sexta-feira, 27 de abril de 2012

Embraer Inicia Estudo de Biocombustível Para Aviação

Setor de aviação contribui com 2% das emissões totais de gases; meta é de reduzir pela metade as emissões em 2050
São Paulo - Representantes da Fapesp, Boeing e Embraer iniciaram nesta quarta-feira (25/04) um estudo sobre os principais desafios científicos, tecnológicos, sociais e econômicos para o desenvolvimento e adoção de biocombustível pelo setor de aviação comercial e executiva no Brasil.
Com duração prevista entre nove a doze meses, o estudo será orientado por uma série de oito workhops que serão realizados ao longo de 2012 para coleta de dados com pesquisadores, integrantes da cadeia de produção de biocombustíveis, além de representantes do setor de aviação e do governo. O primeiro workshop foi aberto nesta quarta-feira, na sede da Fapesp, e termina nesta quinta-feira (26/04), no Espaço Ágape, em São Paulo.
Após a conclusão do estudo, a Fapesp, Boeing e Embraer realizarão um projeto de pesquisa conjunto sobre os temas prioritários apontados no levantamento, e lançarão uma chamada de propostas para o estabelecimento de um centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação comercial envolvendo as três instituições, baseado no modelo dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da Fapesp, voltados para desenvolver pesquisas na fronteira do conhecimento.
O projeto de pesquisa faz parte de um acordo entre as instituições, assinado em outubro de 2011, e integra o Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), que reúne mais de 300 cientistas brasileiros, sendo a maioria atuantes em universidades e instituições de pesquisa no Estado de São Paulo, além de 60 pesquisadores de diversos outros países.
O programa possui cinco linhas de pesquisa: "Biomassa para bioenergia" (com foco em cana-de-açúcar), "Processo de fabricação de biocombustíveis", "Biorrefinarias e alcoolquímica", "Aplicações do etanol para motores automotivos: motores de combustão interna e células a combustível" e "Pesquisa sobre sustentabilidade e impactos socioeconômicos, ambientais e de uso da terra".

“Essa oportunidade que nos foi trazida pela Boeing e a Embraer se inseriu muito bem nas linhas de pesquisa do Programa BIOEN e na agenda da Fapesp, de desenvolver pesquisa cooperativa, estimulando e criando condições para as universidades e instituições de pesquisa trabalharem em colaboração com empresas, que trazem desafios científicos importantes e complexos para o conjunto de pesquisadores que temos no estado de São Paulo”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, na abertura do primeiro workshop.
O setor de aviação, que contribui com 2% das emissões totais de gases de efeito estufa no planeta, está enfrentando o desafio de reduzir pela metade a emissão de CO2 em 2050, em comparação com 2005, e se tornar neutro carbono até 2020, conforme estabeleceu a Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata, na sigla em inglês).
Para atingir essas metas de controle de emissões, em meio a um cenário de forte expansão do transporte aéreo em todo o mundo, uma das alternativas que estão sendo avaliadas pelo setor é a utilização de biocombustíveis que possam ser misturados ao querosene na proporção de até 50% sem a necessidade de realizar modificações nas turbinas da atual frota de aeronaves e no sistema de distribuição do combustível aeronáutico. Entretanto, ainda não se chegou ao desenvolvimento de um biocombustível que seja produzido em escala comercial e a um custo competitivo.
“Nós ainda não temos uma perspectiva de em quanto tempo teremos biocombustíveis produzidos em escala comercial e que possam ser utilizados na aviação de forma global, e não prevemos que no futuro próximo haverá a substituição completa do combustível fóssil utilizado na aviação por biocombustíveis”, disse Mauro Kern, vice-presidente executivo de engenharia e tecnologia da Embraer.

“O esforço que está sendo feito no Brasil, capitaneado pela Fapesp, que está organizando as empresas, instituições de pesquisa e entidades governamentais e não governamentais, tem o potencial de trazer uma contribuição muito significativa para os projetos que estão sendo realizados no mundo todo para se chegar ao desenvolvimento de um biocombustível para aviação”, avaliou Kern.
De acordo com especialista no setor presentes no evento, apesar de já existirem biocombustíveis produzidos no exterior a partir de diferentes biomassas, que inclusive já obtiveram certificação para serem utilizados na aviação e vêm sendo usados em voos de teste e até mesmo comerciais, eles ainda não são produzidos em grande escala e chegam a ser até 100% mais caros do que o querosene de aviação.
Utilizando a experiência brasileira na produção do etanol, que não é um combustível ideal para a aviação, as instituições envolvidas no projeto pretendem dar um salto tecnológico que possibilite o desenvolvimento de um biocombustível viável comercialmente, obtido a partir do estudo de diferentes matérias-primas, que não só a cana-de-açúcar, e de diversas rotas tecnológicas.
“A grande vantagem de estar realizando esse tipo de pesquisa no Brasil é que o país tem experiência na utilização da cana-de-açúcar, usando uma fonte renovável de combustível. Podemos aprender e utilizar essa experiência para aplicar na área de aviação”, afirmou Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil.
Fonte: Agência FAPESP / Info Online

Fifa Testará Tecnologia na Linha do Gol Neste Ano

São Paulo - A Fifa confirmou nesta sexta-feira que duas empresas foram aprovadas na segunda etapa de testes para a utilização de tecnologia na linha de gol.
De acordo com a entidade, cada um destes equipamentos agora será testado em duas partidas para que a International Board (órgão que controla as regras do futebol) possa anunciar sua decisão.
O sistema denominado GoalRef será utilizado em duas partidas do Campeonato Dinamarquês, ou então em um jogo válido por algum torneio do país e um futuro amistoso entre seleções. Já o Hawk-Eye passará por teste na final de um torneio amador na Inglaterra, no dia 16 de maio, e em outro confronto que ainda será definido.
Antes de serem aprovadas ou reprovadas, estas tecnologias ainda serão analisadas: em laboratório, para definir sua funcionalidade em diferentes condições ambientais e técnicas; em campo, no qual serão disparados chutes repetitivamente; e em treinamentos, para avaliar como o sistema se comporta com diversos jogadores em volta dele.
Somente depois de todos estes testes, a International Board dará seu parecer sobre a possibilidade de uso destas tecnologias. Isto deverá acontecer durante uma assembleia da entidade, que está marcada para o próximo dia 2 de julho.




Fonte: Agência Estado / Info Online

Turbina Eólica Transforma Ar em Água

São Paulo - A empresa Eole Water, com sede na França, criou uma nova tecnologia. Ela consegue fornecer água limpa apenas com a força do vento.
Um protótipo da tecnologia foi instalado no deserto de Abu Dhabi desde outubro de 2011. Além disso, a Eole Water fechou parcerias com 12 indústrias.
O objetivo é usar a turbina eólica para movimentar um sistema capaz de captar as moléculas de água presentes no ar. Assim, o método pode ser eficiente na produção de água potável, principalmente em áreas remotas ou de desastres.
O equipamento funciona a partir do ar absorvido por uma entrada de ar no topo da turbina. Em seguida, ele é aquecido para gerar vapor, o qual passa por um compressor de refrigeração capaz de criar uma umidade, condensada e coletada. Feito isso, a água absorvida é encaminhada aos tanques de aço inoxidável de armazenamento, onde a água é filtrada e purificada.
Desde o início dos testes, em 2011, tem sido possível produzir de 500 a 800 litros diários de água, em condições extremas. Porém, a Eole Water espera que este potencial chegue a mil litros por dia. Para isso, é necessário contar com ventos de, no mínimo, 24 km/h.
Fonte: Info Online

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Designer Cria Cinto que Guia Cegos por GPS

São Paulo – O designer industrial britânico Michael Kirke desenvolveu um acessório que promete facilitar a vida dos deficientes visuais: um cinto vibratório que guia o usuário utilizando coordenadas do sistema GPS.

O cinto, que ainda está em fase de desenvolvimento, é colocado na cintura da pessoa e se conecta a um celular via Bluetooth.
Com a ajuda do sistema de comando de voz, o usuário indica qual é o seu destino para o GPS. As instruções de caminho são repassadas ao cinto, na forma de vibrações do lado esquerdo ou direito, conforme a rota indicada.
“O produto não erradica o cão guia ou a bengala, mas aumenta a capacidade de navegação e a independência e autonomia dos cegos”, diz o autor do projeto.
O produto ainda está em fase de desenvolvimento, mas fotos dos protótipos podem ser vistas no perfil do designer no Coroflot.
Fonte: Info Online

sábado, 21 de abril de 2012

Pesquisadores Desenvolvem Novos Materiais Poliméricos

São Paulo - A substituição das sacolas plásticas tradicionais por sacolas de polímeros biodegradáveis colocou novamente em discussão a necessidade de diminuir os impactos do descarte desse tipo de material no meio ambiente.
Porém, essa troca ainda esbarra no alto custo dos poucos tipos de polímeros que são degradados em poucos anos pela ação de microrganismos e agentes naturais (biodegradáveis) – enquanto a decomposição dos polímeros convencionais leva séculos.
Uma nova categoria de materiais poliméricos, que são desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pode, entre outras façanhas, ajudar a baratear os polímeros biodegradáveis disponíveis atualmente no mercado, além de dar origem a diversas soluções nas áreas da medicina e ambiente.
Possibilidades de desenvolvimento desses novos materiais, denominados sistemas poliméricos nanoestruturados, foram apresentadas na First São Carlos School of Advanced Studies in Materials Science and Engineering (SanCAS-MSE) – Primeira Escola São Carlos de Estudos Avançados em Engenharia e Ciências dos Materiais, realizada entre os dias 25 e 31 de março.
Realizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade de apoio da FAPESP, o evento foi organizado pelo Departamento de Engenharia e Ciências dos Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob a coordenação dos professores Edgar Zanotto, Elias Hage Junior e Walter Botta Filho.
Por meio de um Projeto Temático, realizado com apoio da FAPESP, os pesquisadores da UFSCar começaram a desenvolver e a caracterizar nos últimos anos diversos materiais nanoestruturados.
Compostos por partículas de materiais cerâmicos e poliméricos, com dimensões em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), dispersas em uma matriz polimérica, esses novos materiais apresentam melhores propriedades mecânicas, ópticas e de transporte do que os polímeros convencionais.
“A combinação de nanopartículas com a matriz polimérica confere melhores propriedades mecânicas, ópticas e de transporte ao plástico final. No caso, por exemplo, de produtos como sacolas plásticas, também possibilita diminuir a quantidade de polímero biodegradável e o custo do material final, melhorando suas propriedades mecânicas e de transporte e mantendo a capacidade de mais rápida degradação em comparação com os polímeros tradicionais”, disse Rosario Elida Suman Bretas, professora da UFSCar e coordenadora do projeto, à Agência FAPESP.
Esses novos sistemas poliméricos nanoestruturados têm diversas aplicações na área de embalagens, uma vez que diversos polímeros comerciais possuem limitações para serem utilizados para esse fim, como não apresentarem a transparência necessária.
Ao misturá-los com outros polímeros em escala nanométrica que apresentam um comportamento mais adequado para serem utilizados como embalagem, originando o que se chama de nanoblenda, é possível melhorar as propriedades e manter o sistema polimérico transparente.
“As propriedades mecânicas dos dois polímeros são modificadas quando eles são misturados. Às vezes um reforça ou melhora a estabilidade química do outro”, disse Hage, um dos pesquisadores principais do projeto.
Outras possíveis aplicações desses novos materiais são na medicina, para o desenvolvimento de nanofibras poliméricas que servem de suporte de crescimento e diferenciação de células-tronco.
Formadas por polímeros com diâmetro nanométrico, nos quais são incorporadas nanopartículas de compostos biocompatíveis com o corpo humano, como a hidroxiopatita (mineral que representa 70% da composição dos ossos), as nanofibras compõem um emaranhado que é muito parecido com a matriz extracelular, que sustenta as células humanas. Ao colocar células sobre esse emaranhado de nanofibras, elas se sentem “em casa” e se ancoram no material, conforme observaram os pesquisadores do DEMa em trabalhos realizados em conjunto com cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Strasbourg, na França.
“O plástico tem proporcionado saídas espetaculares em certas áreas como a medicina devido ao fato de a maior parte dos polímeros ser biocompatível com o corpo humano”, disse Bretas.
Na área ambiental, uma das possibilidades de aplicação dos sistemas poliméricos nanoestruturados está em sensores para medir pH (acidez). Os pesquisadores acabaram de desenvolver um tecido com essa finalidade, composto pela incorporação de polianilina (um polímero que muda de cor de acordo com a condutividade) na forma nanométrica disperso em outro polímero, a poliamida 6 (náilon).
“Estamos desenvolvendo esses produtos em escala de laboratório e ainda deverá levar um tempo para serem produzidos em escala industrial, principalmente porque são caros e é preciso incorporar um gasto de energia muito maior do que necessário para produzir os polímeros convencionais”, disse Bretas.
Um dos desafios tecnológicos com que os pesquisadores se defrontam para realizar essas misturas de polímeros é compatibilizar as características deles. Apesar de terem a mesma origem (são todos orgânicos), eles apresentam propriedades e características diferentes.
Outro grande desafio é dispersar e distribuir as partículas em escala nanométrica dentro da massa geralmente fundida da matriz de polímero que, em função de suas forças viscoelásticas, faz com que as nanopartículas se agreguem, formando aglomerados – enquanto o ideal é que as nanopartículas permaneçam longe uma das outras para, dessa forma, reforçarem as propriedades do plástico final. “É como se tentasse pegar mel quente e distribuir dentro dele partículas que são invisíveis a olho nu”, comparou Bretas.
Para produzir esses novos materiais, os pesquisadores utilizam os mesmo equipamentos empregados para produção dos plásticos convencionais, como extrusoras. Entretanto, de acordo com Bretas, talvez será preciso, no futuro, utilizar outros processos.
Aulas práticas
Durante a Primeira Escola São Carlos de Estudos Avançados em Engenharia e Ciências dos Materiais, os pesquisadores da UFSCar deram aulas práticas aos estudantes de pós-graduação brasileiros e estrangeiros participantes sobre como desenvolvem e caracterizam nanocompósitos poliméricos, utilizando os equipamentos de que dispõem no DEMa.
As atividades complementaram as aulas teóricas proferidas por cientistas estrangeiros especialistas em processamento e propriedades de compósitos poliméricos, como József Karger-Kocsis, professor de engenharia de polímeros da Budapest University of Technology and Economics, na Hungria, Ica Manas-Zloczower, professora da University Cleveland, em Ohio, e Ramani Narayan, professor da Michigan State University, as duas últimas nos Estados Unidos.
Referência na área de polímeros à base de outras matérias-primas que não o petróleo, como da cana-de-açúcar, Narayan demonstrou em sua palestra a importância em termos energéticos desse tipo de plástico, denominado biobase, que apesar de ser proveniente de fonte renovável demanda o mesmo tempo para ser degradado do que os polímeros utilizados, por exemplo, nas sacolas plásticas convencionais.
Fonte: Agência FAPESP / Info Online



domingo, 15 de abril de 2012

Cientistas Identificam o Umami Como um Quinto Sabor

Brasília - Ao imaginar um prato ou uma bebida que dá água na boca, as pessoas podem ir além do salgado, doce, amargo e azedo. É a descoberta de um quinto sabor básico: o umami. A palavra, de origem japonesa, significa delicioso e saboroso. Na prática, o umami é reconhecido por ser duradouro, ficando na boca por mais tempo do que os demais sabores. Inconscientemente ou não, as pessoas tendem a não exagerar quando ingerem algo cujo sabor predominante é o umami.
O sabor está presente em vários alimentos e temperos que ocupam a mesa do brasileiro, como o queijo parmesão, os peixes, os frutos do mar, o tomate, os cogumelos, o molho shoyu e algumas carnes.
Há oito anos, cientistas brasileiros da área de Toxicologia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, pesquisam em ratos os efeitos biológicos (aspectos bioquímicos) de uma das substâncias responsáveis por esse quinto sabor - o glutamato monossódico.
O professor Felix G. Reyes, da Unicamp, que coordena o grupo de pesquisas, lembrou que a descoberta do umami foi gerada pela percepção do glutamato como realizador de sabor nos alimentos. Segundo o professor, em seguida foi verificado que o inosinato e guanilato também contribuem com o umami.
Reyes destacou ainda que o gosto doce está associado à glucose e à sacarose, o salgado ao cloreto de sódio (sal de cozinha), no amargo há um conjunto de elementos que são na sua maioria orgânicos e no azedo a sensação gustativa depende da concentração do íon hidrogênio.
Ao comer ou beber algo são acionados de 7.500 a 12.000 botões gustativos, que ficam na boca. O que parece simples e automático é identificado pela língua, que percebe os gostos doce, azedo, salgado, amargo e umami, e transmite as informações para o cérebro por meio dos nervos gustativos.
“A descoberta do umami é do começo do século 20, no Japão, quando o pesquisador Kikunae Ikeda, da Universidade Imperial de Tóquio, fez pesquisas e chegou à conclusão que existe um quinto sabor, daí o nome umami ser de origem japonesa”, disse Reyes que, atualmente, desenvolve pesquisas para avaliar o uso seguro do glutamato como aditivo alimentar para observar possíveis efeitos que esse composto possa provocar no organismo humano.
O pesquisador acrescentou ainda que o uso do glutamato como aditivo alimentar é autolimitante, pois os resultados mostram que o exagero na ingestão de um alimento ou tempero nos quais predominam o umami causam uma sensação desagradável.
Reyes disse também que efeitos adversos à saúde têm sido associados ao glutamato quando o organismo é exposto por uma via que não seja a oral. Assim, de acordo com ele, é necessário avançar nas pesquisas para verificar os impactos das substâncias que integram o umami, quando ingeridas junto com os alimentos.
“Em conclusão, as evidências científicas indicam que essas moléculas [que formam o umami] são seguras quando usadas como aditivos alimentares. Mas é preciso desenvolver mais pesquisas. Queremos verificar se há impactos bioquímicos, hematológicos ou outros efeitos adversos ao organismo”, disse Reyes.
Fonte: Agência Brasil / Info Online

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pilha Japonesa Carrega Com a Água

São Paulo - A fabricante japonesa Aqua Power System criou a NoPoPo Battery, uma pilha que funciona sem poluir e agredir o meio ambiente.
A NoPoPo Battery (No Pollution Power) funciona quando o usuário coloca um líquido a base de água na parte interna da bateria com ajuda de uma espécie de seringa. Isso é possível porque dentro da pilha existe uma mistura de carbono e magnésio, que em contato com a água reage e gera energia.
Esse líquido pode ser água, suco, cerveja, whisky e refrigerante. A empresa também garante o funcionamento da pilha caso o usuário coloque saliva ou urina na pilha. Para carrega-la, basta sugar o líquido com a seringa, empurrar o lacre e despejar o conteúdo na bateria.
Outro diferencial da NoPoPo é que ela não se deteriora rapidamente, como as convencionais. Ela consegue reter sua carga por até 20 anos. Porém, a pilha só pode ser recarregada no máximo seis vezes.
A pilha também é reciclável e não contém substâncias nocivas e metais pesados, como mercúrio, chumbo ou cádmio. Portanto, após recarregar o máximo de vezes possível, o usuário pode fazer o descarte da pilha de forma sustentável.
As pilhas NoPoPo tem 1/3 do peso da uma bateria convencional. Elas estão à venda no site Japan Trend Shop e custam 58 dólares.
Fonte: Info Online

Asas das Borboletas Podem Coletar Energia Solar

Nova York - As asas das borboletas não são apenas bonitas: elas também são coletoras de energia solar sofisticadas, que contribuem para manter as borboletas aquecidas. Além disso, os pesquisadores afirmam que a estrutura em forma de escamas pode fornecer pistas valiosas para o desenvolvimento de tecnologias solares superiores.
"A capacidade de manipular e coletar a luz é importante para a performance de dispositivos de energia solar", afirmou Tongxiang Fan, cientista de materiais da Universidade de Shanghai Jiao Tong, na China, que está liderando a iniciativa. Ele e seus colegas relataram as descobertas na semana retrasada, no encontro anual da Sociedade Americana de Química, em San Diego.
Os cientistas usaram um microscópio eletrônico para estudar a estrutura das asas de duas espécies de borboletas pretas. Eles escolheram as asas pretas porque elas absorvem o máximo de energia solar.
Eles descobriram que as asas são compostas de escamas compridas e retangulares, que estão sobrepostas de maneira semelhante a telhas em um telhado. As escamas das duas espécies também possuíam sulcos pronunciados, com pequenos orifícios dos dois lados conduzindo até a camada seguinte.
Essa estrutura direciona a luz para a próxima camada, o que contribui para a captura de uma grande quantidade de calor. Os pesquisadores também criaram um modelo para usar a energia solar da mesma forma que as asas das borboletas.
"O protótipo é muito, muito eficiente", afirmou Fan. Ele e sua equipe estão trabalhando agora na criação de um produto para comercialização que usa as asas como fonte de inspiração. "Este é apenas o primeiro passo", afirmou Fan.
Fonte: The New York Times/Info Online

domingo, 8 de abril de 2012

Honda Cria Veículo de Uma Roda Só

São Paulo - O Segway já demonstrou a eficácia dos controles robóticos para manter o equilíbrio sobre duas rodas. Agora, a Honda deu um passo adiante criando um veículo com apenas uma roda, o U3-X. Para equilibrar-se e receber comandos do usuário, o monociclo usa tecnologia criada para o robô Asimo.
Para pilotar o U3-X, basta inclinar o corpo ligeiramente à frente ou em direção a um dos lados. O monociclo responde andando naquela direção. Sua única roda é, na verdade, formada por um grande número de rodinhas em torno de um aro. Quando as rodinhas giram, o monociclo anda de lado.
Quando gira o aro, ele se desloca para a frente ou para trás. A combinação dos dois movimentos permite andar em diagonal. Uma bateria de lítio fornece energia para os motores elétricos. Segundo a Honda, a carga é suficiente para uma hora de uso.
O U3-X pesa apenas 10 quilos e tanto o banquinho como os apoios para os pés são dobráveis para facilitar o transporte. A Honda diz que poderá ser usado em aeroportos, shopping centers e prédios corporativos. Um protótipo do U3-X é uma das atrações de uma exposição sobre transporte urbano aberta nesta semana na Cité de L´Architecture et du Patrimoine, o museu de arquitetura de Paris. Mas a Honda não divulgou quando pretende fabricá-lo.
Fonte: Info Online