segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Microprocessador Orgânico e Flexível é Apresentado

Pesquisadores do Centro de Tecnologia IMEC, da Bélgica, apresentaram nesta quinta-feira (24/2) na International Solid-State Circuits Conference, em São Francisco, um novo microprocessador flexível feito com semicondutores orgânicos. O chip de 8-bit e com 4 mil transístores tem uma capacidade equivalente a microprocessadores da década de 70, mas possui a grande vantagem de ser completamente maleável.

A fabricação do chip começa com uma camada plástica que é coberta por uma camada de ouro de 25 nanômetros de espessura. Em seguida, é aplicado um dielétrico orgânico para a resistência elétrica, outra camada de ouro e, por fim, os semicondutores orgânicos. O resultado é um material flexível com 0,0025 cm de espessura.

Segundo os criadores, o microprocessador pode ser usado para envolver outros materiais como canos de água para detectar a temperatura ou embrulhar um alimento e informar quando sua data de validade expirou.
Fonte: Olhar Digital

Pesquisadores Criam Plástico que Conduz Eletricidade

Um grupo de pesquisadores australianos, das Universidade de New South Wales e de Queensland, desenvolveram um novo tipo de plástico, capaz de conduzir eletricidade. A descoberta foi publicada nesta semana (23/2), pelo jornal científico ChemPhysChem.

O polímero criado pelos pesquisadores possui características metálicas e de materiais supercondutores, e supera a eficiência dos itens tradicionalmente usados pela indústria, como a Platina. Segundo o professor responsável pelo projeto, Paul Meredith, o plástico pode até transportar uma corrente elétrica com zero de resistência, se resfriado a uma temperatura suficientemente baixa.

Para produzir o material, os cientistas colocaram um fino pedaço de metal sobre uma camada plástica e bombardearam a mistura com raios de íons, promovendo a "fusão" dos materiais.

Segundo os pesquisadores, o novo plástico condutor pode representar o link entre a atual e a próxima geração de eletrônicos. Isso porque, as características maleáveis, resistentes e de baixo custo do produto podem facilitar a produção de novos equipamentos.
Fonte: Olhar Digital

Cientistas Usam Impressão 3D para Construir Tecidos Humanos

Utilizar uma impressora 3D para construir tecidos humanos, como pele, osso e cartilagem. Esta é a proposta de um conceito batizado de ‘bioprinting’ (impressão biológica) e que foi um dos principais temas de discussão de um encontro de cientistas, realizado nesta semana, em Washington (Estados Unidos).

Durante o evento foi apresentada uma orelha desenvolvida pelo método de ‘bioprinting’, usando silicone gel em vez de células humanas.

Os pesquisadores destacaram que ainda devemos esperar, pelo menos, mais 20 anos até que esse tipo de tecnologia seja aplicada em implantes humanos.

A ‘bioprinting’ começou a ser desenvolvida há duas décadas, mas só recentemente os pesquisadores começaram a usá-la para criar estruturas biológicas. A ideia é, no futuro, utilizar as próprias células das pessoas para reconstruir órgãos, eliminando a necessidade de doadores.

Até o momento, a companhia Organovo conseguiu desenvolver, graças à tecnologia de ‘bioprinting’ vasos sanguíneos.
Fonte: Olhar Digital

Criado Menor Computador do Mundo

Por meio de um relatório emitido nesta quarta-feira (23/2), os pesquisadores da Universidade de Michigan anunciaram a criação do menor computador do mundo. O equipamento será utilizado em implantes oculares, com o intuito de monitorar a pressão interna do olho e os sintomas do glaucoma - doença que causa cegueira.

O aparelho, com apenas 1 milímetro cúbico, é considerado o primeiro sistema computacional completo de escala milimétrica, contendo sensor de pressão, bateria e processador integrados. O pequeno equipamento ainda conta com recursos de rádio e antena.

Outra inovação é que o computador utiliza uma bateria recarregável com energia solar. Para fazer uma carga completa, o equipamento precisa ficar exposto 10 horas por dia em luz ambiente ou 1h30 ao Sol. O sistema consome, em média, 5,3 nanowolts a cada 15 minutos.

Os pesquisadores afirmam que, no futuro, esses computadores poderão executar tarefas de vigilância, monitorar níveis de poluição e, até mesmo, rastrear objetos.
Fonte: Olhar Digital

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Robôs Fazem Ciência

Sistemas automatizados podem ser peça-chave para a criação de fármacos mais eficazes a custo reduzido

SÃO PAULO - Criar máquinas capazes de realizar novas descobertas é algo que está saindo do campo da ficção científica. Um dos maiores exemplos na atualidade está no Reino Unido, onde a equipe do professor Ross King, do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Gales, trabalha há mais de uma década no desenvolvimento de Adam e Eve (Adão e Eva).

O objetivo da dupla automatizada é diminuir o tempo dos ensaios em laboratório para o desenvolvimento de novos fármacos. Além disso, Eve, o modelo de segunda geração, permite encontrar drogas cujos compostos químicos são mais efetivos no tratamento de uma doença e de forma mais rápida e econômica.

Tal façanha é possível graças à capacidade que o robô tem de selecionar compostos, dentre os milhares armazenados em sua biblioteca, que surtirão mais efeito durante os ensaios no combate a determinada doença. E Eve consegue testar mais de um ao mesmo tempo. “Depois, o pesquisador humano analisa os resultados obtidos”, disse King à Agência FAPESP.

“Mas mesmo com todos esses recursos é importante destacar que Eve ainda não possui inteligência artificial”, completou o professor, que participou nesta quinta-feira (24/2) do Workshop on Synthetic Biology and Robotics, em São Paulo. O evento, organizado pela FAPESP e pelo Consulado Britânico em São Paulo, integra a Parceria Brasil–Reino Unido em Ciência e Inovação.

“Hoje, o robô testa os compostos químicos disponíveis na biblioteca, mas não identifica padrões. A partir da próxima semana trabalharemos para que entenda o trabalho que executa”, revelou.

Nessa fase final de desenvolvimento, a meta é tornar Eve capaz o suficiente para identificar novos padrões – combinações de moléculas – que possam vir a ajudar no desenvolvimento de drogas mais eficazes para, em seguida, testá-las.

Teste em larga escala

Embora incompleto, o robô cientista já mostrou do que é capaz. Ao realizar experimentos em larga escala, Eve reduziu de forma expressiva o escopo de fármacos que a engenheira agrônoma Elizabeth Bilsland, da Universidade de Cambridge, precisaria testar em sua pesquisa com os parasitas Schistosoma, Plasmodium vivax e P. falciparum, eTrypanosoma cruzi e T. brucei, além da Leishmania.

“Cada parasita se desenvolve em diferentes condições. E, para criar novos fármacos, é preciso testar novos métodos. Eve testou mais de 15 mil compostos químicos de sua biblioteca para encontrar aqueles capazes de inibir as enzimas dos parasitas, sem danificar os genes humanos”, disse Elizabeth.

De acordo com a pesquisadora, com base nos ensaios para as doenças causadas pelos parasitas listados, o robô teceu uma rede de hipóteses até chegar a um fármaco com potencial para tratar de todas ao mesmo tempo, exceto a leishmaniose. “É o que podemos chamar de droga miraculosa”, ressaltou.

Mas ainda falta muito para a droga chegar ao mercado, uma vez que a hipótese criada pelo robô precisa ser validada. Essa fase do trabalho contará com a colaboração de cientistas da Unicamp e da Unesp.

Por conta do período que uma nova droga leva para ser lançada, Elizabeth destacou as pesquisas que vem realizando com remédios já disponíveis e aprovados pela Food and Drug Administration do governo dos Estados Unidos.

“Algumas delas são aprovadas e indicadas para determinadas doenças, mas também têm potencial para o tratamento de outras. Testamos essas drogas no sistema que criamos e encontramos cerca de cinco que atacam também as enzimas de Trypanosoma e outras que atingem as enzimas do Plasmodium vivax”, explicou.

A finalidade desse estudo é reaproveitar medicamentos já existentes e aprovados para uso humano que sejam eficientes também em outras doenças.

“Durante uma visita a um hospital em Campinas, observei um caso em que um medicamento prescrito para problemas do coração foi utilizado para o tratamento da doença de Chagas, com bons resultados”, disse Elizabeth.

Fonte: Info Online

Carros Elétricos Fecham Volta ao Mundo

A Zero Race, competição de 27 mil quilômetros sem emissões de CO2, teve a sua chegada em Genebra, na Suíça

SÃO PAULO - Após 188 dias de competição, carros eléctricos da Austrália, Alemanha e Suíça finalizaram em Genebra a chamada “Zero Race”, competição de 27 mil quilômetros sem emissões de CO2.

A competição, cujas rotas foram por terra e mar, teve o apoio das Nações Unidas.

Um triciclo australiano chamado Trev, uma scooter alemã e a motocicleta suíça Monotracer chegaram ontem às instalações da ONU na cidade suíça.

Com autonomia elétrica para 250 quilômetros, os carros tiveram que fazer paradas freqüentes durante o percurso para recarregar as baterias.

Os veículos fizeram uma parada em Cancun, no México, na cúpula da ONU sobre o clima, que ocorreu em dezembro do ano passado, após passarem por toda a europa, Rússia, China, Canadá e Estados Unidos, antes de voltar por Marrocos e Espanha.

Fonte: Info Online

O Mago dos Efeitos Especiais

Filmagem de A Origem: combinação de efeitos mecânicos e digitais

SÃO PAULO - O britânico Paul Franklin é mestre em transformar o imaginário em realidade. Supervisor de efeitos visuais de filmes das séries Batman e Harry Potter, além do recente A Origem, um dos filmes mais rentáveis de 2010, ele é cofundador da produtora Double Negative, de Londres.

Franklin, hoje com 44 anos, estudou escultura na universidade e apaixonou-se pelo teatro e pela computação gráfica. Juntando essas três áreas, especializou-se em criar mundos digitais, primeiro para a indústria de jogos e depois para os estúdios de cinema. Nesta entrevista à INFO, ele fala sobre a tecnologia por trás das grandes produções cinematográficas.

O que há de mais avançado em efeitos visuais hoje?

São os seres humanos criados digitalmente por meio do que chamamos de fotorrealística. É uma técnica que abre muitas possibilidades. Você pode ter várias versões do mesmo ator. Estrelas de cinema do passado podem ser ressuscitadas. Os atores podem dirigir suas versões digitais rejuvenescidas ou bem mais velhas - como no filme O Curioso Caso de Benjamin Button. Além disso, podemos inserir atores em situações que seriam impossíveis de filmar. O desafio é criar algo que tenha a complexidade e a sutileza de uma pessoa real. Isso requer um modelo digital extremamente detalhado dos atores. Eles precisam criar a ilusão de um ser humano em pleno funcionamento. No momento, isso é muito, muito difícil de fazer. Gasta-se muito tempo e dinheiro para chegar a um resultado ainda modesto.

Como foram criados os efeitos usados em A Origem?

Eu tive duas horas para ler o roteiro num esquema superfechado de segurança em Los Angeles. O diretor Christopher Nolan me telefonou logo após perguntando: “O que você achou? Onde os efeitos visuais podem entrar?” Depois disso, levei três meses para pensar onde os efeitos se encaixariam. Nessa etapa, o diálogo com o diretor é essencial para poder criar, sugerir ou mesmo limitar as ideias. A etapa seguinte é longa e inclui tanto a criação dos efeitos no computador como a construção das instalações físicas para as cenas especiais. Em A Origem, filmamos 560 cenas de efeitos visuais. Dessas, 500 foram aproveitadas no filme. Para Batman Begins, produzimos 620 cenas. No total, 230 pessoas trabalharam nos efeitos visuais de A Origem.

Como você criou a sequência em que uma rua de Paris é dobrada sobre si mesma em A Origem?

Ariadne, interpretada por Ellen Page, demonstra sua habilidade para controlar o mundo dos sonhos, dobrando as ruas sobre si mesmas. O script dizia: “A rua dobra-se ao meio, transformando a cidade num cubo, aderindo aos planos gravitacionais”. Não havia nenhuma indicação no script de como faríamos aquilo. Chris queria essa cena o mais real possível. Nossa equipe passou uma semana documentando o local onde filmaríamos em Paris. Um grande trabalho de digitalização dos edifícios do local foi feito por uma empresa de Seattle (Estados Unidos), utilizando um scanner de precisão. Eles nos entregaram dados detalhados. A partir dessas informações, nossa produtora construiu uma série de blocos de apartamentos parisienses virtuais. As ruas que se dobram, incluindo carros e pessoas, são geradas pelos computadores. Esse é o desafio criativo do filme: tornar real o roteiro imaginado por Chris.

Quais equipamentos e aplicativos foram usados?

A espinha dorsal da nossa linha de efeitos visuais é o aplicativo Maya, da Autodesk. É o nosso principal pacote de modelagem e animação em 3D. Para composição em 2D, usamos o Shake, da Apple, e o Nuke, da Foundry. Eles se parecem com o After Effects, da Autodesk. E o RenderMan, da Pixar, é o software que realmente desenha imagens em computação gráfica. Temos computadores com Windows, MacOS e Linux. Boa parte do que fazemos se baseia no Linux, que, além de ser barato e confiável, é ideal para grandes configurações de rede. Utilizamos o Mac para tarefas pesadas em estações de trabalho. Mas cada artista tem um PC equipado com Linux.

Como foi sua relação com Christopher Nolan nesse trabalho?

É fantástico trabalhar com o Chris. Ele é exigente e sempre desafia a equipe a ter muitas ideias. Ele nos envolve na discussão criativa e faz cada um se sentir responsável pelas decisões tomadas no filme. Como tínhamos uma ótima relação desde os filmes do Batman, ele teve muita confiança em mim para criação e experimentação em A Origem. Chris é muito envolvido com a construção dos efeitos visuais. Ele quer ver diariamente o resultado do trabalho feito.

Quais são os efeitos mais difíceis de realizar?

O mais difícil é recriar elementos que existem na realidade, como árvores, cidades e pessoas. Esses objetos têm detalhes complexos e são de fácil identificação pelo público. Dois exemplos são as ruas de Paris em A Origem e as de Londres em Harry Potter. Já a criação de um personagem imaginário, um monstro ou algo fictício é bem mais fácil. Nesse caso, o público não tem parâmetros para compará-los com a realidade. Assim, o nível de perfeição exigido é menor.

O que acontece com as cidades virtuais que você cria depois que o filme é concluído?

Há um arquivo digital onde elas ficam armazenadas. Mas o copyright pertence à empresa que realiza o filme. Esse material pode ser reutilizado em algum outro trabalho dessa empresa. Por exemplo, por motivos financeiros, algumas das ruas de Gotham City, em Batman Begins, foram recicladas da rodovia onde se deu a famosa perseguição de Matrix Reloaded.

Quanto do que vemos no cinema existe apenas virtualmente?

Em alguns casos, os elementos virtuais predominam. Um ótimo exemplo é o recente Zona Verde (com Matt Damon, sobre a invasão do Iraque). Quando você vê Bagdá na tela, tudo ali foi gerado por computador - as ruas, as palmeiras, a explosão dos palácios de Saddam Hussein e cada um dos tanques e helicópteros, com exceção de um. O filme foi filmado no Marrocos e na Espanha. Recriamos Bagdá com base em fotos.

Como foi seu trabalho na série Harry Potter?

Começamos a trabalhar a partir do filme Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (o terceiro da série). Nessa franquia, um comitê planeja a criação dos efeitos visuais com o diretor. Eles já têm ideia do que querem. Nós tivemos de criar muitos detalhes, especialmente em Harry Potter e a Ordem da Fênix. Porém, o objetivo aqui é diferente. A questão está menos em criar e mais em estilizar, mas sempre com a necessidade de parecer real. Passamos boa parte do tempo pensando em como elevar aquela magia do filme anterior a um nível mais alto no próximo longa. J.K. Rowling, a autora, está sempre envolvida no processo.

Quais são os filmes que mais o impressionaram pelos efeitos visuais?

O Parque dos Dinossauros realmente me surpreendeu. A cena em que o Tiranossauro Rex aparece pela primeira vez, durante uma tempestade, à noite, é uma fabulosa combinação de computação gráfica, efeitos especiais mecânicos e ótima direção. Spielberg é brilhante. Além desse, o primeiro filme Matrix foi um divisor de águas nessa área. E O Exterminador do Futuro 2 foi certamente marcante. Esses caras planejam os efeitos pensando como um filme vai ficar na tela daqui a 20 anos.

Fonte: Info Online

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Celular Pode Alterar Atividade Celebral

Segundo estudo, a baixa radiação eletromagnética dos celulares afeta a atividade cerebral

CHICAGO - Passar 50 minutos com o celular colado ao ouvido pode ser suficiente para alterar a atividade das células na porção do cérebro que fica mais próxima da antena do aparelho.

Não se sabe, no entanto, se a prática causa danos, segundo cientistas norte-americanos do National Institutes of Health, cujo estudo não esclarece dúvidas recorrentes quanto a um possível vínculo entre celulares e câncer de cérebro.

"O que demonstramos é que o metabolismo da glicose (um sinal de atividade cerebral) se intensifica no cérebro de pessoas expostas a celulares, na área mais próxima à antena," disse Nora Volkow, do NIH, que teve o estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association.

O estudo tinha por objetivo examinar de que maneira o cérebro reage ao campo eletromagnético gerado por sinais de telefonia sem fio.

Volkow disse ter sido surpreendida pelo fato da baixa radiação eletromagnética dos celulares afetar a atividade cerebral, mas disse que as constatações do estudo não oferecem indicações de que celulares causam ou não câncer.

"O estudo nada indica quanto a isso. O que faz é demonstrar que o cérebro humano é sensível à radiação eletromagnética gerada pela exposição a celulares," disse.

O uso de celulares explodiu desde a metade dos anos 80, e hoje existem mais de 5 bilhões de aparelhos no mundo.

Alguns estudos vinculam exposição a celulares e maior risco de câncer de cérebro, mas um grande estudo conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) teve resultados inconclusivos.

A equipe de Volkow avaliou 47 pessoas que passaram por tomografia cerebral com um celular ligado perto do ouvido por 50 minutos, e por uma segunda tomografia com o aparelho desligado.

Embora não tenham sido registradas mudanças gerais no metabolismo cerebral, na região mais próxima à antena do celular houve aumento de 7 por cento na atividade metabólica, quando os aparelhos estavam ligados.

Especialistas afirmaram que os resultados são intrigantes mas devem ser interpretados com cautela.

"Ainda que a importância biológica, se há alguma, do metabolismo de glicose acelerado por exposição aguda a celulares seja desconhecida, o resultado justifica novas pesquisas," escreveram Henry Lai, da University of Washington, em Seattle, e Lennart Hardell, do Hospital Universitário de Orebro, na Suécia, em comentário que acompanhou o estudo.

"Há muito a fazer para investigar e compreender melhor esses efeitos," afirmaram eles.
Fonte: Reuters/Info Online

Cientistas Controlam Carro Usando Poder da Mente

Um grupo de cientistas da universidade alemã Freie Universität Berlin, desenvolveu um método que permite dirigir um carro usando apenas o poder da mente.

Os pesquisadores criaram um capacete que reconhece comandos básicos como guiar, acelerar e freiar, a partir das ondas cerebrais.

O BrainDriver reconhece as ondas cerebrais e identifica padrões de cada piloto e entende quais movimentos o usuário quer fazer, como virar o carro.

Os comandos são recebidos por um sistema de controle eletrônico que reproduz em tempo real as ações do motorista.

O BrainDriver ainda é um protótipo, mas é possível ver o vídeo com o sistema em ação.

Fonte: Info Online

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brasil já é Quarto em Vendas de PCs no Mundo

SÃO PAULO – O Brasil já é o quarto país que mais vende computadores no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, líder, seguido por China e Japão, de acordo com o IDC.

De acordo com o estudo Brazil Quarterly PC Tracker, realizado pela consultoria, o ano de 2010 foi aquecido pra o mercado brasileiro de PCs, que comercializou um total de 13,7 milhões de computadores no ano. Desses, 55% foram desktops e 45% notebooks.

O resultado é 23,5% maior do que aquele registrado em 2009. E, se somado aos 100 mil tablets vendidos no país em 2010, o número sobe para 13,8 milhões de equipamentos comercializados, diz o IDC.

Somente no último trimestre de 2010, foram vendidos 3,6 milhões de equipamentos (52,5% de desktops e 47,5% notebooks).

No início do ano passado, o IDC previa que o mercado chegaria à marca de 13,2 milhões de computadores, porém, devido à competição acirrada entre os fabricantes de PCs, o número foi 3,6% melhor.

Ao longo de todo o ano de 201, 65% dos computadores vendidos tiveram como destino usuários domésticos e 35% para o mercado corporativo, incluindo os setores de educação e governo.

Segundo a pesquisa do IDC, o total de vendas de notebooks para usuários domésticos foi 30% maior do que a de desktops, comprovando uma tendência já apontada em estudos anteriores.

Luciano Crippa, gerente de pesquisas da IDC, avalia como certa a influência dos tablets no mercado de PCs. Segundo ele, o mercado de PCs será impactado pela venda de tablets.

Fonte: Info Online

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Robôs Guardiões

Veículo Guardium, da isralense G-Nius: radar, infravermelho, RFID e armas de fogo

NEW YORK - Autômatos estão sendo utilizados para patrulhar propriedades particulares e fronteiras - e alguns deles estão armados.

Está quase amanhecendo e, após 10 horas de patrulha sob vento e chuva, o sentinela ainda está alerta. Cada fechadura, porta e portão na isolada propriedade militar foram checados. Armado, pronto e totalmente desprovido de medo, o sentinela tem sentidos tão desenvolvidos que é capaz de localizar um intruso a centenas de metros, mesmo durante a noite.

Ter capacidade de fazer isso seria difícil mesmo para um soldado altamente treinado. Mas essa sentinela é um robô, e sua espécie está assumindo tarefas de segurança em todo o mundo.

Ao contrário dos robôs antibombas, que são operados por controle remoto, os robôs sentinelas são, em grande parte, autônomos: eles patrulham sem supervisão até encontrar algo que demande atenção dos humanos. O exército dos Estados Unidos desenvolve robôs sentinelas desde a década de 80. O maior desafio o foi fazê-los reconhecer e evitar obstáculos reais e, ao mesmo tempo, ignorar sombras ou nuvens de poeira que podem parecer reais aos seus sensores robóticos.

Agora, a tecnologia atingiu sua maturidade e vários robôs deixaram os laboratórios e passaram a procurar invasores reais. Neste mês, a área de segurança nacional de Nevada, que faz parte da Administração Nacional de Segurança Nuclear dos Estados Unidos (NNSA, na sigla em inglês), anunciou que colocou em operação três robôs autônomos construídos pela General Dynamics Robotics Systems para proteger resíduos radioativos e outros materiais nucleares.

Chamado Sistema de Resposta por Detecção Móvel (MDARS, na sigla em inglês), cada robô é do tamanho de um carro pequeno e pode criar sua própria rota de patrulha com variações aleatórias. Pode rodar nas estradas ou fora delas. Operadores humanos só precisam intervir quando os MDARS alertam para um problema potencial. Com isso, um único operador pode ser responsável por vários robôs.

Uma pilha de torres sobre os MDARS guarda detectores de obstáculos via lasers e radar, imagens termais para detectar intrusos e câmeras de vídeo. Se descobrir algum humano, o operador pode falar com ele por meio do alto-falante do robô e interrogá-lo pelo link de áudio bidirecional. Os MDARS também podem ser equipados com uma luz estroboscópica de alta intensidade para ofuscar e desorientar os intrusos, deixando-os imobilizados até que os humanos cheguem. Um leitor de etiqueta de identificação por radio-frequência (RFID), semelhante aos usados em armazéns e supermercados, permite que o robô cheque se os itens armazenados em pilhas de carga estão onde deveriam estar. Ele também lê o status das fechaduras com RFID.

Uma arma não letal baseada em uma pistola de paintball para utilização nos MDARS foi desenvolvida pela Marinha dos Estados Unidos. Ela pode ser carregada com tinta inapagável ou bolas de pimenta que criam uma nuvem de poeira que irrita os sentidos após o impacto. Em sua forma atual, a arma será disparada pelo operador humano, mas já está em desenvolvimento uma maneira de permitir que os MDARS rastreiem e ataquem alvos de maneira independente.

A empresa israelense G-Nius Unmanned Ground Systems também está desenvolvendo um veículo off-road com elevado grau de autonomia chamado Guardium. Tem sensores visuais, infravermelhos e de radar, áudio bidirecional para interrogar invasores e pode ter um sistema RFID. O veículo tem também sensores capazes de detectar fogo inimigo e pode ser equipado com metralhadoras ou armas não letais.

Quando precisa enfrentar o que a G-Nius chama de "eventos não previstos", o Guardium responde de acordo com regras predeterminadas. Isso pode simplesmente significar mandar um alerta ao operador, mas o Guardium também pode ser programado para retornar fogo se receber tiros. Em 2009, Erez Peled, o CEO da G-Nius, disse ao site especializado Defence News que o robô já está patrulhando as fronteiras de Israel desde março daquele ano.

Na Coreia do Sul, o Samsung Techwin SGR-1, descrito pelo fabricante como “um robô inteligente de vigilância e proteção”, está sendo testado pelo exército do país com a meta de instalá-lo na fronteira com a Coreia do Norte. O SGR-1 tem sensores visual e infravermelho capazes de distinguir invasores de objetos inanimados. Se um intruso não falar a contrassenha quando questionado, o robô pode abrir fogo, com armas letais ou não letais. O SGR-1 é estático, mas há rumores de que a Samsung estaria trabalhando em uma versão móvel.

Os robôs patrulheiros construídos até agora só conseguem trabalhar em ambientes conhecidos e fáceis de navegar, mas no futuro é possível imaginá-los percorrendo as ruas da cidade. O projeto Street View do Google reuniu dados de telemetria laser de várias cidades que podem ser usados para a construção de mapas 3D que um robô pode usar. Recentemente, o Google anunciou que testou com sucesso um carro sem motorista.

Agora que robôs automatizados de patrulha ganharam a confiança dos militares e estão sendo usados como sentinelas, é possível que haja pressão para estender seu uso a outras áreas, até porque eles podem ser mais baratos do que outros sistemas de vigilância. De acordo com Bradley Peterson, da NNSA, os robôs MDARS representam uma maneira mais barata de proteger a área de segurança nacional em Nevada do que instalar uma rede de câmeras em circuito fechado de TV.

Mas outra história é saber se será aceitável permitir o uso de robôs armados patrulhando as ruas. "A operação autônoma e a identificação de alvos estão apenas a um curto passo de distância do assassinato automatizado. E não há possibilidade de uma máquina fazer uma escolha dessas," diz Noel Sharkey, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.

Fonte: New Scientist/Info Online

Empresa Cria Carro Feito de Maconha

Ecologicamente correto, Kestrel terá carenagem feita de cânhamo e motor elétrico

SÃO PAULO – A montadora canadense Motive deve começar a comercializar até 2012 o Kestrel, um hatchback de três portas com carenagem feita a partir de composto de cânhamo.

Segundo Nathan Armstrong, presidente da Motive, o material é tão forte quanto à fibra de vidro utilizada em barcos, porém, muito mais leve. Com isso, o peso do veículo deve ficar por volta de 850 kg, o que reduziria sua necessidade de energia para locomoção. Armstrong espera aumentar a eficácia do combustível utilizado entre 25% a 30%. O carro será movido à eletricidade.

Para fabricar o material, a indústria mistura os talos do cânhamo trançado a uma resina polimera. O resultado é um composto similar à fibra de carbono, utilizada em carros de corrida, como os da Fórmula 1. O preço do Kestrel deve ficar em torno de 25 mil dólares.

Fonte: Info Online

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Usar Celular no Posto de Combustivel é Perigoso ?

Muitos estados e municípios proíbem o uso do celular em postos de gasolina.

Em São Paulo, uma lei obriga o motorista a manter o aparelho desligado e estabelece multa para quem não o fizer. Essas leis seguem recomendações antigas de empresas de combustível e de fabricantes de celulares. Mas, segundo um estudo da Comissão Federal de Comunicações (FCC) americana, não há evidência de que um celular em funcionamento normal possa provocar explosão.

Histórias que circularam na internet - em geral referindo-se a uma explosão na Indonésia e outra na Austrália - revelaram-se falsas. E as tentativas de iniciar um incêndio com um celular no laboratório falharam.

Fonte: Info Online

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ingleses Constroem Carro Mais Rápido do Mundo

Expectativa é que Bloodhound SSC atinja 1,6 mil km/h em 45 segundos

SÃO PAULO - Um time de engenheiros britânicos anunciou nesta semana o início dos trabalhos para a construção daquele que pode se tornar o carro mais veloz do mundo. A expectativa é que o Bloodhound SSC atinja 1,6 mil km/h.

De acordo com o anúncio, o chassi do carro, feito de treliça de aço, terá que suportar 21 toneladas de empuxo combinado - algo como 133 mil cavalos.

A propulsão será feita por dois foguetes instalados na parte traseira do carro, o Eurojet EJ200, usado no caça Typhoon, e o Falcon. Juntos, eles são capazes de realizar uma pressão de 13 toneladas por metro quadrados ou de suspender uma carga de 30 toneladas.

Com isso, a expectativa é que o carro atinja os 1,6 mil km/h em apenas 45 segundos.

De acordo com os engenheiros, o projeto não é apenas um desafio de propulsão, mas também de aerodinâmica, uma vez que o carro pode se partir durante o lançamento.

O teste de velocidade deve acontecer em um lago seco, na África do Sul, no ano que vem. O piloto da aeronáutica Andy Green deve conduzir o bólido. O atual recorde de velocidade é de 1 228 km/h.
Fonte: Info Online

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Cientistas Estudam Plástico Feito com Bactérias

Pesquisa visa reduzir uso do plástico derivado do petróleo, que leva quase 400 anos para se degradar no meio ambiente, pelo bioplástico, degradado em seis meses

SÃO PAULO – No estado Amazonas há dois anos, Aldo Procópio, pesquisador do Instituto de Ciências Médicas da USP, estuda a produção de plástico biodegradável a partir de microorganismos dos rios amazônicos.

Procópio estuda as bactérias que acumulam polímeros, moléculas formadas quando duas ou mais moléculas, chamadas monômeros, se combinam umas às outras.

O objetivo da pesquisa é reduzir o uso do plástico derivado do petróleo e contribuir de forma significativa para a preservação do meio ambiente.

Enquanto o material derivado do petróleo leva quase 400 anos para se degradar no meio ambiente, o bioplástico é degradado em seis meses.

O pesquisador iniciou os estudos começaram com o isolamento das bactérias coletadas dos rios amazônicos, principalmente o Negro, Solimões e o Madeira. Segundo ele, no período da seca e baixa dos rios, ocorre uma escassez de nutrientes, o que favorece o desenvolvimento de microorganismos com potencial para estocar fonte de carbono em seu interior e nos fornecer o biopolímero.

O estudo também indica que outros produtos podem ser desenvolvidos a partir do biopolímero, como remédios, fio de sutura, pinos de sustentação de ossos utilizados em cirurgias ortopédicas, cápsulas que envolvem medicamentos e embalagens de descarte rápido.

A pesquisa faz parte do Programa de Desenvolvimento Regional (DCR) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O DCR tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e consiste em apoiar com bolsas, passagens e auxílio, doutores titulados em outros estados e no Amazonas interessados em desenvolver pesquisas em instituições localizadas no Amazonas, fixando-os na região.

Fonte: Info Online

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Contra Fraude, São Paulo Muda Nota Fiscal Paulista

SÃO PAULO - O governo de São Paulo anunciou novas regras para cadastro e resgate de benefícios do projeto nota-fiscal paulista.

O programa é uma iniciativa do Estado para combater a sonegação fiscal e incentivar os consumidores a sempre pedirem nota-fiscal após cada compra. Em troca, é possível obter até 30% do dinheiro que os consumidores gastam com ICMS ao fazer compras em bares, restaurantes e lojas de varejo na forma de créditos.

Estes recursos podem ser usados, por exemplo, para abater o pagamento de IPVA das pessoas que possuem automóvel. Desde novembro de 2010, no entanto, a Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo, registra uma série de indícios de fraudes no sistema.

De acordo com denúncias investigadas pela Secretaria, alguns fraudadores se cadastram no site Nota Fiscal Paulista e usam dados de terceiros para obter para si os créditos acumulados. Esse golpe é aplicado sobretudo em cidadãos que pedem nota-fiscal em seu CPF no comércio, mas ainda não cadastraram seu nome e conta bancária no site do governo.

Quando descobrem CPFs com créditos não resgatados no banco de dados da Secretaria da Fazenda, os golpistas simulam ser o verdadeiro dono dos créditos e pela internet transferem esses recursos para contas de terceiros.

Em geral, são usadas contas de entidades filantrópicas para receber os recursos desviados. O uso destas instituições deve-se ao fato do sistema de TI paulista não limitar o valor de transferências para entidades sem fins lucrativos. Transferências de créditos para pessoas físicas já são limitadas em R$ 25.

Agora, o governo informou que fará uma atualização no software que gerencia o programa Nota Fiscal Paulista e exigirá certificação digital de quem pretenda transferir créditos para instituições. Também será proibido transferir créditos para contas bancárias de pessoas físicas com CPF diferente de quem for, de fato, o dono dos créditos.

Assim, quem acumular R$ 100 em créditos no programa, por exemplo, só poderá enviar esses R$ 100 para sua própria conta bancária. Se quiser transferir parte dos créditos para terceiros, em especial instituições filantrópicas, deverá antes cadastrar uma certificação digital.

A migração para a nova plataforma e a adoção de restrições contra fraudes deve acontecer nas próximas semanas, disse a Secretaria Estadual da Fazenda.

O programa do Nota Fiscal Paulista foi criado em 2007 e possui hoje mais de 10 milhões de pessoas cadastradas.

Fonte: Info Online