quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Virgin Quer Realizar Teste de Nave Espacial Este Ano

Palo Alto - A Virgin Galactic, parte do Virgin Group de Richard Branson, planeja realizar um voo de teste de sua primeira nave espacial fora da atmosfera terrestre neste ano, e o serviço comercial de passageiros em voos suborbitais deve ser iniciado em 2013 ou 2014, disseram executivos da empresa na segunda-feira.
Quase 500 clientes já assinaram para voos no SpaceShipTwo, uma espaçonave que acomoda seis passageiros e dois pilotos e está sendo construída e testada pela Scaled Composites, companhia aerospacial fundada pelo projetista aeronáutico Burt Rutan mas agora controlada pela Northrop Grumman.
Os voos suborbitais, que custarão 200 mil dólares por passageiro, devem atingir altitude de 109 quilômetros, o que propiciará aos viajantes alguns minutos de gravidade zero e permitirá que vejam a Terra tendo como fundo a escuridão do espaço.
"Na área suborbital, existe muito a ser feito. Trata-se de uma área que não foi explorada nas últimas quatro décadas", disse Neil Armstrong, que era pioloto de teste do avião de pesquisa X-15 nos anos 60 antes de se tornar astronauta e liderar a primeira missão a pousar na Lua.
"Há muita oportunidade", disse Armstrong aos 400 participantes da Next-Generation Suborbital Researchers Conference, em Palo Alto, Califórnia. "Espero que algumas das novas abordagens venham a se provar lucrativas e úteis. E estou seguro de que isso acontecerá".
A Virgin Galactic é a mais visível entre as empresas que estão desenvolvendo espaçonaves para propósitos de turismo, pesquisa, educação e negócios.
O SpaceShipTwo, o primeiro aparelho na frota de cinco espaçonaves que a Virgin planeja, já completou 31 testes de voo na atmosfera -15 deles atrelados ao WhiteKnightTwo, o avião que o transporta, e 16 em voo planado- disse William Pomerantz, vice-presidente de projetos especiais da Virgin Galactic, em palestra na conferência.
Os preparativos para os primeiros voos propelidos por foguete estão em curso no centro de montagem da Scaled Composites em Mojave, Califórnia, e o teste inicial deve acontecer neste ano.
"Esperamos instalar o motor-foguete na espaçonave ainda neste ano, e começar os testes com autopropulsão", disse David Mackay, chefe dos pilotos de teste da Virgin Galactic, durante a conferência.
"Gostaríamos de ser os primeiros a fazê-lo, mas não estamos correndo contra ninguém. Não se trata de uma corrida espacial como a ocorrida na era da Guerra Fria", acrescentou.
"O intervalo entre o primeiro voo com motor e o primeiro voo espacial não será longo, e de lá para o primeiro voo comercial ao espaço tampouco deve haver muita demora", disse Pomerantz a jornalistas, mais tarde.
Ele disse que os serviços de passageiros começariam em 2013 ou 2014, a depender dos resultados dos testes de voo e outros fatores, tais como o treinamento de pilotos.
Fonte: Reuters/Info Online

Tecnologia Israelense Quer Purificar Água no Espaço

São Paulo - Cientistas querem testar uma nova tecnologia de purificação de água no espaço. A iniciativa é do Instituto Fisher para Ar e Estudos Estratégicos Espaciais e a Strauss Water, subsidiária da maior rede de alimentos de Israel.
Até agora, as águas residuais de voos espaciais foram atiradas no espaço sideral. As equipes de pesquisa devem usar tecnologia biomédica à base de polímeros em condições de gravidade zero.
O novo sistema à base de polímero foi testado em órbita em um ônibus espacial da Nasa e removeu todas as bactérias e vírus da água utilizada com sucesso. A partir disso, foi possível criar esperanças para a mudança no sistema de descarte das águas residuais.
Segundo Dr. Eran Schenker, chefe do Centro de Pesquisa de Medicina Aeroespacial do Instituto Fisher de Israel, dessa forma, no futuro, os astronautas poderão usar a nova tecnologia de purificação de água israelense para reciclar a água usada, ao invés de descartá-la no espaço.
A novidade pode ser uma boa notícia para os astronautas de voos espaciais e para a vida na Terra. Isso porque que é preciso termos um sistema viável com urgência, capaz de facilitar a remoção eficaz de bactérias e vírus, em qualquer condição. A purificação da água é um processo crítico em regiões com escassez de água em todo o mundo.
Fonte: Info Online

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Algas Marinhas Podem Virar Combustível

São Paulo - Cientistas do Laboratório de Bioarquitetura e da Universidade de Washington descobriram uma forma de converter algas marinhas em etanol. Para isso, é preciso usar um micróbio geneticamente modificado a partir de uma bactéria comum no nosso sistema digestivo.
Baseado na Escherichia coli, o micróbio é capaz de digerir a alga e transformar os açúcares complexos existentes em sua estrutura em biocombustível. O processo pode ser feito em uma temperatura entre 25 e 30º C. Portanto, não precisa de muita energia.
Essa pode ser uma ótima forma de popularizar ainda mais o etanol. Isso porque algas marinhas crescem de forma abundante embaixo d´água e não interferem no espaço dedicado a outros tipos de cultivo, o que acontece em plantações de milho ou cana, por exemplo.
Outro ponto positivo dessa transformação das algas marinhas é que elas não precisam de fertilizantes ou de irrigação porque já estão submersas. Logo, elas conseguem reter os nutrientes da própria água do mar. Além disso, a estrutura orgânica é muito fácil de ser processada.
O estudo sugere que somente os EUA seriam capazes de produzir 1% do combustível usado atualmente ao cultivar algas marinhas em menos de 1% de seu território marítimo. Não é um volume capaz de abastecer todo o país, mas os pesquisadores a consideram como uma opção considerável, visto que dois terços do planeta estão cobertos de água.
O Laboratório de Bio Arquitetura afirma já ter feito parceria com empresas e especialistas para mostrar que desenvolver o etanol dessa forma é viável economicamente. A Europa também já tem projetos de cultivo de algas marinhas.
Fonte: Info Online

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Tecnologia Gorilla Glass

Aparelhos touchscreen se tornaram algo tão comum em nossas vidas, seja pelos smartphones, tablets e outras plataformas, que você até pode pensar que não podemos ter uma experiência ainda mais imersiva nesse tipo de tecnologia. Mas, como nesse universo tudo acontece muito rapidamente, especialistas preveem que em dez ou 15 anos, produtos um tanto futurísticos terão um papel fundamental no dia a dia das pessoas.

Hoje, já é possível acompanhar o desenvolvimento de televisões, videogames e eletrodomésticos totalmente interativos. E uma dessas inovações é o Gorilla Glass, um recurso criado pela empresa Corning, que consiste em uma tela touchscreen feita de vidro que não risca e é mais forte e resistente do que os periféricos atuais. Atualmente, já é utilizado em smartphones da Samsung e LG.

Pensando em prever como vamos viver nos próximos anos com a utilização dessa ferramenta, a Corning produziu um vídeo no qual fala sobre como essa tecnologia inteligente em vidro vai nos ajudar a reconstruir o que conhecemos do planeta no futuro. As demonstrações chegam a ser alucinantes, e você com certeza vai se impressionar em como o cotidiano pode ficar bastante interessante com exposições interativas e múltiplas funcionaldiades.
O clipe de seis minutos de duração começa com uma criança dormindo, quando um display acoplado no chão do quarto começa a exibir a hora, fotos e outras atividades. Portátil, o aparelho se assemelha a um tablet transparente, e pode se transportado para um ambiente maior, permitindo que o indivíduo tenha acesso a um acervo de informações sobre os próprios objetos, como roupas e calçados. A interação continua no caminho para a escola, dentro do carro, que também possui um painel inteligente.

Apesar de revelar inovações nos segmentos profissionais e residenciais, no entanto, é provável que os focos principais sejam em áreas como educação e medicina que, em muitos países, carecem de investimento e recursos realmente eficientes.

No vídeo, as crianças sentam-se em fileiras, cada uma com o seu computador de mão. Na mesa dos estudantes, os PCs mostram apenas o que está na tela principal, como o sistema de menus e recursos interativos, evitando que os alunos se distraiam e, assim, prestem atenção apenas nos professores. Os conteúdos mostrados dão uma impressão de profundidade 3D, e há até um painel semelhante ao que é encontrado no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, onde os visitantes têm de montar palavras embaralhadas através do movimento das mãos.
Já no hospital, os médicos portarão os tablets transparentes que vão exibir em tempo real a ficha completa dos pacientes, além de seus diagnósticos. Essas informações podem ser passadas facilmente para uma tela maior, que também mostra todos os exames já feitos pelos doentes. O mais impressionante, talvez, é a reprodução holográfica do próprio enfermo na mesa hospitalar, onde os doutores podem analisar o cérebro e outras partes do corpo utilizando a realidade aumentada.

Futurístico ou não, essa é uma boa forma de visualizarmos como pode estar nossa vida tecnológica daqui alguns anos. Enquanto esses dias não chegam, aproveite para assistir aos vídeos do A Day Made of Glass (o primeiro é a versão reduzida, e o segundo a versão completa, de onze minutos).
Fonte: Olhar Digital