito da cidade, Ron Huldai, o “trem aéreo” circulará em um trilho de sete km na primeira fase do projeto, a ser concluída em dois anos.
Fonte: NASA/Olhar Digital

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Protótipo Cria Gasolina a Partir do Ar

Procurar uma fonte de energia que substitua o petróleo é um dos principais desafios do século. Entretanto, para uma pequena empresa britânica a solução é simples, basta usar o... petróleo. O truque é que, em vez de usar o óleo extraído por perfurações, a Air Fuel Synthesis pretende implantar um sistema para produzir petróleo a partir do ar e da água.

De acordo com o The Independent, a empresa já conseguiu produzir cinco litros de petróleo desde agosto, quando começou o sistema foi iniciado, a partir de gás carbônico (dióxido de carbono) e vapor d'água.

Peter Harrison, presidente executivo da empresa explica como funciona a produção. "Nós pegamos o gás carbônico do ar e o hidrogênio da água para formar o petróleo. Parece com petróleo, cheira como petróleo, mas é muito mais limpo do que o combustível fóssil e ainda pode ser usado nos motores atuais", explicou.

Pode parecer maluquice, mas Tim Fox, especialista Instituto de Engenheiros Mecânicos de Londres afirma que o sistema funciona. "Parece bom demais para ser verdade. Eles estão fazendo e eu vi ao vivo. Eles capturam o ar e extraem o dióxido de carbono baseado em princípios já conhecidos. Eles utilizam componentes já bastante conhecidos, mas o mais excitante é que eles mostram que pode funcionar", afirmou.

O processo ainda é lento e caro, mas Harrison prevê que nos próximos quinze anos a empresa consiga produzir em escala de uma refinaria. Ele ainda observa que a tendência é de que o preço do petróleo fóssil só suba ao longo dos próximos anos, o que pode tornar o processo de produção da empresa mais barato do que a extração dos poços.
Fonte: Olhar Digital

Americanos Desenvolvem Motocicleta Voadora

São Paulo – Os americanos da empresa Aeroflex estão trabalhando no desenvolvimento de uma espécie motocicleta aérea, cujo funcionamento, e design, é muito aos chamados hovercrafts, veículo que se apoia em um colchão de ar para deslizar sobre a água e também sobre o solo.
A máquina é capaz de “voar” graças a um sistema de hélices, localizado abaixo da sua carroceria. Quando o condutor acelera, aumenta-se não apenas a velocidade do veículo, mas também a sua altitude em relação ao solo.
Segundo explicado no blog da empresa, a ideia por trás deste veículo é que o seu condutor assuma o papel de sensor de inércia e computador de bordo. Ou seja, seu desenho exige que a pessoa se posicione tal qual estaria em uma motocicleta convencional. Assim, o seu peso é distribuído de modo que a máquina permaneça estável.
Fonte: Exame.com / Info Exame

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Tecido Ciborgue Mescla Células Humanas e Eletrônicas

São Paulo - Cientistas da Universidade de Harvard, Estados Unidos, criaram o que pode ser considerado o primeiro tecido ciborgue. Ele mistura componentes orgânicos com elementos eletrônicos, como nanofios e transistores.
Apesar de a pesquisa ser feita em tecidos vivos de ratos, os cientistas conseguiram criar 1,5 centímetro de vaso sanguíneo humano funcional. A pesquisa é liderada pelo Dr. Charles Lieber, professor de química na Universidade de Harvard.

Para chegar a essa malha de tecido eletrônico e biológico, os pesquisadores construíram uma estrutura com colágeno, uma substância que preenche e faz a ligação entre as células do organismo. No colágeno, os componentes eletrônicos são posicionados para que a célula cresça à sua volta.
O resultado dessa experiência é que os componentes eletrônicos acabaram integrados ao tecido vivo. A técnica já foi testada em células do coração, músculos, vasos sanguíneos e em neurônios. Todos tiveram resultados positivos.
Agora, os cientistas esperam passar informações da célula eletrônica para a orgânica. Isso deve acontecer com uma interface eletrônica capaz de extrair e passar as informações para as células do nosso organismo.
Se der certo, será possível monitorar o funcionamento de cada sistema do organismo. Daria também para corrigir problemas de saúde com ajuda de um computador ou até mesmo com um aplicativo instalado no smartphone.
Apesar de várias potenciais aplicações para essa tecnologia, o uso em curto prazo pode ajudar a indústria farmacêutica, segundo Lieber. Os pesquisadores poderiam usar o tecido ciborgue para estudar com maior precisão como novos medicamentos agem em tecidos tridimensionais, ao invés de camadas finas de células.
Fonte: 

sábado, 4 de agosto de 2012

Cientistas Criam o Material Mais Leve do Mundo

São Paulo - Cientistas da Universidade Tecnológica de Hamburgo e da Universidade de Kiel, da Alemanha, criaram o aerografite. O material é considerado o mais leve do mundo.
A nova criação conseguiu ultrapassar o aerogel, material usado pela Nasa para coletar poeira de um cometa. O aerografite tem 99,9% de ar e densidade de apenas 0,2 miligramas por centímetro cúbico.
Para conseguir esse feito, os cientistas criaram uma rede de tubos ocos de carbono em escalas nano e micro. Portanto, ele é praticamente um espaço vazio. Por isso, a imagem do aerografite foi feita a partir de um microscópio eletrônico.
Mas, apesar dessa aparência mais frágil, o aerografite tem propriedades muito impressionantes. Por ter essa natureza esparsa, o aerografite pode ser comprimido por um fator de mil e mesmo assim voltar ao seu tamanho original. O material também pode conduzir eletricidade, como parte de uma bateria ultraleve, por exemplo.
Outro ponto de destaque é a resistência do aerografite. Ele aguenta até 35 vezes mais peso do que o aerogel e pode aguentar cerca de 40 mil vezes o próprio peso.
Fonte: Info Online

domingo, 22 de julho de 2012

Universidade Cria Célula Solar Transparente

São Paulo - Usando um novo tipo de polímero para célula celular, pesquisadores da universidade norte-americana UCLA conseguiram uma conversão de energia de 4% em uma superfície com 70% de transparência.
De acordo com o estudo na ACS Nano, a tecnologia pode ser implementada em sistemas fotovoltaicos para eletrônicos portáteis. Isso significa que, em algum ponto, janelas podem ser convertidas em geradores de energia ou para produzir smartphones auto-suficientes.

A transparência é possível graças ao polímero sensível a luz infra-vermelha. Desse modo, raios infra-vermelhos são absorvidos para a geração de energia, deixando os outros raios que compõe a luz visível percorrerem seu caminho.
Para transportar a energia sem perder a transparência, os pesquisadores utilizaram uma tecnologia que combina nanofios de prata e nanopartículas de dióxido de titânio.
Fonte: Info Online

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Vídeo Impressionante Mostra Como os Astronautas Veem a Terra do Espaço

Um vídeo de pouco mais de dois minutos tem dado o que falar na internet. Tomislav Safundzic, de 18 anos, resolveu criar um clipe para mostrar como é o planeta Terra visto do espaço, por vários ângulos e em momentos diferentes. O filme já foi visto por quase 400 mil usuários.

O garoto, que mora na Croácia, juntou imagens coletadas pela NASA na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e criou o clipe. A ISS é um laboratório espacial em movimento que dá 15 órbitas no planeta por dia. Ela envolve diversos programas relacionados ao estudo do espaço, sendo uma soma de projetos das principais agências espaciais do mundo, em países como Canadá, Japão, Rússia e Estados Unidos.

É possível ver efeitos incríveis durante o vídeo, como as luzes das cidades à noite nos cinco continentes (os pontos em tom laranja) e o céu dominado por milhares de estrelas, além de fenômenos naturais como relâmpagos e tempestades em meio ao azul dos mares, milhares de raios e flashes estourando por entre as nuvens, e até mesmo a aurora boreal causada pelo vento solar, retratada em magníficos tons de verde.

Assista:

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cientistas Criam Borracha em Pó com Látex Sintético

São Paulo - O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está realizando um projeto para a obtenção de borracha em pó empregando a técnica de spray drying, ou secagem por aspersão.
O objetivo da pesquisa é desenvolver uma rota química de produção a partir do látex sintético para aplicação da matéria-prima como modificadora de impacto de plásticos (aumento de resistência) e colaborar com soluções para preencher uma lacuna tecnológica pouco explorada atualmente dentro e fora do Brasil.
De acordo com o IPT, a ideia do projeto nasceu de demandas feitas por empresas do segmento, que buscavam novas formas para a produção da matéria-prima.
A utilização da borracha em forma de pó ultrafino é uma alternativa mais simples em determinadas aplicações na comparação ao uso do material em bloco. Enquanto o pó permite a adição direta a processos industriais (um dos melhores exemplos é a fabricação de resinas poliméricas), os blocos demandam operações de moagem e pulverização.
A técnica mais comum para a obtenção da borracha em pó emprega a irradiação da emulsão para promover uma modificação na estrutura do látex antes da secagem em spray dryer, mas o processo apresenta gargalos como a necessidade de uma infraestrutura em grande escala e os riscos à saúde dos trabalhadores.
O projeto do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas do IPT prevê desenvolver um processo de obtenção da borracha em pó empregando uma técnica simples, industrializada, que opera em processo contínuo e de baixo custo.
O estudo, iniciado em maio de 2011, trabalha a modificação química do látex sintético por meio de monômeros funcionais e óxido coloidal, que irão compor uma mistura submetida posteriormente à secagem em um equipamento de spray dryer.
Para oferecer uma alternativa economicamente viável ao mercado, o laboratório do IPT decidiu estudar a modificação química de dois tipos de látex, o estireno-butadieno e o estireno-butadieno carboxilado.
Após a fase de conclusão das análises, uma série de amostras será produzida a partir da mistura da borracha em pó a polímeros para execução de testes mecânicos e medição da resistência das peças.
O projeto tem prazo de conclusão em abril de 2013, mas os bons resultados obtidos já possibilitaram o pedido de depósito de uma patente e podem expandir o emprego das novas formulações.
Fonte: Agência FAPESP / Info Online

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cientistas Criam Bateria Spray

Pesquisadores do laboratório da Universidade Rice, em Houston (Estados Unidos), desenvolveram uma tinta spray capaz de armazenar e fornecer energia elétrica. Segundo a Reuters, trata-se de uma bateria de íon-lítio, as mesmas usadas em celulares e laptops, que pode ser borrifada sobre qualquer superfície, desde ladrilhos de banheiro a uma caneca de chope. A invenção pode revolucionar o padrão atual de baterias que alimentam nossos gadgets e, assim, criar equipamentos mais finos e leves.

Os testes com o spray foram feitos usando versões líquidas dos mesmos componentes encontrados em baterias convencionais, a equipe borrifou sua invenção, em várias camadas, sobre diversas superfícies para ver em qual delas teria melhor aderência.

Em um dos experimentos, os cientistas pintaram seis azulejos e os conectaram a uma célula solar, alimentada por uma luz branca de laboratório. Depois de carregada, a bateria conseguiu fornecer energia elétrica durante seis horas para iluminar um letreiro eletrônico com o nome da universidade. Após serem carregadas e descarregadas 60 vezes, houve apenas uma pequena queda na capacidade da bateria.

"O formato tradicional das baterias está dando lugar para abordagens mais flexíveis, que permitem todo tipo de integração com os dispositivos", disse Pulickel Ajayan, chefe do laboratório da Rice.
Fonte: Agência Reuters / Olhar Digital

Cientistas Criam Órgãos a Partir de um Chip

Nova York - Cientistas do Instituto Wyss, da Universidade de Harvard, desenvolveram órgãos com um chip. A ideia é solucionar o problema causado pelo método usado pela indústria farmacêutica para testar medicamentos.
Os cientistas normalmente testam em animais os medicamentos em potencial. Contudo, na maioria dos casos, "o que foi prognosticado nos estudos feitos com animais não é observado nos testes com humanos", afirma Donald Ingber, diretor do Instituto Wyss, da Universidade de Harvard. É claro que realizar testes iniciais em pessoas é muito perigoso. "A solução que propomos é realizar a pesquisa em células humanas", afirma o cientista, "mas não em células apenas, cultivadas em placa de Petri, mas células que apresentem estruturas e funções como em um órgão".
Para conseguir isso, Ingber e sua equipe vêm desenvolvendo um conjunto diversificado de dispositivos em microescala que reproduzem a estrutura e o ambiente de órgãos humanos com mais precisão que uma placa de cultivo comum.
O primeiro órgão produzido pelo Instituto Wyss foi um pulmão em um microchip que respira. Feito com materiais que não prejudicam as células, o dispositivo transparente do tamanho de um dedo polegar é a estrutura na qual as células pulmonares humanas se desenvolvem. Pelo dispositivo passam microcanais.
Pelos canais centrais, nos quais as células pulmonares se desenvolveram, circulam ar e fluídos, e devido à flexibilidade do dispositivo, os cientistas podem aplicar pressão de vácuo nos canais laterais para fazer com que os canais centrais se expandam e contraiam – de forma muito semelhante aos pulmões humanos. A equipe demonstrou que forças mecânicas como essas afetam o comportamento da célula. No caso das células pulmonares, a respiração mecânica ajuda as células a absorverem as partículas que flutuam na "câmara de ar".
Mais recentemente, o instituto desenvolveu um intestino em um microchip. O canal central do dispositivo, revestido de células humanas, pode ser exposto a movimentos ondulatórios que imitam os movimentos do intestino durante a digestão.
No microchip, as células formam estruturas que se assemelham a dedos, conhecidas como vilosidades, que são importantes na absorção de nutrientes e outras substâncias. Essas estruturas não se formam quando as células são desenvolvidas em placas de Petri, o que sugere que as células percebam o ambiente do dispositivo como mais semelhante ao seu meio natural. Os cientistas também podem desenvolver bactérias comuns do intestino junto com as células do órgão no canal. Na placa de cultivo, as bactérias geralmente atacam as células humanas, afirma Ingber. "Agora, podemos estudar interações muito mais complexas."
Cada chip semelhante a um órgão oferece, individualmente, a possibilidade de os pesquisadores estudarem as células humanas em um meio bem mais natural e examinarem como elas reagem a medicamentos e toxinas. Porém, Ingber está trabalhando em uma concepção mais ampla, que une diversos desses chips. Por meio da conexão de versões microfluídicas do coração, pulmão, intestino, fígado e outros órgãos, Ingber e seus colegas acreditam que conseguirão estudar melhor de que forma o corpo processa e reage a diversas substâncias.
Um projeto em andamento, com participação de Kevin Kit Parker, membro do corpo docente do instituto, visa a examinar os efeitos negativos para o coração dos medicamentos inaláveis – um problema que existe há bastante tempo no campo da descoberta de medicamentos. "A toxicidade cardíaca é, de fato, a maior causa de insucesso dos medicamentos, seja qual for a doença visada", afirma Ingber.
Fonte: The New York Times / Info Online

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Torre de 290 Metros de Altura Vai Gerar Energia Usando Ar Quente e Água Gelada

O estado do Arizona, nos Estados Unidos, vai ganhar uma torre enorme de quase 280 metros de altura para geração de energia a partir de ar quente e água gelada, segundo o TreeHugger.
A ideia por trás da torre é simples. No topo dela, o ar é pulverizado com a água gelada, tornando-se mais denso e pesado.

A partir daí, ele viaja até a parte de baixo da torre, energizando as turbinas que geram a eletricidade.

A empresa Clean Wind Energy Inc., que está por trás do projeto, estima que a torre consiga gerar cerca de 2,5 megawatts/hora - um terço vai ser usado para bombear a água de volta para o topo da construção.
Fonte: Olhar Digital

sábado, 26 de maio de 2012

Chip Poderá Devolver Visão aos Cegos

São Paulo - Cientistas da Universidade Stanford, na Califórnia, no EUA, criaram um sistema que pode devolver a visão para pessoas cegas no futuro. Para isso, um chip precisa ser instalado na retina do paciente.
Esse chip funciona em conjunto com um par de óculos equipado com câmera e um computador de bolso. A solução de James Loudin e seus colegas da Universidade de Stanford deverá ajudar pacientes que sofrem de retinite pigmentosa, uma degeneração da retina que leva à perda da visão. Ela começa como uma cegueira noturna, seguida de redução do campo visual.
Nessas situações, as células da retina são danificadas em um processo muito lento. Porém, os neurônios permanecem adequados para a transmissão de informações. Dessa forma, a prótese tem como objetivo estimular esses neurônios de forma alternativa. Assim, o cérebro volta a processar a visão.
O implante funciona como um painel solar, que transforma a luz em corrente elétrica e segue até a retina. Ele foi projetado para reagir apenas à luz infravermelha e não é visível aos seres humanos. Isso é importante porque os pacientes com retinite pigmentosa percebem a luz. Por isso, o resultado poderia causa dor e incômodo.
Por ser visível apenas na luz infravermelha, os pesquisadores criaram óculos com câmera para captar as imagens no espectro visível e um computador para processá-las. Com isso, os sinais visuais captados pelo sistema alcançam o cérebro e conseguem restaurar a visão.
Para explicar o funcionamento do implante, Loudin usa o personagem Geordi LaForge, de Star Trek, como analogia. O personagem é portador de cegueira congênita e usa um visor para enxergar grande parte do espectro eletromagnético, embora lhe cause dor. Assim como em Star Trek, o implante exige que o paciente não retire os óculos de proteção.
Os experimentos funcionaram em ratos de laboratório, mas ainda não foram testados em humanos. A resolução da visão resultante é inferior quando comparada a normal e não tem coloração.
O estudo foi publicado no periódico Nature Photonics.




Fonte: Info Online

sábado, 12 de maio de 2012

Volkswagen Apresenta Conceito de Carro Voador na China

A Volkswagen fez uma demonstração de um carro voador conceitual que pode ser usado para transporte pessoal do mesmo jeito dos veículos atuais.

O carro faz parte do projeto People's Car, realizado na China. A Volkswagen recebeu cerca de 120 mil projetos de carros voadores e escolheu três deles para desenvolver um protótipo. Um deles foi o Hover Car, uma espécie de ovo voador com espaço para duas pessoas.

O Hover Car não emite poluentes e flutua sobre o chão usando redes eletromagnéticas. Ele conta com sensores de distância que evita colisão com outros veículos. O motorista controla o carro através de um joystick que parece bastante simples de usar.
Fonte: Olhar Digital

Físicos Teletransportam Objeto Quântico

São Paulo - Cientistas chineses da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, em Xangai, conseguiram teletransportar um objeto quântico por 97 quilômetros em quatro horas pela primeira vez.
Para isso, os pesquisadores criaram um mecanismo guiado a partir de um laser de 1,3 watt. Ele permitiu a um fóton mudar de ponto sem se perder.
O teletransporte quântico acontece com o uso de um fóton, capaz de transmitir o estado quântico de um objeto a outro. Assim, é possível que o receptor se transforme em um clone daquele que envia os dados.
A ideia é que não seja o objeto físico o teletransportado, mas a informação que o descreve. Portanto, não há desmaterialização e rematerialização física.
Em 2010, o mesmo grupo de físicos anunciou ter teletransportado fótons individuais por quase 16 quilômetros. Porém, a distância não foi considerada boa suficiente para ser útil.
A descoberta alimenta ideias para o uso dessa tecnologia. Satélites baseados em comunicação quântica são uma aplicação muito útil para a criptografia quântica a partir do teletransporte.
Fonte: Info Online

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bactéria Magnética Pode Construir Biocomputadores

São Paulo - Uma espécie de bactéria que se alimenta de ferro pode ser usada na fabricação de biocomputadores. A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Leed, na Grã-Bretana, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão.
A pesquisa usou a bactéria Magnetospirilllum magneticum. Quando o ferro é ingerido por ela é transformado em pequenos ímãs, parecidos com os encontrados em discos rígidos de computadores. Com isso, os cientistas levantaram a hipótese de fabricar esses discos com muito mais rapidez para os PCs.
Essas bactérias são micro-organismos naturalmente magnéticos. Quando elas comem ferro, proteínas dentro de seu corpo interagem com o metal a fim de produzir pequenos cristais de magnetita, o pedra mais magnética existente na Terra.
A pesquisa estudou como esses micróbios coletam, formam e posicionam esses ímãs dentro de si próprios. Então, os pesquisadores aplicaram o método fora da bactéria para cultivar ímãs que podem ser usados no futuro na construção de circuitos de discos rígidos.
Além da produção de ímãs, os pesquisadores conseguiram desenvolver fios elétricos feitos de organismos vivos. São nanotubos feitos com membranas de células artificias, cultivadas em um ambiente controlado. Esses tubos podem ser usados como fios microscópicos capazes de transferir informações dentro de um computador.
Fonte: Info Online

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Grafeno é Usado na Confecção de Músculos Robóticos Artificiais

Uma pesquisa feita na Universidade de Nankai, na China, resultou na criação de músculos artificiais que parecem bastante com os reais, de acordo com o Geek.com.
Com o uso de grafeno, o músculo artificial se torna bastante forte e flexível, podendo ser cortado em diversas formas e tamanhos. Esse material, ao ser exposto a uma carga elétrica, faz cerca de 200 pequenos movimentos.
O material pode ser usado no futuro para criar robôs com músculos semelhantes aos humanos. Ele permitiria dedos robóticos que se mexem e reagem como os naturais.
Por enquanto, os pesquisadores estão focando os estudos em pequenas tarefas, como um pequeno helicóptero do tamanho de uma abelha que usa o músculo artificial para girar as hélices.
 Fonte: Olhar Digital

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Embraer Inicia Estudo de Biocombustível Para Aviação

Setor de aviação contribui com 2% das emissões totais de gases; meta é de reduzir pela metade as emissões em 2050
São Paulo - Representantes da Fapesp, Boeing e Embraer iniciaram nesta quarta-feira (25/04) um estudo sobre os principais desafios científicos, tecnológicos, sociais e econômicos para o desenvolvimento e adoção de biocombustível pelo setor de aviação comercial e executiva no Brasil.
Com duração prevista entre nove a doze meses, o estudo será orientado por uma série de oito workhops que serão realizados ao longo de 2012 para coleta de dados com pesquisadores, integrantes da cadeia de produção de biocombustíveis, além de representantes do setor de aviação e do governo. O primeiro workshop foi aberto nesta quarta-feira, na sede da Fapesp, e termina nesta quinta-feira (26/04), no Espaço Ágape, em São Paulo.
Após a conclusão do estudo, a Fapesp, Boeing e Embraer realizarão um projeto de pesquisa conjunto sobre os temas prioritários apontados no levantamento, e lançarão uma chamada de propostas para o estabelecimento de um centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação comercial envolvendo as três instituições, baseado no modelo dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da Fapesp, voltados para desenvolver pesquisas na fronteira do conhecimento.
O projeto de pesquisa faz parte de um acordo entre as instituições, assinado em outubro de 2011, e integra o Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), que reúne mais de 300 cientistas brasileiros, sendo a maioria atuantes em universidades e instituições de pesquisa no Estado de São Paulo, além de 60 pesquisadores de diversos outros países.
O programa possui cinco linhas de pesquisa: "Biomassa para bioenergia" (com foco em cana-de-açúcar), "Processo de fabricação de biocombustíveis", "Biorrefinarias e alcoolquímica", "Aplicações do etanol para motores automotivos: motores de combustão interna e células a combustível" e "Pesquisa sobre sustentabilidade e impactos socioeconômicos, ambientais e de uso da terra".

“Essa oportunidade que nos foi trazida pela Boeing e a Embraer se inseriu muito bem nas linhas de pesquisa do Programa BIOEN e na agenda da Fapesp, de desenvolver pesquisa cooperativa, estimulando e criando condições para as universidades e instituições de pesquisa trabalharem em colaboração com empresas, que trazem desafios científicos importantes e complexos para o conjunto de pesquisadores que temos no estado de São Paulo”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, na abertura do primeiro workshop.
O setor de aviação, que contribui com 2% das emissões totais de gases de efeito estufa no planeta, está enfrentando o desafio de reduzir pela metade a emissão de CO2 em 2050, em comparação com 2005, e se tornar neutro carbono até 2020, conforme estabeleceu a Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata, na sigla em inglês).
Para atingir essas metas de controle de emissões, em meio a um cenário de forte expansão do transporte aéreo em todo o mundo, uma das alternativas que estão sendo avaliadas pelo setor é a utilização de biocombustíveis que possam ser misturados ao querosene na proporção de até 50% sem a necessidade de realizar modificações nas turbinas da atual frota de aeronaves e no sistema de distribuição do combustível aeronáutico. Entretanto, ainda não se chegou ao desenvolvimento de um biocombustível que seja produzido em escala comercial e a um custo competitivo.
“Nós ainda não temos uma perspectiva de em quanto tempo teremos biocombustíveis produzidos em escala comercial e que possam ser utilizados na aviação de forma global, e não prevemos que no futuro próximo haverá a substituição completa do combustível fóssil utilizado na aviação por biocombustíveis”, disse Mauro Kern, vice-presidente executivo de engenharia e tecnologia da Embraer.

“O esforço que está sendo feito no Brasil, capitaneado pela Fapesp, que está organizando as empresas, instituições de pesquisa e entidades governamentais e não governamentais, tem o potencial de trazer uma contribuição muito significativa para os projetos que estão sendo realizados no mundo todo para se chegar ao desenvolvimento de um biocombustível para aviação”, avaliou Kern.
De acordo com especialista no setor presentes no evento, apesar de já existirem biocombustíveis produzidos no exterior a partir de diferentes biomassas, que inclusive já obtiveram certificação para serem utilizados na aviação e vêm sendo usados em voos de teste e até mesmo comerciais, eles ainda não são produzidos em grande escala e chegam a ser até 100% mais caros do que o querosene de aviação.
Utilizando a experiência brasileira na produção do etanol, que não é um combustível ideal para a aviação, as instituições envolvidas no projeto pretendem dar um salto tecnológico que possibilite o desenvolvimento de um biocombustível viável comercialmente, obtido a partir do estudo de diferentes matérias-primas, que não só a cana-de-açúcar, e de diversas rotas tecnológicas.
“A grande vantagem de estar realizando esse tipo de pesquisa no Brasil é que o país tem experiência na utilização da cana-de-açúcar, usando uma fonte renovável de combustível. Podemos aprender e utilizar essa experiência para aplicar na área de aviação”, afirmou Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil.
Fonte: Agência FAPESP / Info Online

Fifa Testará Tecnologia na Linha do Gol Neste Ano

São Paulo - A Fifa confirmou nesta sexta-feira que duas empresas foram aprovadas na segunda etapa de testes para a utilização de tecnologia na linha de gol.
De acordo com a entidade, cada um destes equipamentos agora será testado em duas partidas para que a International Board (órgão que controla as regras do futebol) possa anunciar sua decisão.
O sistema denominado GoalRef será utilizado em duas partidas do Campeonato Dinamarquês, ou então em um jogo válido por algum torneio do país e um futuro amistoso entre seleções. Já o Hawk-Eye passará por teste na final de um torneio amador na Inglaterra, no dia 16 de maio, e em outro confronto que ainda será definido.
Antes de serem aprovadas ou reprovadas, estas tecnologias ainda serão analisadas: em laboratório, para definir sua funcionalidade em diferentes condições ambientais e técnicas; em campo, no qual serão disparados chutes repetitivamente; e em treinamentos, para avaliar como o sistema se comporta com diversos jogadores em volta dele.
Somente depois de todos estes testes, a International Board dará seu parecer sobre a possibilidade de uso destas tecnologias. Isto deverá acontecer durante uma assembleia da entidade, que está marcada para o próximo dia 2 de julho.




Fonte: Agência Estado / Info Online

Turbina Eólica Transforma Ar em Água

São Paulo - A empresa Eole Water, com sede na França, criou uma nova tecnologia. Ela consegue fornecer água limpa apenas com a força do vento.
Um protótipo da tecnologia foi instalado no deserto de Abu Dhabi desde outubro de 2011. Além disso, a Eole Water fechou parcerias com 12 indústrias.
O objetivo é usar a turbina eólica para movimentar um sistema capaz de captar as moléculas de água presentes no ar. Assim, o método pode ser eficiente na produção de água potável, principalmente em áreas remotas ou de desastres.
O equipamento funciona a partir do ar absorvido por uma entrada de ar no topo da turbina. Em seguida, ele é aquecido para gerar vapor, o qual passa por um compressor de refrigeração capaz de criar uma umidade, condensada e coletada. Feito isso, a água absorvida é encaminhada aos tanques de aço inoxidável de armazenamento, onde a água é filtrada e purificada.
Desde o início dos testes, em 2011, tem sido possível produzir de 500 a 800 litros diários de água, em condições extremas. Porém, a Eole Water espera que este potencial chegue a mil litros por dia. Para isso, é necessário contar com ventos de, no mínimo, 24 km/h.
Fonte: Info Online

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Designer Cria Cinto que Guia Cegos por GPS

São Paulo – O designer industrial britânico Michael Kirke desenvolveu um acessório que promete facilitar a vida dos deficientes visuais: um cinto vibratório que guia o usuário utilizando coordenadas do sistema GPS.

O cinto, que ainda está em fase de desenvolvimento, é colocado na cintura da pessoa e se conecta a um celular via Bluetooth.
Com a ajuda do sistema de comando de voz, o usuário indica qual é o seu destino para o GPS. As instruções de caminho são repassadas ao cinto, na forma de vibrações do lado esquerdo ou direito, conforme a rota indicada.
“O produto não erradica o cão guia ou a bengala, mas aumenta a capacidade de navegação e a independência e autonomia dos cegos”, diz o autor do projeto.
O produto ainda está em fase de desenvolvimento, mas fotos dos protótipos podem ser vistas no perfil do designer no Coroflot.
Fonte: Info Online

sábado, 21 de abril de 2012

Pesquisadores Desenvolvem Novos Materiais Poliméricos

São Paulo - A substituição das sacolas plásticas tradicionais por sacolas de polímeros biodegradáveis colocou novamente em discussão a necessidade de diminuir os impactos do descarte desse tipo de material no meio ambiente.
Porém, essa troca ainda esbarra no alto custo dos poucos tipos de polímeros que são degradados em poucos anos pela ação de microrganismos e agentes naturais (biodegradáveis) – enquanto a decomposição dos polímeros convencionais leva séculos.
Uma nova categoria de materiais poliméricos, que são desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pode, entre outras façanhas, ajudar a baratear os polímeros biodegradáveis disponíveis atualmente no mercado, além de dar origem a diversas soluções nas áreas da medicina e ambiente.
Possibilidades de desenvolvimento desses novos materiais, denominados sistemas poliméricos nanoestruturados, foram apresentadas na First São Carlos School of Advanced Studies in Materials Science and Engineering (SanCAS-MSE) – Primeira Escola São Carlos de Estudos Avançados em Engenharia e Ciências dos Materiais, realizada entre os dias 25 e 31 de março.
Realizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade de apoio da FAPESP, o evento foi organizado pelo Departamento de Engenharia e Ciências dos Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob a coordenação dos professores Edgar Zanotto, Elias Hage Junior e Walter Botta Filho.
Por meio de um Projeto Temático, realizado com apoio da FAPESP, os pesquisadores da UFSCar começaram a desenvolver e a caracterizar nos últimos anos diversos materiais nanoestruturados.
Compostos por partículas de materiais cerâmicos e poliméricos, com dimensões em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), dispersas em uma matriz polimérica, esses novos materiais apresentam melhores propriedades mecânicas, ópticas e de transporte do que os polímeros convencionais.
“A combinação de nanopartículas com a matriz polimérica confere melhores propriedades mecânicas, ópticas e de transporte ao plástico final. No caso, por exemplo, de produtos como sacolas plásticas, também possibilita diminuir a quantidade de polímero biodegradável e o custo do material final, melhorando suas propriedades mecânicas e de transporte e mantendo a capacidade de mais rápida degradação em comparação com os polímeros tradicionais”, disse Rosario Elida Suman Bretas, professora da UFSCar e coordenadora do projeto, à Agência FAPESP.
Esses novos sistemas poliméricos nanoestruturados têm diversas aplicações na área de embalagens, uma vez que diversos polímeros comerciais possuem limitações para serem utilizados para esse fim, como não apresentarem a transparência necessária.
Ao misturá-los com outros polímeros em escala nanométrica que apresentam um comportamento mais adequado para serem utilizados como embalagem, originando o que se chama de nanoblenda, é possível melhorar as propriedades e manter o sistema polimérico transparente.
“As propriedades mecânicas dos dois polímeros são modificadas quando eles são misturados. Às vezes um reforça ou melhora a estabilidade química do outro”, disse Hage, um dos pesquisadores principais do projeto.
Outras possíveis aplicações desses novos materiais são na medicina, para o desenvolvimento de nanofibras poliméricas que servem de suporte de crescimento e diferenciação de células-tronco.
Formadas por polímeros com diâmetro nanométrico, nos quais são incorporadas nanopartículas de compostos biocompatíveis com o corpo humano, como a hidroxiopatita (mineral que representa 70% da composição dos ossos), as nanofibras compõem um emaranhado que é muito parecido com a matriz extracelular, que sustenta as células humanas. Ao colocar células sobre esse emaranhado de nanofibras, elas se sentem “em casa” e se ancoram no material, conforme observaram os pesquisadores do DEMa em trabalhos realizados em conjunto com cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Strasbourg, na França.
“O plástico tem proporcionado saídas espetaculares em certas áreas como a medicina devido ao fato de a maior parte dos polímeros ser biocompatível com o corpo humano”, disse Bretas.
Na área ambiental, uma das possibilidades de aplicação dos sistemas poliméricos nanoestruturados está em sensores para medir pH (acidez). Os pesquisadores acabaram de desenvolver um tecido com essa finalidade, composto pela incorporação de polianilina (um polímero que muda de cor de acordo com a condutividade) na forma nanométrica disperso em outro polímero, a poliamida 6 (náilon).
“Estamos desenvolvendo esses produtos em escala de laboratório e ainda deverá levar um tempo para serem produzidos em escala industrial, principalmente porque são caros e é preciso incorporar um gasto de energia muito maior do que necessário para produzir os polímeros convencionais”, disse Bretas.
Um dos desafios tecnológicos com que os pesquisadores se defrontam para realizar essas misturas de polímeros é compatibilizar as características deles. Apesar de terem a mesma origem (são todos orgânicos), eles apresentam propriedades e características diferentes.
Outro grande desafio é dispersar e distribuir as partículas em escala nanométrica dentro da massa geralmente fundida da matriz de polímero que, em função de suas forças viscoelásticas, faz com que as nanopartículas se agreguem, formando aglomerados – enquanto o ideal é que as nanopartículas permaneçam longe uma das outras para, dessa forma, reforçarem as propriedades do plástico final. “É como se tentasse pegar mel quente e distribuir dentro dele partículas que são invisíveis a olho nu”, comparou Bretas.
Para produzir esses novos materiais, os pesquisadores utilizam os mesmo equipamentos empregados para produção dos plásticos convencionais, como extrusoras. Entretanto, de acordo com Bretas, talvez será preciso, no futuro, utilizar outros processos.
Aulas práticas
Durante a Primeira Escola São Carlos de Estudos Avançados em Engenharia e Ciências dos Materiais, os pesquisadores da UFSCar deram aulas práticas aos estudantes de pós-graduação brasileiros e estrangeiros participantes sobre como desenvolvem e caracterizam nanocompósitos poliméricos, utilizando os equipamentos de que dispõem no DEMa.
As atividades complementaram as aulas teóricas proferidas por cientistas estrangeiros especialistas em processamento e propriedades de compósitos poliméricos, como József Karger-Kocsis, professor de engenharia de polímeros da Budapest University of Technology and Economics, na Hungria, Ica Manas-Zloczower, professora da University Cleveland, em Ohio, e Ramani Narayan, professor da Michigan State University, as duas últimas nos Estados Unidos.
Referência na área de polímeros à base de outras matérias-primas que não o petróleo, como da cana-de-açúcar, Narayan demonstrou em sua palestra a importância em termos energéticos desse tipo de plástico, denominado biobase, que apesar de ser proveniente de fonte renovável demanda o mesmo tempo para ser degradado do que os polímeros utilizados, por exemplo, nas sacolas plásticas convencionais.
Fonte: Agência FAPESP / Info Online



domingo, 15 de abril de 2012

Cientistas Identificam o Umami Como um Quinto Sabor

Brasília - Ao imaginar um prato ou uma bebida que dá água na boca, as pessoas podem ir além do salgado, doce, amargo e azedo. É a descoberta de um quinto sabor básico: o umami. A palavra, de origem japonesa, significa delicioso e saboroso. Na prática, o umami é reconhecido por ser duradouro, ficando na boca por mais tempo do que os demais sabores. Inconscientemente ou não, as pessoas tendem a não exagerar quando ingerem algo cujo sabor predominante é o umami.
O sabor está presente em vários alimentos e temperos que ocupam a mesa do brasileiro, como o queijo parmesão, os peixes, os frutos do mar, o tomate, os cogumelos, o molho shoyu e algumas carnes.
Há oito anos, cientistas brasileiros da área de Toxicologia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, pesquisam em ratos os efeitos biológicos (aspectos bioquímicos) de uma das substâncias responsáveis por esse quinto sabor - o glutamato monossódico.
O professor Felix G. Reyes, da Unicamp, que coordena o grupo de pesquisas, lembrou que a descoberta do umami foi gerada pela percepção do glutamato como realizador de sabor nos alimentos. Segundo o professor, em seguida foi verificado que o inosinato e guanilato também contribuem com o umami.
Reyes destacou ainda que o gosto doce está associado à glucose e à sacarose, o salgado ao cloreto de sódio (sal de cozinha), no amargo há um conjunto de elementos que são na sua maioria orgânicos e no azedo a sensação gustativa depende da concentração do íon hidrogênio.
Ao comer ou beber algo são acionados de 7.500 a 12.000 botões gustativos, que ficam na boca. O que parece simples e automático é identificado pela língua, que percebe os gostos doce, azedo, salgado, amargo e umami, e transmite as informações para o cérebro por meio dos nervos gustativos.
“A descoberta do umami é do começo do século 20, no Japão, quando o pesquisador Kikunae Ikeda, da Universidade Imperial de Tóquio, fez pesquisas e chegou à conclusão que existe um quinto sabor, daí o nome umami ser de origem japonesa”, disse Reyes que, atualmente, desenvolve pesquisas para avaliar o uso seguro do glutamato como aditivo alimentar para observar possíveis efeitos que esse composto possa provocar no organismo humano.
O pesquisador acrescentou ainda que o uso do glutamato como aditivo alimentar é autolimitante, pois os resultados mostram que o exagero na ingestão de um alimento ou tempero nos quais predominam o umami causam uma sensação desagradável.
Reyes disse também que efeitos adversos à saúde têm sido associados ao glutamato quando o organismo é exposto por uma via que não seja a oral. Assim, de acordo com ele, é necessário avançar nas pesquisas para verificar os impactos das substâncias que integram o umami, quando ingeridas junto com os alimentos.
“Em conclusão, as evidências científicas indicam que essas moléculas [que formam o umami] são seguras quando usadas como aditivos alimentares. Mas é preciso desenvolver mais pesquisas. Queremos verificar se há impactos bioquímicos, hematológicos ou outros efeitos adversos ao organismo”, disse Reyes.
Fonte: Agência Brasil / Info Online

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pilha Japonesa Carrega Com a Água

São Paulo - A fabricante japonesa Aqua Power System criou a NoPoPo Battery, uma pilha que funciona sem poluir e agredir o meio ambiente.
A NoPoPo Battery (No Pollution Power) funciona quando o usuário coloca um líquido a base de água na parte interna da bateria com ajuda de uma espécie de seringa. Isso é possível porque dentro da pilha existe uma mistura de carbono e magnésio, que em contato com a água reage e gera energia.
Esse líquido pode ser água, suco, cerveja, whisky e refrigerante. A empresa também garante o funcionamento da pilha caso o usuário coloque saliva ou urina na pilha. Para carrega-la, basta sugar o líquido com a seringa, empurrar o lacre e despejar o conteúdo na bateria.
Outro diferencial da NoPoPo é que ela não se deteriora rapidamente, como as convencionais. Ela consegue reter sua carga por até 20 anos. Porém, a pilha só pode ser recarregada no máximo seis vezes.
A pilha também é reciclável e não contém substâncias nocivas e metais pesados, como mercúrio, chumbo ou cádmio. Portanto, após recarregar o máximo de vezes possível, o usuário pode fazer o descarte da pilha de forma sustentável.
As pilhas NoPoPo tem 1/3 do peso da uma bateria convencional. Elas estão à venda no site Japan Trend Shop e custam 58 dólares.
Fonte: Info Online

Asas das Borboletas Podem Coletar Energia Solar

Nova York - As asas das borboletas não são apenas bonitas: elas também são coletoras de energia solar sofisticadas, que contribuem para manter as borboletas aquecidas. Além disso, os pesquisadores afirmam que a estrutura em forma de escamas pode fornecer pistas valiosas para o desenvolvimento de tecnologias solares superiores.
"A capacidade de manipular e coletar a luz é importante para a performance de dispositivos de energia solar", afirmou Tongxiang Fan, cientista de materiais da Universidade de Shanghai Jiao Tong, na China, que está liderando a iniciativa. Ele e seus colegas relataram as descobertas na semana retrasada, no encontro anual da Sociedade Americana de Química, em San Diego.
Os cientistas usaram um microscópio eletrônico para estudar a estrutura das asas de duas espécies de borboletas pretas. Eles escolheram as asas pretas porque elas absorvem o máximo de energia solar.
Eles descobriram que as asas são compostas de escamas compridas e retangulares, que estão sobrepostas de maneira semelhante a telhas em um telhado. As escamas das duas espécies também possuíam sulcos pronunciados, com pequenos orifícios dos dois lados conduzindo até a camada seguinte.
Essa estrutura direciona a luz para a próxima camada, o que contribui para a captura de uma grande quantidade de calor. Os pesquisadores também criaram um modelo para usar a energia solar da mesma forma que as asas das borboletas.
"O protótipo é muito, muito eficiente", afirmou Fan. Ele e sua equipe estão trabalhando agora na criação de um produto para comercialização que usa as asas como fonte de inspiração. "Este é apenas o primeiro passo", afirmou Fan.
Fonte: The New York Times/Info Online

domingo, 8 de abril de 2012

Honda Cria Veículo de Uma Roda Só

São Paulo - O Segway já demonstrou a eficácia dos controles robóticos para manter o equilíbrio sobre duas rodas. Agora, a Honda deu um passo adiante criando um veículo com apenas uma roda, o U3-X. Para equilibrar-se e receber comandos do usuário, o monociclo usa tecnologia criada para o robô Asimo.
Para pilotar o U3-X, basta inclinar o corpo ligeiramente à frente ou em direção a um dos lados. O monociclo responde andando naquela direção. Sua única roda é, na verdade, formada por um grande número de rodinhas em torno de um aro. Quando as rodinhas giram, o monociclo anda de lado.
Quando gira o aro, ele se desloca para a frente ou para trás. A combinação dos dois movimentos permite andar em diagonal. Uma bateria de lítio fornece energia para os motores elétricos. Segundo a Honda, a carga é suficiente para uma hora de uso.
O U3-X pesa apenas 10 quilos e tanto o banquinho como os apoios para os pés são dobráveis para facilitar o transporte. A Honda diz que poderá ser usado em aeroportos, shopping centers e prédios corporativos. Um protótipo do U3-X é uma das atrações de uma exposição sobre transporte urbano aberta nesta semana na Cité de L´Architecture et du Patrimoine, o museu de arquitetura de Paris. Mas a Honda não divulgou quando pretende fabricá-lo.
Fonte: Info Online

sábado, 31 de março de 2012

Físicos Criam Dispositivo Invisível a Campos Magnéticos

São Paulo - Cientistas da Universidade de Barcelona, com a colaboração de estudos de pesquisadores da Academia de Ciência da Eslováquia, criaram um cilindro capaz de ficar invisível a campos magnéticos estáticos.
O avanço pode ter implicações na área militar e médica. O estudo foi publicado na edição da sexta-feira (23) da revista Science.
O dispositivo consiste na criação de campos magnéticos estáticos, que são gerados por um imã permanente ou por uma bobina atravessada por uma corrente elétrica contínua. Ele tem duas camadas concêntricas. A camada interna é feita de um material supercondutor que repele os campos magnéticos. Já a externa é composta por um material ferromagnético que os atrai.
O efeito é um campo magnético completamente inexistente no interior do cilindro e sem nenhuma distorção do campo magnético exterior. O cilindro, mesmo situado no campo magnético, não o perturba, não mostra sombra, nem reflexo. Logo, um objeto no interior dele não pode ser detectado magneticamente. É como se ele perdesse a sensibilidade.
Os campos magnéticos são fundamentais para a produção de energia elétrica e para a concepção de motores para todos os tipos de dispositivos mecânicos, bem como para novos avanços em computadores e dispositivos de telefonia móvel, por exemplo. Por esta razão, controlar este campo representa uma conquista importante no desenvolvimento tecnológico.
A criação pode ser aplicada em carros, barcos e submarinos. Ela pode ser usada em pacientes com marca-passo, sensível às ondas eletromagnéticas, ou até mesmo para imagens de ressonância magnética sem nenhuma distorção.
Para os físicos, como o material ferromagnético e o supercondutor estão disponíveis no mercado, são fortes e têm temperatura considerada quente, o dispositivo pode funcionar com facilidade.
Fonte: Info Online

Australiano Inventa Moto Movida a Ar Comprimido

São Paulo - O australiano Dean Benstead criou o conceito da motocicleta O2 Pursuit. Ela é movida a ar comprimido e tem como objetivo promover uma alternativa de transporte sustentável a população.
A moto tem capacidade de atingir velocidade de até 100 km/h. Ela roda em ar comprimido limpo por meio de uma tecnologia de motores desenvolvida localmente, que fornece uma plataforma sustentável. Portanto, ela traz benefícios no funcionamento da moto e para o meio ambiente.
Outro ponto de destaque está no peso da moto, que é bem menor quando comparada com as motocicletas convencionais. Isso acontece porque a O2 Pursuit não tem tanque de combustível, o que aumenta a habilidade e capacidade de manobra do piloto. Para suprir a falta do tanque, o veículo tem um compartimento que abriga um cilindro de ar comprimido.
O objetivo de Benstead é provar que é possível usar uma tecnologia como alternativa aos combustíveis fósseis e à eletricidade, medida necessária devido ao aumento do preço da gasolina, ao esgotamento do petróleo e pelo impacto ambiental gerado pelos combustíveis fósseis. Além de não poluir a atmosfera, a moto é silenciosa, o que diminui as taxas de poluição sonora dos grandes centros urbanos.
As estações de recarga são equipadas com compressores movidos a energia solar ou qualquer outra fonte de energia renovável. Dessa forma, é desenvolvido um círculo completo de criação e utilização de energia limpa.
A moto deverá ser fabricada com materiais reciclados, o que reduz o custo de operação. Ela poderá ser usada em cidades e estradas, inclusive as de terra. Porém, por ser apenas um protótipo, ainda não há um custo estimado para a comercialização.
Fonte: Info Online

quarta-feira, 21 de março de 2012

Israelenses Criam Tratamento de Água de Baixo Custo

São Paulo - Dois alunos israelenses, Avishai Katko e Maya Braun, do ensino médio da Sharett High School, na cidade de Netanya, desenvolveram uma estação de tratamento de água de baixo custo.
Para isso, o sistema expõe a água poluída à luz ultravioleta dos raios solares para limpar e filtrar o abastecimento de água com auxílio de energias renováveis. Assim, ela fica adequada para o consumo.
Katko e Braun dizem que o dispositivo poderia ser usado em qualquer casa, por qualquer pessoa, se fosse comercializado. O tratamento de água israelense é modular, móvel e adequado para ser usado em locais com escassez de água potável, mas que tenham luz solar abundante durante boa parte do ano, já que depende dos raios solares.
Trata-se de um passo importante porque, atualmente, a maior parte da água de Israel é tratada em usinas de dessalinização. Se esse novo sistema for comercializado, fará com que os cidadãos consigam colher e tratar a própria água que consumir sem gastar muito dinheiro e com maior autonomia.
O projeto foi apresentado no Fórum Mundial da Água, que aconteceu França. Além disso, o sistema ganhou o Intel-Israel 15th Annual Young Scientists Competition. A competição ocorreu no Museu de Ciência Bloomfield de Jerusalém. Já a cerimônia de premiação foi feita no Knesset. Os dois estudantes vão receber uma bolsa de estudo universitária no valor de três mil dólares. Além disso, vão representar Israel na competição mundial em Pittsburgh, Pensilvânia, no final deste ano.
Fonte: Info Online

segunda-feira, 19 de março de 2012

Cientista Desenvolve Célula Solar Com Sobras de Folhas e Grama

Andreas Mershin, cientista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), levou a sustentabilidade a sério: inventou painéis solares que usam como base pedaços cortados de grama e até folhas mortas.

Segundo o Extreme Tech, o elemento principal do processo é algo, de certa forma, óbvio. Mershin extraiu as moléculas fotossintéticas das plantas – parte responsável por transformar luz em energia – estabilizou esses elementos e os espalhou em um substrato de vidro. Assim, quando a luz atinge os painéis, os materiais presentes a absorvem, convertendo-a em eletricidade. Basicamente, foi uma troca da camada de silício das células normais pelas moléculas fotossintéticas naturais.

O cientista diz que, no futuro, será possível fazer uma mistura do novo material com produtos químicos, permitindo que se faça uma espécie de tinta que, espalhada sobre o teto ou pelas paredes de casas, pode gerar energia.

 Por enquanto, as células têm apenas 0,1% de eficiência. Para se ter uma ideia, para se acender apenas um LED, seria necessária uma eficiência de 1% ou 2%. Porém, este é apenas o início para que novos cientistas possam aumentar a eficiência do produto. "Assim, poderemos nos tornar não apenas consumidores de eletricidade, mas produtores de eletricidade", diz.
Fonte: Olhar Digital

domingo, 18 de março de 2012

Extrato Vegetal Impede Avanço de Câncer de Pele

São Paulo - Testes pré-clínicos feitos na Universidade de São Paulo (USP) revelaram que um composto extraído da pariparoba (Pothomorphe umbellata), arbusto originário da Mata Atlântica, é capaz de inibir o desenvolvimento do melanoma e impedir que as células tumorais invadam a camada mais profunda da pele e se espalhem para outros tecidos.
A molécula, batizada de 4-nerolidilcatecol (4-NC), foi testada em um modelo de pele artificial durante o doutorado de Carla Abdo Brohem, realizado no Departamento de Análises Clínicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF-USP) com apoio da FAPESP.
A equipe já iniciou a etapa de testes em animais. Os resultados estão em artigo publicado na revista Pigment Cell & Melanoma Research.
Segundo Silvya Stuchi Maria-Engler, coordenadora do estudo, o melanoma é a forma mais agressiva de câncer de pele e tem origem nas células produtoras de pigmentos, os melanócitos. Dados da literatura científica indicam que de 20% a 25% dos diagnosticados com a doença morrem.
“Se tratado na fase inicial, as chances de cura são altas. Mas quando ele se torna metastático o tempo de sobrevida é curto, em torno de oito meses, pois o tumor é muito resistente às drogas existentes. Medicamentos novos, portanto, são bem-vindos”, disse.
O composto 4-NC, encontrado no extrato da raiz da pariparoba, já havia demonstrado em estudos anteriores um potente efeito antioxidante, capaz de proteger a pele dos danos causados pela radiação solar. Essa outra pesquisa, também financiada pela FAPESP, foi coordenada pela professora Silvia Berlanga de Moraes Barros, da FCF-USP.
Em 2004, uma formulação em gel contendo extrato de raiz de pariparoba foi patenteada para uso cosmético para prevenção do câncer de pele.
Testes posteriores, em culturas de células tumorais, demonstraram que o 4-NC era capaz de induzir a morte celular. “Mesmo que ele não se prove eficaz contra o melanoma nas demais etapas da pesquisa, o composto tem diversas qualidades. Podemos avaliá-lo contra outros tipos de câncer”, disse Stuchi.
Agora, no modelo de pele em 3D, o 4-NC impediu que as células tumorais migrassem da epiderme para a derme. “A molécula já passou por exames de toxicidade em animais. Se também for aprovadas na avaliação de eficácia, poderá ser testada em humanos”, contou Berlanga.
Desdobramentos - A pele artificial usada no experimento é resultado do projeto "Geração de peles artificiais humanas e melanomas invasivos como plataforma para testes farmacológicos", coordenado por Stuchi e financiado pela FAPESP.
“A gente chama de artificial, mas se trata de pele humana reconstruída em laboratório”, explicou. Tudo começa com um fragmento de pele doado após cirurgia plástica, que a equipe recebe graças a parcerias com o Hospital Universitário e com o Hospital das Clínicas.
Os cientistas então isolam os constituintes básicos da pele – fibroblastos, queratinócitos e melanócitos – e os armazenam em um biobanco. “No momento em que precisamos testar uma nova molécula, remontamos esses elementos e construímos um tecido muito semelhante à pele humana”, contou Stuchi.
Além dos estudos com o 4-NC, a pesquisa tem outros desdobramentos. Em um deles, células do sistema imunológico estão sendo acrescentadas ao modelo de pele artificial, deixando-o ainda mais completo. “Dessa forma, além de testar a toxicidade e a eficácia de um novo composto, poderemos avaliar se ele tem potencial para causar alergia ou irritação”, explicou.
Em outra vertente, os pesquisadores simulam in vitro as condições de uma pele envelhecida.“Com o passar dos anos, resíduos de glicose se depositam sobre as proteínas, como por exemplo o colágeno. Isso desorganiza a matriz extracelular que compõe a camada dérmica da pele, causando rugas e flacidez”, disse Stuchi.
Esse problema, acrescentou, ocorre de forma mais evidente na pele de pacientes diabéticos e tornam mais difícil a cicatrização de feridas. O modelo de pele envelhecida, portanto, permitirá testar a ação de cosméticos antirugas e de medicamentos para a pele de diabéticos.
“Nosso objetivo, em longo prazo, é realizar transplante de pele para tratar feridas crônicas e queimaduras”, disse. A equipe da FCF-USP também está estudando o desenvolvimento do melanoma no modelo de pele envelhecida e no modelo de pele imunocompetente.
Fonte: Agência FAPESP/Info Online

quarta-feira, 14 de março de 2012

Teia de Aranha Poderá Ser Usada na Fabricação de Eletrônicos

Pesquisadores da Universidade do Estado de Iowa, nos EUA, fizeram uma descoberta impressionante no mundo animal: teias de aranha poderão ser usadas na fabricação de dispositivos eletrônicos, já que são ótimas condutoras térmicas. Além de ser flexível e forte, a seda produzida pela aranha também é 800 vezes mais eficiente em condução de calor que qualquer outro material orgânico.

O professor de engenharia mecânica e estudante de condutividade térmica, Xinwei Wang, encomendou 8 "aranhas-tecelãs-de-esfera-dourada" para realizar testes sobre a transferência de calor na seda, segundo o Mashable.
Com o experimento, descobriu-se que esse tipo de seda é melhor condutor que materiais comumente usados como silício, alumínio e aço puro. Outra vantagem da teia é que, diferente de outros materiais que perdem calor quando esticados, ela consegue aumentar ainda mais a temperatura.
"É muito supreendente porque a seda da aranha é um material orgânico", diz o professor Wang: "Para materiais orgânicos, a teia é o melhor já encontrado". Ele explica que só há alguns poucos materiais inorgânicos melhores que a teia, como a prata e o diamante, por exemplo.
Fonte: Olhar Digital

sábado, 10 de março de 2012

Costa Rica Ganha Projeto de Prédio Sustentável

São Paulo - O MOOV, escritório de arquitetura de Portugal, projetou um edifício passivo para a Costa Rica. O objetivo era produzir uma solução que fosse ambientalmente responsável, funcional e econômica.
Criado para ser a nova sede da ONG Fundecor (voltada para a preservação de florestas), em Puerto Viejo, na Costa Rica, o edifício ganhou formato circular. Dessa forma, a construção consegue passar a ideia de continuidade, regeneração, equilíbrio e centralidade. Evoca movimento e parece ser o lugar ideal para reuniões.
Assim, o prédio consegue preservar e oferecer uma boa condição de vida aos moradores, além de melhorar as condições de regeneração natural. Dessa forma, também é possível aproveitar a paisagem local em 360º.
O edifício é construído de uma forma específica para que a topografia do terreno fique intacta e reduza a necessidade de escavação. O ar flui pelo prédio e afasta a umidade do solo do prédio. Assim, dá para resfriar a construção. Algumas paredes do prédio podem ser abertas para aumentar a ventilação nos cômodos
Com relação a preservação do meio ambiente, o projeto inclui a introdução de vegetação nativa com o objetivo de promover a biodiversidade no local, bem como a melhora da qualidade ambiental. O MOOV também apoia a fauna local, com potencial para atrair pássaros, borboletas e insetos benéficos.
A combinação da ventilação com o sombreamento e as vegetações ambientes intensificam o efeito de resfriamento. Para completar, a água da chuva é recolhida para consumo e o lixo orgânico é reciclado como adubo biológico avançado. Depois, é usado como fertilizante do solo na floresta local.
Com o projeto de edifício passivo, o MOOV ganhou o segundo lugar da competição internacional de desenho ambiental “Simbiose na Paisagem Rural” para a nova sede da Fundecor.
Fonte: Info Online

sábado, 3 de março de 2012

Pesquisa Busca Produzir Enzimas Para Branqueamento de Celulose

Agência FAPESP – Enzimas estão entre as biomoléculas mais notáveis. Elas possuem propriedades catalíticas, ou seja, são proteínas capazes de acelerar reações químicas que ocorrem dentro ou fora de um organismo. Atualmente, enzimas têm sido utilizadas em indústrias como a farmacêutica, para aumentar a eficiência de processos ou diminuir gastos e impactos ambientais que possam ser causados por compostos químicos.
Durante o processamento industrial da madeira, a xilanase é uma enzima que costuma ser utilizada para o branqueamento da celulose. A Verdartis Desenvolvimento Biotecnológico, situada no campus da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, desenvolve um sistema de engenharia de proteínas que otimiza o processo de produção de enzimas específicas, como a própria xilanase.
O projeto de pesquisa “Bioprocesso de produção de enzimas para biorrefinaria de biomassa: branqueamento de celulose”, aprovado na chamada de propostas PAPPE-PIPE III 2011, lançada pela FAPESP em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), pretende desenvolver tecnologia para a produção em larga escala de enzimas especializadas na catálise de determinados processos.

“Nós já produzimos enzimas de forma eficiente, mas falta fazer ajustes tecnológicos para poder fabricar em nível industrial”, disse Marcos Lorenzoni, sócio da Verdartis, à Agência FAPESP.
Richard John Ward, professor do Departamento de Química da USP de Ribeirão Preto, auxiliou na transferência de tecnologia do laboratório para a sede da Verdartis e presta consultoria à empresa. “Além da etapa experimental de biologia molecular, o projeto agrega tecnologias de bioprocesso de produção e de bioinformática”, disse Lorenzoni.
Para atingir escala industrial de produção, é preciso aumentar a quantidade de enzimas produzidas em um reator, o que, consequentemente, diminuirá o custo do processo.
“Atualmente, realizamos a fabricação da xilanase em fermentador de 10 litros e já conseguimos reduzir o custo da produção de bancada em 80 vezes, quando transferimos a tecnologia do laboratório para a empresa, considerando-se apenas o valor do meio de cultivo”, explicou Álvaro de Baptista Neto, da Verdartis, pesquisador responsável pelo projeto.
A redução inicial significativa no custo do processo, de acordo com Lorenzoni, está associada ao uso do software Artizima para a seleção das enzimas mais adequadas ao processo de branqueamento de celulose. O software foi desenvolvido com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
De acordo com Baptista, se não fosse pelo software, a seleção das melhores enzimas teria que ser feita a olho nu e manualmente. O processo empregado também utiliza robôs, que separam as enzimas de modo mais eficiente. “Antes dos robôs, demorávamos cerca de dois anos para produzir enzimas específicas. Com eles, o tempo foi reduzido para oito ou até mesmo seis meses”, disse.
O Artizima faz o gerenciamento de seleção das enzimas que, no caso do branqueamento de celulose, precisam se comportar bem em altas temperaturas e em níveis de acidez (pH) que variam muito – as duas principais variáveis do processo.
“Com base em um procedimento de evolução dirigida, o Artizima faz a mutação aleatória das enzimas, a simulação dinâmica molecular em diferentes temperaturas e nível de pH e, por fim, a seleção das melhores enzimas”, explicou Lorenzoni.
Evolução dirigida
Lorenzoni conta que a Verdartis busca desenvolver enzimas de acordo com as condições reais de pH e temperatura apresentadas por fábricas como as da Suzano Papel e Celulose, colaboradora da empresa.

“O processo de evolução dirigida permite melhorar cada vez mais a eficiência dessas enzimas. Em apenas quatro rodadas evolutivas, uma xilanase que funcionava a 55º C passou a responder a uma temperatura de 90º C, por exemplo”, disse.
“Com um cluster de 15 computadores [cuja aquisição para o projeto também teve apoio da FAPESP], levamos apenas um mês para chegar à mutação mais eficiente de enzimas especializadas no processo de branqueamento da celulose”, afirmou Lorenzoni.
“O software e os robôs são ferramentas que, além de nos auxiliar na procura de clones das enzimas, aumentam a possibilidade de esses clones serem mais especializados, capacitados e interessantes para o processo”, acrescentou Baptista.
Todo o procedimento desenvolvido pela Verdartis já reduz tempo e custo no processo, porém, ainda é preciso ajustá-lo para uma produção em larga escala – objetivo central do projeto aprovado pelo PAPPE-PIPE III.
A empresa, fundada em 2007, pretende patentear o processo de produção de enzimas baseado na evolução dirigida acelerada. “A Verdartis foi criada não somente para produzir enzimas, mas, principalmente, para desenvolver tecnologias para se chegar a enzimas industriais”, disse Lorenzoni.
“Resultados com fermentadores de até 10 litros já temos. Agora, queremos expandir para uma escala de 50, 100 e 500 litros. Se conseguirmos, teremos grandes chances de participar competitivamente no mercado de produção de enzimas”, disse Baptista.
Fonte: Agência FAPESP/Info Online

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Virgin Quer Realizar Teste de Nave Espacial Este Ano

Palo Alto - A Virgin Galactic, parte do Virgin Group de Richard Branson, planeja realizar um voo de teste de sua primeira nave espacial fora da atmosfera terrestre neste ano, e o serviço comercial de passageiros em voos suborbitais deve ser iniciado em 2013 ou 2014, disseram executivos da empresa na segunda-feira.
Quase 500 clientes já assinaram para voos no SpaceShipTwo, uma espaçonave que acomoda seis passageiros e dois pilotos e está sendo construída e testada pela Scaled Composites, companhia aerospacial fundada pelo projetista aeronáutico Burt Rutan mas agora controlada pela Northrop Grumman.
Os voos suborbitais, que custarão 200 mil dólares por passageiro, devem atingir altitude de 109 quilômetros, o que propiciará aos viajantes alguns minutos de gravidade zero e permitirá que vejam a Terra tendo como fundo a escuridão do espaço.
"Na área suborbital, existe muito a ser feito. Trata-se de uma área que não foi explorada nas últimas quatro décadas", disse Neil Armstrong, que era pioloto de teste do avião de pesquisa X-15 nos anos 60 antes de se tornar astronauta e liderar a primeira missão a pousar na Lua.
"Há muita oportunidade", disse Armstrong aos 400 participantes da Next-Generation Suborbital Researchers Conference, em Palo Alto, Califórnia. "Espero que algumas das novas abordagens venham a se provar lucrativas e úteis. E estou seguro de que isso acontecerá".
A Virgin Galactic é a mais visível entre as empresas que estão desenvolvendo espaçonaves para propósitos de turismo, pesquisa, educação e negócios.
O SpaceShipTwo, o primeiro aparelho na frota de cinco espaçonaves que a Virgin planeja, já completou 31 testes de voo na atmosfera -15 deles atrelados ao WhiteKnightTwo, o avião que o transporta, e 16 em voo planado- disse William Pomerantz, vice-presidente de projetos especiais da Virgin Galactic, em palestra na conferência.
Os preparativos para os primeiros voos propelidos por foguete estão em curso no centro de montagem da Scaled Composites em Mojave, Califórnia, e o teste inicial deve acontecer neste ano.
"Esperamos instalar o motor-foguete na espaçonave ainda neste ano, e começar os testes com autopropulsão", disse David Mackay, chefe dos pilotos de teste da Virgin Galactic, durante a conferência.
"Gostaríamos de ser os primeiros a fazê-lo, mas não estamos correndo contra ninguém. Não se trata de uma corrida espacial como a ocorrida na era da Guerra Fria", acrescentou.
"O intervalo entre o primeiro voo com motor e o primeiro voo espacial não será longo, e de lá para o primeiro voo comercial ao espaço tampouco deve haver muita demora", disse Pomerantz a jornalistas, mais tarde.
Ele disse que os serviços de passageiros começariam em 2013 ou 2014, a depender dos resultados dos testes de voo e outros fatores, tais como o treinamento de pilotos.
Fonte: Reuters/Info Online