quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Camisa da Copa é Feita com Garrafas Pet

Nova camisa da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo 2010

SÃO PAULO – A Nike apresentou hoje as novas camisas para a Copa do Mundo 2010, na África do Sul.

Em um evento em Londres, a empresa escolheu o jogador brasileiro Alexandre Pato, do Milan, para mostrar a nova camisa oficial amarela da Seleção Brasileira.

Assim como a camisa azul, já anunciada, a amarela é feita com novo tecido Dri-Fit a partir de garrafas PET.

São necessárias até oito garrafas para produzir uma camisa e, segundo a Nike, o processo de fabricação diminui em até 30% o consumo de energia se comparado ao uso de poliéster novo.

Além do Brasil, Portugal, Holanda, Coréia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Sérvia e Eslovênia também devem usar uniformes mais verdes no mundial.

Outra novidade anunciada é que as camisas oficiais, que eram desenvolvidas exclusivamente para os jogadores, também passam a ser vendidas em lojas.

Fonte: Nike/Revista Info

Já Pensou em Voar Por Cima do Trânsito ?

Movido a gasolina, Martin Jetpack faz 96 km/h

SÃO PAULO – Empresa da Nova Zelândia cria propulsor a jato individual que faria você voar por cima de qualquer congestionamento.

Com 200 cavalos de potência, ele viaja a 96 km/h, chega a 2,3 km de altitude e faz 48 km com um tanque de combustível.

O Martin Jetpack começou a ser comercializado agora, embora a empresa Martin Aircraft tenha lançado o produto no meio do ano passado. A expectativa é chegar a 500 jatos vendidos ao ano.

Na verdade, a empresa explica que o nome do produto não se encaixa na definição científica de propulsão a jato, pois usa dois ventiladores para levitar. No entanto, como as pessoas costumam associar dispositivos combustíveis com formas como esta ao nome “jetpack”, decidiu-se por seguir o senso comum.

Movido a gasolina, com 1,5 por 1,6 metros, o Martin Jetpack possui dois controles, um em cada mão: altura e manobras de um lado, guinada e controle da válvula de outro. Entre os itens de segurança, o principal é um para-quedas especial, que funciona baixas altitudes.

Vale ressaltar que ele não é nem um pouco ecológico, pois queima 37 litros de gasolina por hora, cerca de cinco vezes mais do que um carro comum.

Devido ao porte do produto, a maioria dos países não exige licença para que ele seja pilotado, mas e empresa, no entanto, exige que o proprietário faça um curso de treinamento. Os primeiros 10 compradores o farão na Nova Zelândia.

Aos interessados, é preciso um pouco de paciência: após a encomenda, leva cerca de um ano para seu propulsor ficar pronto. Ele custa em torno de 50 mil libras, e é necessário fazer um adiantamento na encomenda, pagar parcelas mensais e o restante na entrega do produto.

Outro detalhe importante: é preciso estar relativamente em forma, pois o aparelho só comporta pilotos entre 63 kg e 109 kg.

Fonte: Revista Info

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Em Novo Livro, "Esquimó", Fabrício Corsaletti Não Separa a Poesia da Vida

O poeta Fabrício Corsaletti, no bar que escolheu para ser entrevistado, na Liberdade
Solicitado a escolher ele mesmo o local da entrevista sobre seu novo livro, um lugar em que se sentisse bem, Fabrício Corsaletti sugeriu um boteco no bairro da Liberdade. Para reforçar, depois enviou um poema sobre o bar, cuja primeira estrofe diz: "Kintarô é um boteco da Liberdade/ o melhor boteco da Liberdade/ e talvez o melhor boteco do mundo".

O poema-tributo não integra "Esquimó", que a Companhia das Letras lança amanhã. Corsaletti o escreveu porque adora o tal bar e as pessoas dali. Minúsculo, com um balcão e duas mesas, é um "izakaya", boteco que serve pequenas porções japonesas (e, no caso, também torresmo), administrado por dois irmãos lutadores de sumô.

Aos 31 anos, mas já no oitavo livro e com uma bagagem apinhada de resenhas elogiosas, o poeta parece inteiramente adaptado a São Paulo, a metrópole que tateou com assombro ao deixar em 1997 a pequena Santo Anastácio, a 600 km da capital, para estudar letras.

A memória da província marcou o início na poesia e explodiu no primeiro livro de prosa, "King Kong e Cervejas" (Cia. das Letras, 2008). Antes disso, em 2007, ganhara uma antologia poética, "Estudos Para o Seu Corpo". Em 2009 saiu, pela 34, onde trabalha como editor-assistente, "Golpe de Ar", seu primeiro e urbano romance.

Corsaletti está mesmo mais urbanizado, mas continua impregnado de Santo Anastácio. Como o Kintarô, "Esquimó" recende ao transitório --um território novo, estrangeiro e cosmopolita, protegido, logo além do balcão, pelo minimalismo e pelo amor aos amigos.

A melancolia lírica fez a crítica de pronto associá-lo a Bandeira e Drummond. De fato, na adolescência ele leu ambos por dois anos sem parar. Mas a verdadeira revelação, conta, veio antes, ao ler uma antologia de Vinicius de Moraes.

Vinicius era chamado de "Poetinha", alguém que, ao viver com intensidade a vida de artista, dessacralizou a imagem de poeta, despiu-se da aura romântica. Neste aspecto, Corsaletti é totalmente "Poetinha". Não há fronteira clara entre o que vive e o que escreve; toda matéria íntima vira literatura.

O escritor é maluco pela atriz francesa Eva Green --a evocação do corpo feminino é outro selo autoral. Assim, fez para ela um poema em "Esquimó", um dos mais divertidos do livro, em que planeja aventuras com ela. Mas isso é brincadeira.

A vera, Corsaletti é completamente louco pela namorada, a professora de estilismo Mariana Rocha. "Depois da poesia, ela é o acontecimento mais importante de minha vida", diz. Dedica-lhe livros e poemas. Para ela escreveu "Seu nome", que o autor considera o seu melhor poema até hoje.

Corsaletti anda, faz alguns anos, encantado por Bob Dylan. Estudou inglês para entender as letras. Reunia-se com amigos para traduzir o cantor americano. Eis que Dylan inundou "Esquimó" de referências: "Quinn the Eskimo" é uma música dele, assim como "Everything is Broken", nome do poema de abertura do livro. (O poeta compôs rocks para as bandas Barra Mundo e Portnoy, e fez, em parceria com o pai, dentista e compositor, o hino de Santo Anastácio).

O apego ao que vive não embota o rigor artístico. Corsaletti acorda cedo para ler e escrever, e escreve todo dia. Para a prosa ("mais lógica e trabalho braçal") é mais rigoroso, acorda às 6h e se concentra. Num caderno, registra tudo que lê em prosa ("de poesia não se lê um livro inteiro") --a soma está em 476 títulos. Adora Rimbaud, Raduan Nassar, Salinger, Cortázar, Faulkner, Angélica Freitas e César Vallejo.

A todo instante joga fora poemas. "Não tenho nenhum apego emocional aos meus textos, somente quando são bons."

Entre loas, destoou uma resenha sobre "King Kong e Cervejas", a única que até hoje irritou Fabrício. Em um texto na revista "Sibila", o crítico Rodrigo Gurgel insinuou que o coleguismo era a causa das boas resenhas. A Folha perguntou a Rangel o que ele quis dizer com a insinuação. "Foi retórica. Hoje no Brasil um sujeito vira genial por vários fatores: amizades, contatos, a pessoa certa para fazer a resenha no lugar certo", disse o crítico.

Autor de algumas das resenhas elogiosas, o professor de literatura da USP Alcides Villaça, que leu a produção de Corsaletti quando ele ainda era seu aluno e o estimulou a seguir, discorda. "Normalmente os jovens expressam de forma direta e prosaica sua experiência de vida, como uma confissão. Ele tem altitude, achou o espaço da sua experiência sem diminui-la nem sobrevalorizá-la."

Fonte: Folha Ilustrada (Folha OnLine)

Veja as Mais Belas Imagens da Ciência

Algumas das imagens escolhidas pelo júrido International Science & Engineering Visualization Challenge
SÃO PAULO – Concurso organizado pela National Science Foundation (NSF) e revista Science premia as melhores imagens científicas de 2009.

Plantas, polímeros, animais e até um hambúrguer de água viva integram a galeria vencedora do International Science & Engineering Visualization Challenge.

São cinco categorias: fotografias, ilustrações, gráficos, mídia interativa e mídia não interativa. Os vencedores e menções honrosas têm as fotos publicadas na Science, além dos primeiros colocados receberem um ano de assinatura da revista.

Confira abaixo e nas próximas páginas os destaques das duas primeiras categorias que, escolhidas pelos jurados, se encaixam no ideal do concurso de que “Algumas das mais poderosas afirmações não são feitas com palavras”.

FOTOGRAFIA

1º lugar - Save Our Earth. Let´s Go Green

Crédito: Sung Hoon Kang, Joanna Aizenberg, and Boaz Pokroy, Harvard University

Essa fotografia feita em microscópio eletrônico capta polímeros em ação, mas também poderia representar os esforços conjuntos para salvar a Terra – de acordo com seus autores. Os pesquisadores criaram polímeros que se unem sozinhos na esperança de produzir materiais mais eficientes energeticamente. Essas fibras de resina epóxi são do tamanho de um fio de cabelo, e a esfera em torno da qual elas se reúnem possuí apenas 2 micrômetros de diâmetro.

Menção honrosa - Microbe vs. Mineral - A Life and Death Struggle in the Desert

Crédito: Michael P. Zach, University of Wisconsin - Stevens Point

A imagem foi feita de uma amostra de sal coletada em um vale árido e quente perto do Death Valley National Park, na Califórnia. O sal foi moído, colocado no microscópio e então foi adicionada uma gota de água. De repente, micróbios começaram a ganhar vida enquanto o sal se dissolvia. Quando a água começou a evaporar, a foto foi tirada. As cores vêm da luz passando pelo cristal de sal, que age como prisma.

Menção Honrosa (empatado) - Flower Power

Crédito: Russell Taylor, Briana K. Whitaker, and Briana L. Carstens, University of North Carolina at Chapel Hill

Essa foto foi tirada durante um acidente. Era apenas um teste, uma etapa do estudo das forças que as células exercem. Os pesquisadores observavam como florestas de pilares de polímeros de 10 micrômetros de altura se curvavam quando células eram colocadas sobre elas. Esses pilares deveriam ficar de pé mas, acidentalmente, todos caíram em um padrão de flor.

Menção Honrosa (empatado) - Self-fertilization

Crédito: Dr. Heiti Paves and Birger Ilau, Tallinn University of Technology

Essa pequena flor branca (Arabidopsis thaliana) fazalgo raro na natureza: se auto fertiliza. A foto mostra os grãos de pólen e ovário tingidos de azul para mostrar o processo em ação. Das seis cabeças de pólen, dá para ver pequenos fios crescendo em direção ao ovário. Por causa do microscópio, a flor branca parece amarela e o fundo, azul.

ILUSTRAÇÃO

1º lugar: Kuen´s Surface: A Meditation on Euclid, Lobachevsky and Quantum Fields

Crédito: Richard Palais and Luc Benard, University of California at Irvine

Desenhe uma linha reta em um papel e faça um ponto fora dela. Quantas linhas paralelas a primeira você pode desenhar passando pelo ponto? O matemático grego Euclídes afirmou que a resposta é apenas uma. Por mais de dois mil anos após a sua morte, matemáticos lutaram para provar esta afirmação baseados em suas outras leis geométricas. Então, no século 19, o matemático russo Nikolai Lobachevsky mostrou que provar isso era impossível: em alguns casos, você pode traçar um número infinito de linhas através daquele ponto e não violar nenhum dos outros axiomas de Euclides. Os responsáveis por essa ilustração queriam traduzir a história da solução de Lobachevsky em uma imagem. Na ilustração, uma folha de papel mostra rascunhos de uma dessas superfícies, chamada Superfície de Kuen, e a expressão que a descreve.

1º lugar (empatado): Branching Morphogenesis

Crédito: Peter Lloyd Jones, Andrew Lucia, and Jenny E. Sabin, University of Pennsylvania´s Sabin + Jones Lab Studio

Essa é a imagem de uma instalação tridimensional de 3,5 metros de altura. A escultura usou simulações de computador de células pulmonares empurrando e puxando a proteína que as rodeia. Foram conectados 75.000 cabos para representar as células pulmonares formando capilares.

Menção honrosa - Jellyfish Burger

Crédito: David Beck, Clarkson University and Jennifer Jacquet, University of British Columbia

A ideia do hambúrguer de água viva é simples: alertar que o abuso da pesca e mudanças climáticas têm consequências no ecossistema marinho. Com o número de peixes grandes diminuindo, e as temperaturas do oceano subindo, o mar se torna cada vez mais ideal para criaturas flutuantes.

Menção honrosa (empatado): Back to the Future

Crédito: Mario De Stefano, Antonia Auletta, and Carla Langella, The 2nd University of Naples

A ideia aqui é aprender com a natureza. Essas algas microscópicas poderiam inspirar o design de células solares. Cada uma delas tem forma para maximizar a absorção de luz. Ao fundo, protótipos do que seriam painéis solares inspirados nelas.

Fonte: Revista Info

Brasil já é 2º em Transgênicos

No período de 1996 a 2008, os ganhos econômicos com a adoção de transgênicos foram de 51,9 bilhões de dólares, com a redução nos custos de produção e os ganhos de produtividade.

SÃO PAULO - O Brasil ultrapassou em 2009 a Argentina e se tornou o segundo país que mais usa produtos agrícolas geneticamente modificados no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, informou hoje a ISAAA, órgão internacional que acompanha a adoção de produtos transgênicos.

O Brasil plantou no ano passado 21,4 milhões de hectares com produtos transgênicos, apenas 100 mil hectares a mais do que a Argentina, disse o presidente da ISAAA, Clive James, em teleconferência. Os EUA lideram com folga a adoção de produtos alterados geneticamente, com 64 milhões de hectares.

E na avaliação de James há espaço para um crescimento ainda maior na adoção de transgênicos no Brasil.

"A soja Roundup Ready (tolerante ao herbicida glifosato) vai crescer em 2010 ante 2009. Hoje vocês plantam quase 23 milhões de hectares (ao todo, incluindo o produto convencional), e houve 71% de adoção do Roundup Ready em 2009. Há espaço para aumento significativo", declarou ele durante a teleconferência.

A soja domina o cultivo de transgênicos no Brasil e Argentina, mas o crescimento do uso de lavouras geneticamente modificadas no país no ano passado foi liderado pelo milho.

A área do milho Bt cresceu 3,7 milhões de hectares, o equivalente a aproximadamente 400% sobre 2008, e foi de longe o maior aumento absoluto para qualquer cultura GM em qualquer país em 2009, segundo relatório da ISAAA (sigla em inglês para Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia).

Dos 21,4 milhões de hectares semeados no Brasil (com todos os produtos, soja, milho e algodão), 16,2 milhões de hectares foram plantados com soja transgênica, com patente da Monsanto.

O Brasil cultivou na safra passada cerca de 14 milhões de hectares com milho, sendo que 5 milhões de hectares com o produto transgênico Bt, resistente a insetos, de acordo como órgão.

A adoção do milho transgênico só foi aprovada mais recentemente no Brasil. A soja e o algodão alterados já são plantados há mais tempo.

"Milho, vocês são os terceiros produtores no mundo, e como você sabe o milho é cultivado em duas safras no Brasil, há uma oportunidade de crescimento na safrinha, mas também na safra de verão", declarou ele.

Segundo dados do ISAAA, foram cultivados 145 mil hectares com algodão transgênico no Brasil, dos quais 116 mil do produto Bt e 29 mil tolerante a herbicida.

A área total com algodão no Brasil superou 800 mil hectares na temporada passada.

"No algodão também há mais oportunidades para crescimento, mas o mais importante é olhar além, e ver produtos que estão vindo", disse James, citando uma soja transgênica desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Basf, recentemente aprovada para uso comercial.

Ele prevê que o novo produto da Embrapa/Basf esteja disponível em 2010/11. "É um bom exemplo de como o setor privado e setor público podem atuar juntos", afirmou, lembrando que na China entidades públicas também estão desenvolvendo tecnologia transgênica.

Segundo a ISAAA, as avaliações de impacto mundial das culturas transgênicas indicam que, no período de 1996 a 2008, os ganhos econômicos com a adoção de transgênicos foram de 51,9 bilhões de dólares, com a redução nos custos de produção e os ganhos de produtividade.

Além disso, disse a organização, "teriam sido exigidos 62,6 milhões de hectares adicionais para produzir a mesma quantidade, não tivessem sido empregadas as culturas GM".

Durante o mesmo período, de 1996 a 2008, a redução de defensivos foi avaliada em 268 milhões de kg de ingredientes ativos, uma economia de 6,9%.

A entidade defende o uso de transgênicos também em relação a emissões. Segundo ela, em 2008, a redução da emissão de CO2 na atmosfera com as culturas transgênicas é estimada em 14,4 bilhões de kg de CO2, equivalente à remoção de 7 milhões de carros das ruas.

Fonte: Reuters/Revista Info

Plantio de Transgênicos Cresce no Mundo

O número de produtores que optam pelas safras transgênicas alcançará 20 milhões, em 200 milhões de hectares em 40 países até 2015.

KANSAS CITY - Liderados pelos americanos, 14 milhões de produtores de todo o mundo plantaram safras geneticamente modificadas no ano passado, elevando o total de transgênicos plantados em 7%, de acordo com relatório de uma entidade divulgado hoje.

Expansões foram notadas na soja, milho e algodão, e o apelo aos produtores aumentou em parte devido aos diferentes tipos de produtos prometendo melhores rendimentos, melhora da tolerância a herbicidas e proteção a insetos, de acordo com o relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA).

O presidente do ISAAA, Clive James, disse que o crescimento das safras transgênicas em todo o mundo ocorre em meio aos desafios de alimentar uma população global que cresce rapidamente. "Quando olhamos para os desafios que temos hoje, estamos falando da necessidade de dobrar a produção de alimentos e de fazer isso de maneira sustentável", disse James.

O grupo, a favor da biotecnologia e que anualmente avalia o uso de safras transgênicas, disse que produtores em 25 países plantaram no ano passado 134 milhões de hectares de safras geneticamente modificadas, contra 125 milhões de hectares em 2008.

O ISAAA afirmou ainda que 13 milhões dos 14 milhões de produtores são pequenos e de poucos recursos de países em desenvolvimento. Como tem sido o caso ano após ano, os Estados Unidos responderam por 48% da área plantada com safras transgênicas, com 64 milhões de hectares no ano passado.

O Brasil e a Argentina aparecem em seguida, com 21,4 milhões e 21,3 milhões de hectares, respectivamente.

Mas os produtores na Europa, onde a oposição do consumidor permanece alta devido a temores com a saúde e o meio-ambiente, plantaram uma área menhor, disse o ISAAA.

Seis países europeus plantaram 94.750 hectares com safras transgênicas em 2009, contra sete países e 107.719 hectares em 2008, com a Alemanha deixando de plantar.

James disse que isso é um erro. "O dinheiro esperto na Europa sabe que estão no caminho errado", disse ele.

O ISAAA afirmou ainda esperar que o número de produtores que optam pelas safras transgênicas alcançará 20 milhões, em 200 milhões de hectares em 40 países até 2015.

Fonte: Reuters/Revista Info

Empresa Cria Bola de Futebol Inteligente

Bola de futebol CTRUS: além de alertar sobre lances, ela não precisa de ar
SÃO PAULO – Aos 45 do segundo tempo, o atacante faz o passe para seu companheiro que está em posição irregular. O trio de arbitragem não percebe o impedimento e... o lance é convertido em gol!

É justamente para evitar situações como essa que a misteriosa empresa de tecnologia Agent, que não divulga sua sede ou seus proprietários, criou a CTRUS: primeira bola de futebol inteligente.

Ela foi projetada para atender a um lema criado pela própria empresa: Fair Play is All About Transparency, um jogo de palavras entre a regra do fair play, o jogo limpo, instituída pela FIFA e a transparência (uma alusão à característica da CTRUS).

Dotada de uma pequena CPU interna, sensores, conexão wireless e GPS, a bola se comunicaria com estações de controle instaladas no estádio para eliminar as dúvidas em alguns lances.

Por exemplo, uma luz interna acende em diferentes cores para sinalizar quando foi feito um gol, quando há impedimento ou quando a bola saiu dos limites do campo – uma bela ajuda a bandeirinhas e juízes. A bola também registra a força do chute e a velocidade da atingida a cada lance.

Além disso, a CTRUS nunca fica murcha pois não precisa de ar. O segredo está nas propriedades mecânicas do seu material, uma estrutura interna (esqueleto) e uma "concha" externa feita de elastômeros reforçados. Essa combinação de matérias proporciona a mesma flexibilidade de uma bola pneumática.

Luzes indicam gol, impedimento ou saída do campo.

Os alertas são dados graças a sensores instalados na bola e no campo.

A CTRUS nunca murcha pois não precisa de ar.

Sua estrutura, apesar de rígida, garantiria a mesma flexibilidade de uma bola pneumática.

A bola é fabricada pela misteriosa empresa Agent, que não divulga sua localização.

Por enquanto, há diferentes modelos sendo criados.

Fonte: Revista Info

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Plástico de Açúcar se Decompõe no Jardim

E se pudéssemos usar embalagens plásticas como adubo de jardim?

SÃO PAULO – Todos os anos são produzidas mais de 150 milhões de toneladas de plástico no mundo - e 99% desse volume é feito a partir de resíduos fósseis.

Esse material consome cerca de 71% dos recursos de petróleo e gás explorados no planeta e, além de caro, traz problemas ao meio ambiente por não ser biodegradável.

Pensando nisso, pesquisadores do Imperial College London criaram um novo plástico biorenovável com base de açúcar. Esse tipo de material é diferente dos biopolímeros - produtos encontrados naturalmente, como a celulose.

Com este plástico biorenovável, embalagens de alimentos e outros itens descartáveis de plástico poderiam ser decompostos em casa, junto ao lixo orgânico, sem gerar nenhum resíduo nocivo ao meio ambiente.

A base do material é um açúcar resultante da quebra de biomassa de plantas não agrícolas, como gramíneas e árvores de rápido crescimento, e resíduos de lavoura que antes iriam parar no lixo – e aí está mais uma grande inovação da pesquisa, já que os polímeros similares existentes atualmente são feitos de plantas usadas na alimentação, como cana de açúcar e beterraba.

O novo material também leva vantagem em outros quesitos. Os polímeros biorenováveis existentes são formados em processos que consomem muita energia e água; além disso, precisam ser degradados a altíssimas temperaturas em fornos industriais.

Já o açúcar rico em oxigênio do novo polímero permite que ele absorva água e degrade sozinho, liberando produtos inofensivos (o que significa que pode ser usado em casa para adubar o jardim, por exemplo).

A equipe de pesquisa liderada pelo Dr Charlotte Williams levou mais de três anos para encontrar este plástico mais verde. Além da aplicação em embalagens, eles já realizaram testes para fins terapêuticos em parceria com a BioCeramic Therapeutics.

Como o polímero se mostrou atóxico às células do corpo, uma das possibilidades é usá-lo na regeneração de tecidos.

Fonte: Revista Info

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cores Revelam Ansiedade e Depressão

Tons de cinza foram os mais usados por pessoas ansiosas e depressivas para descrever seu humor

SÃO PAULO – Olhe para a roda de cores acima e diga: qual tom melhor combina com o seu humor hoje? Qual deles é o seu favorito?

A partir das respostas, pesquisadores da Universidade de Manchester acreditam ser possível dizer se você tem distúrbios como depressão ou ansiedade.

Tudo porque, em um novo estudo, eles descobriram certo padrão nas escolhas das pessoas.

Na pesquisa, 105 pessoas saudáveis, 108 ansiosas e 110 depressivas observaram a roda de cores e responderam qual tom melhor descrevia seu humor, qual tom era o seu favorito e para qual deles se sentiam mais atraídos.

Em seguida, um outro grupo de controle com 204 pessoas fez a avaliação.

O amarelo 14 foi a cor a qual as pessoas, no geral, se sentiram mais atraídas; já o azul foi eleito mais vezes como a “favorita”. No entanto, azul 28 foi a favorita entre pessoas saudáveis, enquanto azul 27 prevaleceu entre pessoas ansiosas e depressivas.

Para o humor os grupos divergiram: 20% das pessoas saudáveis que conseguiram associar seu humor a uma cor escolheram o amarelo 14.

Já cerca de 30% das pessoas com ansiedade escolheu tons cinzas para descrever seu humor, assim como mais da metade dos depressivos. Os saudáveis descreveram seu humor como “cinza” em apenas 10% dos casos.

A partir desses resultados, os cientistas esperam desenvolver métodos de avaliação mais precisos para casos de depressão e ansiedade - e também aprofundar o estudo para outras condições.

Fonte: Revista Info

Vodka com Energético ? Cuidado com a Mistura.

SÃO PAULO – Pesquisadores da Universidade da Flórida alertam: misturar bebidas a drinks com cafeína pode ser mais perigoso do que ficar no álcool puro.

Em uma pesquisa feita com 802 pessoas freqüentadoras de bares universitários, eles descobriram que a combinação aumenta a embriaguez e também as chances do indivíduo alcoolizado querer dirigir na volta para casa.

Aquelas pessoas que consumiam álcool e bebidas energéticas tinham três vezes mais chance de deixar o bar altamente intoxicadas. Também havia quatro vezes mais chance de querer pegar o carro no fim da noite comparado a pessoas que não consumiram os dois tipos de bebidas.

O assunto parece mesmo preocupar os americanos. Além deste estudo, publicado na Addictive Behaviours, uma pesquisa anterior feita pela Wake Forrest University mostrou que o consumo de energéticos associados ao álcool levava a mais episódios de embriaguez e a mais problemas: 6,7% dos 24% de jovens que admitiram a mistura relataram terem sofrido algum tipo de abuso sexual – contra 3,7% do grupo que ingeriu apenas álcool.

A mistura também parece favorecer comportamentos de risco: 38,9% das pessoas que bebiam álcool e energético entravam em um carro com motorista embriagado, contra 22,5% do grupo dos que não unem os drinks.

Enquanto 1,2% das pessoas que não misturam precisou de atendimento médico após a bebedeira, esse número mais que dobra no grupo da vodka com energético: 2,6%.

Fonte: Revista Info

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pílula Inteligente Vai Monitorar sua Saúde

Usar aparelhos inteligentes que monitoram pacientes em tempo real, as empresas farmacêuticas acreditam que seja possível melhorar os resultados clínicos e estabelecer o verdadeiro custo/benefício de um tratamento.
LONDRES - Os fabricantes de medicamentos estão começando a se aproximar das empresas de tecnologia da informação, em esforço de provar a governos e seguradoras o valor de seus produtos.
Ao usar aparelhos inteligentes que monitoram pacientes em tempo real, as empresas farmacêuticas acreditam que seja possível melhorar os resultados clínicos e estabelecer o verdadeiro custo/benefício de um tratamento.
O resultado, de acordo com relatório da Ernst & Young divulgado hoje, deve ser uma série de novas parcerias entre companhias farmacêuticas e empresas em áreas não tradicionais, tais como computação, telecomunicações e até varejo.
Alguns desses desenvolvimentos já estão acontecendo. A Novartis, por exemplo, assinou no mês passado um acordo de 24 milhões de dólares com a Proteus Biomedical, dos Estados Unidos, para criar "pílulas inteligentes" capazes de transmitir dados de dentro do corpo a fim de monitorar os sinais vitais dos pacientes e verificar se eles tomaram os remédios de que precisam.
A Bayer está conectando seu medidor de glicose infantil a consoles de videogame da Nintendo, a fim de promover os testes consistentes da presença de açúcar no sangue.
E a divisão Lifescan, da Johnson & Johnson, criou um aplicativo para o iPhone que permite que os usuários carreguem em seus celulares resultados de leitura de monitores de glicose conectados.
"Veremos múltiplos tipos de colaboração, no futuro", disse Patrick Flochel, diretor da área de biológicas na Ernst & Young para a Europa, Oriente Médio, Índia e África, em entrevista.
"O movimento será propelido pelo foco em resultados, algo que as empresas farmacêuticas precisam promover cada vez mais", acrescentou.
As grandes empresas farmacêuticas tradicionalmente dependem de alguns produtos de grande sucesso para a maior parte de seu faturamento. Mas esse velho modelo de negócios está se desfazendo, e as empresas passaram a se diversificar a novas áreas como os serviços de saúde, além de cortar custos e formar alianças mais flexíveis com pequenas empresas de biotecnologia.
Esse modelo revisado de operações é conhecido por alguns como "Pharma 2.0".
Fonte: Reuters/Revista Info


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mudança Climática Afetará Primeiro a Água

Mulher carrega balde de água em Porto Príncipe: os próprios esforços para combater o aquecimento global vão necessitar mais água, devido às exigências econômicas rivais - como para irrigação, biocombustíveis ou energia hidrelétrica.
OSLO - O principal impacto das mudanças climáticas será sentido no suprimento de água e o mundo precisa aprender com cooperações passadas, como nos rios Indo ou Mekong, para evitar conflitos futuros, disseram especialistas.
Desertificação, enchentes, derretimento de geleiras, ondas de calor, ciclones e doenças transmitidas pela água, como o cólera, estão entre os impactos do aquecimento global inevitavelmente ligados à água. E a disputa pela água também pode provocar conflitos.
"As principais manifestações ligadas à alta das temperaturas dizem respeito à água", disse Zafar Adeel, presidente da ONU-Água, que coordena os trabalhos relacionados à água entre 26 agências das Nações Unidas.
"A água exerce um impacto em todas as partes de nossa vida como sociedade, sobre os sistemas naturais e os habitats", disse ele em entrevista telefônica. As perturbações podem ameaçar a agricultura e o suprimento de água potável, desde a África até o Oriente Médio.
"E isso gera potencial para conflitos," explicou. A escassez de água, como por exemplo em Darfur, no Sudão, vem sendo um fator que contribui para guerras.
Mas Adeel disse que em vários casos a água já serviu para promover cooperações. A Índia e o Paquistão colaboram para gerir o rio Indo, apesar de seus conflitos de fronteira, e Vietnã, Tailândia, Laos e Camboja cooperam na Comissão do rio Mekong.
"A água é um ótimo meio para cooperações. Costuma ser uma questão desvinculada da política e com a qual é possível trabalhar", disse Adeel, que também é diretor do Instituto de Água, Meio Ambiente e Saúde, sediado no Canadá e pertencente à Universidade das Nações Unidas.
As regiões que deverão ficar mais secas em função das mudanças climáticas incluem a Ásia central e o norte da África. Até o ano 2020, até 250 milhões de pessoas na África podem sofrer mais que hoje pela escassez de água, segundo o painel de especialistas climáticos da ONU.
"Há muito mais exemplos de cooperação internacional bem sucedidos que de conflitos em torno de água", ponderou Nikhil Chandavarkar, do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU e secretário da ONU-Água.
"Estamos tentando aproveitar os exemplos bons de cooperação, como o Mekong e o Indo. Mesmo quando havia hostilidades entre os países em volta, os acordos funcionaram", acrescentou.
Adeel disse que a água merece um lugar mais central nos debates sobre segurança alimentar, paz, mudanças climáticas e recuperação da crise financeira: "A água é fundamental em cada uma dessas discussões, mas não costuma ser percebida como tal."
E os próprios esforços para combater o aquecimento global vão necessitar mais água, devido às exigências econômicas rivais - como para irrigação, biocombustíveis ou energia hidrelétrica.
Adeel chamou a atenção para os esforços para gerenciar o suprimento de água, contabilizando quanta água é embutida nos produtos, desde a carne bovina até o café.
Um estudo, disse ele, mostrou que são necessários 15 mil litros de água para produzir uma calça jeans. Conscientizar as indústrias sobre o consumo de água pode ajudar a promover a conservação.
Ele disse que o mundo pode alcançar uma "meta do milênio" de reduzir pela metade até 2015 a parcela de pessoas que não têm acesso a água potável, mas que está fracassando em uma meta relacionada de melhorar o saneamento. Cerca de 2,8 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico.
Fonte: Reuters/Revista Info



domingo, 7 de fevereiro de 2010

Vidro Líquido

SÃO PAULO – Imagine uma cobertura invisível capaz de tornar sua casa, suas roupas e até mesmo alguns alimentos livres de sujeira, bactéria e insetos.

Pois na Alemanha o Vidro Líquido já está à venda. Essa cobertura flexível tem aproximadamente 100 nanometros de espessura (500 vezes mais fina que um fio de cabelo humano) e é indetectível aos olhos e ao tato.

Vendido pela empresa Nanopool a partir de nove euros, a novidade em breve chegará ao Reino Unido.

Vidro Líquido, ou SiO2, é composto por moléculas de areia misturadas à moléculas de água ou etanol. Não são adicionadas nanoparticulas, resinas ou aditivos: a “liga” é dada por forças quânticas dos componentes.

A barreira invisível pode ser aplicada quase em qualquer superfície, repele água, sujeira e bactéria e, além de ser resistente ao calor, ácidos e radiação UV, permanece “respirável” – ou seja, o ar continua passando através dela.

Segundo a Nanopool, casas, carros, fornos, vestidos de casamento ou qualquer outra superfície se torna resistente a manchas e pode ser facilmente limpa com água uma vez que o produto é aplicado. Uma aplicação de 30 segundos em uma pia, por exemplo, duraria por um ano ou mais, dependendo da intensidade de uso.

Se todas as promessas do Vidro Líquido forem verdade, ele um produto extremamente ecológico: testes na Alemanha mostraram que superfícies com uma camada de SiO2 podem ser limpas apenas com água quente e ainda assim se manterem com menores níveis de contaminação que superfícies lavadas com alvejantes.

Além disso, o spray manteve os locais livres de insetos por muitos meses – já imaginou dispensar o uso dos inseticidas?

A Nanopool está testando ainda a aplicação em plantações; os resultados iniciais mostraram que, ao ser aplicado em uvas, por exemplo, o produto diminui drasticamente a necessidade de agrotóxicos.

Fonte: Revista Info

Espuma de Aço

Espuma feita de metal em experimento científico

SÃO PAULO – Assim como a palha de aço, a espuma feita do metal também tem mil e uma utilidades.

Quem garante é engenheira mecânica e aeroespacial Afsaneh Rabiei, pós doutoranda de Harvard e professora na Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

De carros a implantes no corpo, passando por dispositivos capazes de impedir a destruição causada por terremotos, a espuma de aço pode ser usada em inúmeras situações.

"Poderia escrever páginas e páginas sobre isso, mas acredito que a maneira mais fácil de dizer para que serve é explicar que ela é 100% feita de aço, tem a densidade mais baixa que a do alumínio e sua capacidade de absorção de energia é cerca de 80 vezes maior que a do aço maciço”, diz Afsaneh.

O conceito de espuma metálica não é novo para a pesquisadora, que em 1997 começou a trabalhar com o produto na Universidade de Harvard. Sua primeira espuma era feita de alumínio, mas a pesquisadora, que se formou no Irã, desejava um material ainda mais resistente.

Hoje, o segredo da espuma de aço está nas microesferas: as bolhas de ar mais uniformes a tornam mais resistente do que qualquer versão anterior, pois dão espaço para melhor absorção de energia durante impactos. “É o mesmo conceito do plástico bolha usado para envolver objetos delicados”, explica a pesquisadora. “Com o plástico, você envolve materiais delicados, e impede que o impacto chegue neles”.

Por isso, uma das aplicações mais promissoras seriam os carros: a espuma irá absorver a maior parte do impacto e se deformar, e assim a energia transferida ao carro e, consequentemente ao passageiro, é menor. Em um veículo equipado com a espuma de aço, se você sofrer um acidente a 45 km/h, a sensação será de apenas 8 km/h.

A fabricação é relativamente simples: são usadas esferas ocas pré fabricadas para tornar os poros mais uniformes; o espaço entre as esferas é preenchido com pó de ferro e aquecido a altíssimas temperaturas. No caso de espumas de alumínio ou mistas, os cientistas derramam metal fundido no lugar do pó.

“Podemos usá-la também nas paredes para absorver a energia e impedir que elas chacoalhem e caiam em terremotos”, explica Afsaneh. Um outro projeto é aplicá-la a próteses e implantes, uma vez que o material poroso é bem mais similar aos ossos do que aço maciço. No entanto, teste com animais ou humanos ainda estão um pouco distantes.

No momento, a pesquisadora está licenciando o produto com uma das muitas empresas que se mostraram interessadas e, em breve, ele pode ser encontrado a um preço acessível.

Fonte: Revista Info

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Tempestades Solares Afetarão Mundo em 2012

SÃO PAULO – Tempestades magnéticas no sol podem danificar sistemas de comunicação e causar blecautes no mundo em 2012.

O aviso foi feito enquanto astrônomos se preparam para o lançamento do Solar Dynamics Observatory (SDO), projeto da NASA que irá monitorar de forma muito mais precisa o Sol.

“Uma nuvem solar pode literalmente engolir a Terra”, explica o professor Richard Harrison, diretor da divisão de Física Espacial do Rutherford Appleton Laboratory, umas das organizações envolvidas na missão da NASA.

A interação do campo magnético da nuvem com o do nosso planeta pode levar a fenômenos como a formação de auroras boreais, mas também causar impactos nos sistemas de navegação, distribuição de energia e controle de satélites. “Podemos ter blecautes e panes nos sistemas de comunicação”, diz Harrison.

Mas calma: não se trata de alguma análise catastrófica ou de previsões do Armageddon envolvendo o ano de 2012. Este é um fenômeno natural do Sol, que pode nos afetar a qualquer momento, mas torna-se mais provável quando atinge o pico de seu ciclo de 11 anos.

“O Sol é uma grande bola de gás, cujos campos magnéticos se embaralham. Não podemos ver na luz visível, mas em ultra violeta percebemos que sua atmosfera não é lisa: parece um espaguete”, ensina o professor.

Dessa grande massa saem nuvens carregadas de magnetismo em direção ao espaço, algumas de até um bilhão de toneladas. Elas se propagam e podem chegar à Terra, ou não. “É tudo uma questão de sorte, ou azar – e os efeitos podem ser poucos ou muitos”, explica Harrison.

Em 1859, por exemplo, um evento significativo causou problemas no sistema de telégrafos do mundo todo. “Na época, poucas pessoas conseguiram associar a pane ao Sol. Hoje em dia, temos que ter em mente que somos muito mais dependentes de sistemas que podem ser afetados do que antes”, explica Rutherford. Em 2012, o professor ressalta que a transmissão de eventos como as Olimpíadas de Londres poderá ser prejudicada.

Embora possam oferecer riscos à saúde de astronautas no espaço, as partículas dessas nuvens solares não causam problemas algum à saúde humana. Na verdade, elas não podem ser vistas ou sentidas de nenhuma forma pelas pessoas (nem mesmo calor) – e, se não fosse pela interferência que causam em sistemas de comunicação e energia, poderiam passar despercebidas.

“Essa interferência pode durar horas, dias... Não se sabe, pois tudo depende da intensidade das nuvens solares. Parece loucura, pois ela não esquenta e não é visível. É como se estivéssemos falando que um monte de nada pode nos afetar. E por isso é tão importante estudar o fenômeno e poder explicá-lo à população”, diz Richard Harrison.

Daí a importância do lançamento de equipamentos capazes de analisar o Sol com mais precisão – como os da missão SDO, da NASA. O objetivo é entender a física por trás do fenômeno, poder observar melhor e até prever onde as coisas estão se complicando.

Os equipamentos a bordo (inclusive os cedidos pelo laboratório britânico Rutherford Appleton, onde o professor Harrison trabalha) permitirão enxergar dentro deste “espaguete” com uma resolução dez vezes melhor do que a de uma TV HD. “Serão 1,5 terabytes de informações diárias sobre o Sol enviadas à Terra, o mesmo que baixar meio milhão de músicas na internet”, compara Harrison.

Outra finalidade da missão é poder prevenir prejuízos ou o pânico, no caso de um blecaute em larga escala. “Não há nada que se possa fazer para impedir as interferências das nuvens solares, mas gosto de comparar com a previsão do tempo: podemos tomar uma medida para nos proteger, como pegar um guarda chuva, mas não podemos mandar o homem to tempo fazer parar de chover”, brinca o professor.

Fonte: NASA/Revista Info