quinta-feira, 28 de abril de 2011

Israel Desenvolve "Carro Voador" Autônomo Para Resgate e Combate

A companhia israelente Urban Aeronautics está desenvolvendo um carro voador que não precisa de um piloto para funcionar. Construído na cidade de Yavne, o veículo poderá ser usado em operações de combate e de resgate. O protótipo poderá voar perto do solo e sob terrenos acidentados.
Fonte: Tecnologia e Games

EcoCan: Lata Renovável e Biodegradável Está à Venda


Mais uma alternativa para salvar o planeta está à venda. A EcoCan é uma lata reutilizável e 100% biodegradável. Feita à base de PLA, ácido derivado do leite e fontes renováveis, ela torna possível ao consumidor aproveitar qualquer tipo de bebida.

As EcoCans estão disponíveis nas cores azul, vermelho, verde e preto, cada uma representando aspectos da natureza como água, fogo ou grama. As latas podem ser adquiridas pelo site Perpetual Kid por US$ 12,99.
Fonte: Olhar Digital

O Sapatos Descartáveis e Biodegradáveis


A OneMoment é essa sapatilha-alpargata que serve, como o nome diz, para o uso em UM momento. Quer dizer, não só em um, mas em apenas alguns

Fabricada pela Figtree Factory Studios, ela é 100% biodegradável e tem apenas 2 mm de espessura. Dá para usar um pouco e, quando a sola começar a gastar, você joga fora sem culpa pois, em 6 meses, 80% dela já foi degradada na natureza.

A ideia de um semi “plástico” é muito interessante. E as iniciativas não extorsivas (ela custa só 5 euros) e criativas (são 5 cores para escolher) são bem vindas.

Não seria mais legal ainda usar esse material para criar algo mais durável? Afinal, todo o discurso de sustentabilidade é baseado em usar coisas menos descartáveis (ecobags, canecas para beber água no escritório, etc etc), que precisem de menos substituições.

Se a gente fizer as contas, talvez descartar uma alpargata dessas por semana não seja mais ecológico do que usar seu velho tênis de borracha comum por três anos… né?

Fonte: Info Online

Papel Grafeno é 10 Vezes Mais Forte que o Aço

O papel grafeno: feito a partir de grafite

SÃO PAULO - Ele é mais forte do que o aço, fino como um papel e pode revolucionar a indústria de automóveis - conheça o papel grafeno, o material com propriedades de Super Homem.

Criado pelos cientistas da University Technology Sidney, na Austrália, ele é baseado no grafite e, entre outras propriedades, é dez vezes mais forte do que aço.

Os aparentes super poderes são originários do grafeno, o material mais fino e forte que se conhece, constituído de blocos de carbono com a espessura de apenas um átomo. Ele foi produzido pela primeira vez em 2004 e, no ano passado, ganhou o Prêmio Nobel de química. O carbono é o elemento que, conforme a combinação dos seus átomos, forma materiais tão distintos quanto o diamante e o grafite.

O papel grafeno (GP) criado pela equipe liderada pelo professor Guoxiu Wang é um material feito a partir do grafite moído, purificado e filtrado através de processos químicos até ter suas nano estruturas reconfiguradas e então processadas em forma de folhas finas.

Essas nanofolhas possuem propriedades térmicas, elétricas e mecânicas excepcionais, sendo muito resistentes e flexíveis. Por exemplo, se comparadas ao aço, elas são seis vezes mais leves, cinco a seis vezes menos densas, duas vezes mais duras, possuem 10 vezes mais resistência à tensão e 13 vezes maior rigidez à flexão.

Além disso, as GP são recicláveis e sua fabricação é bastante simples. Os pesquisadores acreditam que ela tem potencial de revolucionar as indústrias de automação, aviação, elétrica e ótica. Ao substituir o aço, por exemplo, o papel grafeno pode gerar carros mais leves e fortes, além de aviões que consomem menos combustível.

O estudo foi publicado na Journal of Applied Physics.

Fonte: Info Online

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Laser Mais Potente do Mundo Vai Gerar Energia Superior à de Toda Civilização

A Comissão Europeia aprovou a construção de três lasers gigantescos que, unidos, poderão produzir um novo laser com energia centenas de vezes maior que a gerada pela nossa civilização até hoje. O quarto laser será criado para atravessar o vácuo, para que se estude a teoria de que partículas aparecem e desaparecem a todo momento.

De acordo com a New Scientist, o laser possui uma infra-estrutura de luz que combina 200 petawatts em um único pulso. Só para se ter uma noção da potência, 200 petawatts são equivalentes a 200.000.000.000.000.000 watts, uma energia jamais produzida pelo mundo. Até então, o laser mais potente foi produzido em 2008, com a capacidade de 1 petawatt.

O projeto está sendo chamado de ELI (Europe's Extreme Light Infrastructure). Nele o quarto laser será ligado por 1.5 x 10^-14 segundos, já que, quanto menor o tempo, maior a potência. Assim, o laser poderá criar partículas, a partir do nada, rasgando o tecido do universo e o espaço-tempo.

O laser ELI está programado para ser ligado em 2017.
Fonte: Olhar Digital

Dispositivo a Laser Pode Substituir Velas em Motores de Carros

Lasers podem muito em breve substituir velas para a ignição de combustíveis no motor de automóveis, segundo pesquisadores da Romênia e Japão.

A equipe pretende apresentar seu trabalho no dia 1º de maio em uma conferência sobre lasers e eletro-ópticos em Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos.

O grupo diz ter criado um dispositivo semelhante às velas que, em vez de provocar ignição da mistura de combustível e ar nos motores com uma faísca elétrica, aciona jatos de laser. A tecnologia pode melhorar a eficiência do motor e reduzir a poluição, já que produz a combustão de uma quantidade maior da mistura, diz a equipe.

Os pesquisadores estão em negociações com um fabricante de velas. A ideia de substituir a vela - uma tecnologia que mudou pouco desde que foi inventada, 150 anos atrás - com lasers não é nova.

A vela inflama apenas a mistura de combustível que está perto da faísca, reduzindo a eficiência do combustível. E, com o passar do tempo, o metal de que ela é feita é lentamente corroído. Mas a ideia de motores que usam laser para iniciar a combustão só se tornou viável com o advento de lasers menores.

Pó de cerâmica
O novo sistema é capaz de focar dois ou três raios laser dentro dos cilindros do motor e em altitudes variáveis. Isso produz uma combustão mais completa e evita a questão da degradação com o passar do tempo.

Entretanto, a tecnologia requer o uso de lasers com energias de alto pulso. Como acontece com a vela, uma grande quantidade de energia é necessária para produzir a ignição do combustível.

"No passado, lasers que poderiam atender a esses requerimentos eram limitados a pesquisas básicas, porque eram grandes, ineficientes e instáveis", disse Takunori Taira, dos Institutos Nacionais de Ciências Naturais em Okazaki, no Japão. "Também não podiam ser localizados longe do motor, porque seus raios poderosos destruiriam quaisquer fibras óticas que levassem luz aos cilindros."

A equipe vem desenvolvendo uma nova abordagem para o problema: lasers feitos de pó de cerâmica que são comprimidos dentro de cilindros do tamanho de velas.

Esses dispositivos de cerâmica concentram energia a partir de lasers compactos, de menor potência, que são enviados por fibra ótica liberando essa energia em pulsos com duração de apenas 800 trilionésimos de segundo.

Diferentes dos cristais delicados tipicamente usados em lasers de grande potência, as cerâmicas são mais robustas e podem tolerar melhor o calor dentro do motor de combustão. A equipe pretende comercializar a tecnologia e está em discussões com o fabricante de componentes de automóveis Denso.

Fonte: Tecnologia e Games

Pesquisadores Desenvolvem Fibra que Cria Água Limpa a Partir do Ar

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts basearam-se no pequeno besouro da Namíbia para criar um novo material capaz de absorver e transformar a água do ar em líquido. O inseto africano é capaz de coletar o vapor d´água em suas costas e levar o líquido até a boca através de uma especie de "painel trançado" que possui em sua carapaça.

De maneira semelhante, o novo material desenvolvido pode ser utilizado em coletores já existentes para aumentar a eficiência com que a água é absorvida. Porém, diferente do inseto, o material é maleável e não sólido. "Nós tentamos replicar o que o besouro tem, mas descobrimos que esse tipo de superfície aberta e permeável é melhor", afirmou Shreerang Chatre, um dos responsáveis pelo projeto.

Em testes de campo, os coletores conseguiram transformar um litro de vapor em água potável por dia para cada metro quadrado do tecido utilizado. Agora, o grupo está focado em expandir a técnica para possibilitar a coleta de ainda mais água por área do material. Atualmente, cerca de um terço de toda a água não salina do planeta encontra-se na forma de vapor dissolvido no ar.
Fonte: Olhar Digital

Vírus Pode Aumentar a Produtividade Energética de Painéis Solares

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram que uma variedade específica de um vírus que infecta bactérias pode aumentar a produtividade energética de painéis solares. De acordo com o grupo, o vírus é a solução para um dos principais problemas da coleta de energia solar hoje em dia, que utiliza nanotubos de carbono.

Apesar de serem ótimos condutores de eletricidade, os nanotubos tendem a se "amontoar" quando colocados lado a lado, o que reduz sua eficiência. Mas os cientistas descobriram que uma versão geneticamente modificada do vírus M13 pode ser utilizada para reorganizar os nanotubos e mantê-los separados para que aumentem a produção energética.

Os pesquisadores conseguiram melhorar a produtividade de painéis em testes realizados com o virus de 8% para 10.6% - o que representou um aumento de quase um terço da produção. De acordo com Prashant Kamal, bioquímico envolvido no projeto, o resultado pode ser ainda melhor conforme o grupo avança nas pesquisas.

Como a inserção do vírus representa apenas um pequeno processo das células solares, o professor também acredita que a adaptação das fábricas existentes será simples e pode colaborar para a difusão rápida da células mais eficientes.
Fonte: Olhar Digital

sexta-feira, 22 de abril de 2011

USP Trabalha Para Criar Braço Biônico

SÃO PAULO – Para uma pessoa sem limitações físicas, levar alimentos ou um copo d’água à boca pode ser uma tarefa banal. Mas, para quem não possui os movimentos dos braços, essa ação aparentemente simples implica uma mudança radical de vida, que pode ser traduzida em mais independência, entre outros benefícios.

Para possibilitar que, no futuro, pessoas com deficiências motoras possam ter ou recuperar habilidades como essa, pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) iniciaram o projeto de pesquisa “Estudo do controle do membro superior fase 1 – desenvolvimento de um exoesqueleto robótico biomimético”. Financiado pela FAPESP, o projeto visa a estudar o controle motor do braço por meio de um dispositivo robótico que simula as funções do membro humano.

A partir da compreensão do controle motor de movimentos como ingerir alimentos, os cientistas pretendem desenvolver um exoesqueleto robótico – uma prótese com tecnologias robóticas – capaz de amplificar o movimento de pacientes que apresentam alguma contração muscular, mas que não conseguem fazer movimentos com o braço. Ou impor movimentos predefinidos a pessoas que não tenham nenhuma capacidade de contração muscular.

“O objetivo é desenvolver um exoesqueleto para aplicar movimentos similares ao de um braço humano em uma órtese”, disse o coordenador do projeto, Arturo Forner Cordero, do Laboratório de Biomecatrônica do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos da Poli, à Agência FAPESP. Órtese é um dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuromusculoesquelético.

Para testar o conceito, o grupo desenvolveu um protótipo de um exoesqueleto robótico de braço, capaz de aplicar força sobre o cotovelo. Nos próximos meses, pretendem produzir outro exoesqueleto que também seja capaz de aplicar movimentos sobre o ombro e pulso, para estudar o controle motor do braço.

Ao integrar o dispositivo a um sistema de eletromiografia (EMG) e outro de representação visual, os pesquisadores esperam obter informações sobre diferentes níveis de controle do sistema motor humano, como a modulação de reflexos e a integração de informações sensoriais. Esperam também, por meio de parcerias com centros de medicina e associações que lidam com a aplicação de órteses em deficientes físicos, desenvolver próteses capazes de reproduzir os movimentos do braço humano.

“Hoje, o comportamento de um braço robótico é muito diferente de um braço humano. Nossa ideia é desenvolver próteses, alimentadas por baterias elétricas, que mimetizem o mais próximo possível os movimentos e as funções do braço humano”, explicou Cordero.

Próteses e órteses ativas

Segundo o pesquisador, atualmente, a maioria das órteses e próteses utilizadas por pessoas com deficiências físicas são passivas, ou seja, têm maior finalidade estética. Mas, nos últimos anos, começaram a ser desenvolvidos sistemas ativos, como os exoesqueletos.

Entre os fatores que Cordero atribui ao aumento do interesse pelo desenvolvimento estão o aumento da expectativa de vida das pessoas com deficiência física, o desenvolvimento da robótica e o interesse militar na tecnologia de exoesqueletos.

Nos anos 1990, a Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, iniciou a construção de exoesqueletos para aumentar as capacidades físicas dos soldados das Forças Armadas norte-americanas.

O Japão desenvolveu o HAL-5, um exoesqueleto de corpo inteiro projetado para que idosos e pessoas com deficiência motora caminhem, subam escadas e realizem atividades diárias. E, no início de 2006, foi iniciado na Europa o projeto Enhanced Sensory Bipedal Rehabilitation Robot (ESBiRRO), do qual Cordero participou, para o desenvolvimento de um robô bípede e um exoesqueleto de membro inferior com atuação no quadril.

Na Poli/USP, o projeto de desenvolvimento do exoesqueleto de braço iniciará as atividades do Laboratório de Biomecatrônica, voltado para realizar estudos neuromotores auxiliados por exoesqueleto. “O laboratório será um dos primeiros do gênero voltados para o desenvolvimento de exoesqueleto no Brasil”, disse Cordero.

Além do exoesqueleto de braço, os pesquisadores brasileiros também estão realizando outro projeto, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para criar um exoesqueleto para perna que, segundo Cordero, apresenta um desafio científico para ser construído menor do que o exoesqueleto de braço.

“Normalmente, o controle motor das pernas é muito mais definido do que os braços. Enquanto as pernas permitem caminhar, correr, descer e subir escadas, entre outras funções, os braços fazem muito mais ações diferentes, e isso é uma complicação adicional”, disse.

Fonte: Agência Fapesp/Info Online

Teletransporte Quântico é Realizado no Japão

O "teleporter", equipamento da Universidade de Tóquio usado no experimento

SÃO PAULO – Um novo marco na comunicação quântica foi atingido na semana passada, quando pesquisadores japoneses anunciaram o primeiro teletransporte quântico de um conjunto complexo de informações.

O teletransporte é a transferência via luz de informação quântica de um local a outro, uma forma poderosa de representar e processar informação que é a base de toda a tecnologia quântica- inclusive a computação.

Até agora, as tentativas de teletransporte não foram muito bem sucedidas: ou eram muito lentas ou alteravam a informação enviada, fazendo com que alguns detalhes fossem perdidos. Para efeito de comparação, seria o equivalente à tripulação do Star Trek chegar a um planeta sem um braço, ou com ele colado à orelha.

No caso do teletransporte feito pela equipe liderada pelo professor Akira Furusawa, da Universidade de Tóquio, não foram objetos ou pessoas, mas sim informações enviadas. Eles conseguiram, pela primeira vez, enviar um pacote de dados complexos que, no caso, representavam o famoso “gato de Schrodinger” - um paradoxo proposto no início do século 20 pelo físico Erwin Schrodinger para descrever a situação na qual um objeto normal, clássico, pode existir em uma sobreposição quântica – tendo dois estados de uma vez.

Quantificando

A memória de um computador comum, binário, funciona em bits – cada um deles representando um “um” ou um “zero”. Ele opera com os chamados chaveamentos excludentes, tipo de sim ou não (um ou zero). Já um computador quântico usa os chamados qubits, e cada um deles pode representar “um”, “zero” ou estar nos dois estados ao mesmo tempo.

Para entender na prática a diferença, imagine um labirinto, repleto de bifurcações. No computador binário você só poderia escolher um caminho para ir de cada vez e, se chegasse a um ponto sem saída, teria de voltar ao começo e repetir a operação, escolhendo outras opções, uma de cada vez. Já no computador quântico seria possível entrar nas duas opções das bifurcações ao mesmo tempo, sucessivamente. Uma das tentativas acabaria chegando à saída, e todos os caminhos teriam sido percorridos.

Com o desenvolvimento do teletransporte quântico, se torna possível mover blocos de informação em um computador de forma mais rápida (computação quântica). O feito também reforça a possibilidade de uma rede muito mais ágil, como a internet, baseada nessa tecnologia.

Os feitos da equipe do professor Furusawa foram publicados em uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, a Science.

Fonte: Info Online

O Plástico Virou Ecológico

SÃO PAULO - Matérias-primas renováveis como cana-de-açúcar e milho são usadas para produzir plásticos menos agressivos ao meio ambiente

No tempo que você levará para ler esta reportagem, cerca de 50 000 sacolinhas plásticas serão consumidas no Brasil. A média nacional é de 1,5 milhão por hora. Embora representem pouco individualmente, os saquinhos de supermercado formam um volume enorme de lixo, que pode demorar vários séculos para se decompor no ambiente. Como reduzir o impacto causado pelo plástico na natureza é uma preocupação crescente. Por isso, ganham cada vez mais espaço as iniciativas de produzir plástico a partir de matérias-primas renováveis, como a cana-de-açúcar e o milho.

Universidades e empresas trabalham em projetos conjuntos para identificar novos materiais e formas de melhorar as aplicações dos plásticos de origem renovável. Existem várias linhas de pesquisa e produção, que geram produtos recicláveis e/ou biodegradáveis. Uma peça plástica que será usada por muitos anos, por exemplo, não precisa ser biodegradável, mas é importante que seja reciclável. Já uma sacola de supermercado, que provavelmente será usada para acondicionar lixo doméstico, deve ser biodegradável.

Nos laboratórios da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, os pesquisadores produzem plásticos a partir de amido de mandioca. Os estudos já são feitos há dez anos e nos últimos quatro eles passaram a incorporar também uma porcentagem de fibra de cana-de-açúcar. "Começamos a ver que havia dificuldades na produção porque a mistura não era adequada para o processo industrial", diz Fábio Yamashita, professor do departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UEL. Mais recentemente, os pesquisadores decidiram misturar o amido de mandioca a um polímero fabricado pela Basf ainda com origem petroquímica, o Ecoflex. O resultado foi um produto com algumas das características de que a indústria precisa. Com a mistura foi possível testar o uso do plástico biodegradável em atividades no campo. Os principais usos até agora foram para a cobertura de campos para a plantação de morango, o ensacamento de goiabas na fase de crescimento, para evitar o ataque de pragas, e a embalagem de mudas de plantas medicinais, em saquinhos que geralmente são retirados antes do plantio. Os testes nos campos de morango foram feitos em escala comercial e mostraram que é preciso calibrar a velocidade de degradação do filme plástico. "Ele começou a se deteriorar antes do tempo", afirma Yamashita.

Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior paulista, há estudos na mesma linha. A engenheira de materiais Marília Motomura trabalhou com amido de mandioca, fibra de coco e serragem de madeira. Ela misturou as matérias- primas ao Ecoflex para ampliar as opções de uso do plástico biodegradável, que pode ficar mais rígido ou flexível, por exemplo. Essas características são fundamentais para determinar que tipo de produto final é possível produzir. "A aplicação ainda é restrita. Apenas as peças feitas por processo de extrusão já estão sendo vendidas", diz Marília.

A indústria investe pesado

Diante da demanda global por atitudes mais verdes, as empresas precisaram se munir de alternativas para oferecer ao mercado. A Braskem, oitava maior petroquímica do mundo, abriu em setembro do ano passado sua primeira filial destinada a produzir apenas plástico verde. A fábrica, que fica em Triunfo, no Rio Grande do Sul, recebeu 500 milhões de reais de investimento e tem capacidade de produzir 200 000 toneladas anuais de plástico verde. A estratégia adotada pela Braskem é usar etanol como matéria- prima. Depois de um processo de desidratação do etanol, a empresa obtém o eteno, empregado na fabricação do polietileno. É ele que a Braskem vende a outras companhias, que podem usá-lo da mesma forma que o polietileno obtido a partir do petróleo.

Essa substituição é semelhante à troca da gasolina pelo álcool nos carros. A matéria- prima é renovável. O plástico verde permite a reciclagem, mas ele não é biodegradável. "O balanço ambiental da produção com etanol é mais favorável. Para cada tonelada de plástico verde é possível sequestrar 2,5 toneladas de gás carbônico da atmosfera", afirma Antônio Queiroz, diretor de tecnologia da Braskem. Diversas empresas nacionais estão usando embalagens feitas com o plástico verde. Ele está nos refis do sabonete cremoso Erva Doce, da Natura; na linha Sundown, da Johnson & Johnson; e nas peças do jogo Banco Imobiliário, da Estrela.

A Basf também está investindo no plástico ecológico. Desde 2000, a empresa produz o polímero Ecoflex (usado nas pesquisas da UEL e da UFSCar), que está disponível no Brasil desde 2007. Sua estrutura permite o ataque dos micro-organismos no processo de compostagem, o que o torna biodegradável. A partir dele surgiram variações, como o Ecobras e o Ecovio. O primeiro foi desenvolvido em parceria com universidades e com a empresa Corn Products e usa amido de milho na mistura. O segundo leva ácido poliláctico, derivado do ácido láctico. O Ecoflex é empregado pela Honda para revestir os bancos dos modelos Fit e New Civic. Já o Ecovio está em sacolinhas de super mercado.

Quem também usa o ácido poliláctico é a Cargill, que fabrica nos Estados Unidos o biopolímero Ingeo, que é similar ao PET das garrafas plásticas e pode substituí-lo em diversas aplicações. "O bioplástico tem o maior número de opções de descarte pósconsumo. Ele pode ser reciclado mecânica ou quimicamente e é biodegradável em condições de compostagem", diz Walcinyr Bragatto Neto, gerente de produto da Cargill. O plástico foi empregado na loja conceito da Track&Field, que vende roupas esportivas, em Nova York. Todas as peças da loja ficam expostas em tubos plásticos presos às paredes. Além de facilitar o estoque e a exposição das peças, as belas embalagens são reutilizáveis.

Substituição a conta-gotas

Por mais que surjam opções viáveis de plástico feito com matéria-prima renovável, a troca total a longo prazo ainda é vista como improvável. "É uma utopia querer substituir tudo", diz Letícia Mendonça, gerente do negócio de especialidades plásticas da Basf para a América do Sul. O futuro dos plásticos verdes depende da escala que eles atingirem. Sem volume de produção o preço não cai, o que inviabiliza a ampla adoção. Hoje, o plástico ecológico custa pelo menos 20% a mais que o de origem fóssil. A estimativa é que chegue a apenas 20% do total de plásticos produzidos no mundo até 2030. Enquanto a abrangência não aumenta, uma saída é não usar plástico quando há outras opções. Nos últimos 18 meses, 5 bilhões de sacolinhas plásticas foram substituídas por ecobags ou caixas de papelão. Já é um número e tanto.

Fonte: Info Online

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fujitsu Apresenta o Menor Sensor Biométrico do Mundo

A Fujitsu apresentou nesta terça-feira (19/4) o menor sensor para detecção biométrica de veias do mundo, com apenas 11mm x 29mm. Segundo a companhia, o dispositivo pode ser utilizado para a autenticação de usuários em laptops e outros dispositivos portáteis.

O sensor pode ler o padrão das veias da mão de um usuário e, através da identificação biométrica, autorizar ou não o acesso a determinado aparelho. Segundo a Fujitsu, o sensor traz os benefícios de ser durável e resistente a falsificações.

Se comparado a sensores digitais, o novo sensor de autenticação através da palma da mão é muito mais preciso, já que o conjunto de veias é muito mais numeroso e cria padrões mais complexos. De acordo com a empresa, apenas 0,01% dos testes de detecção resultaram em falsos negativos e 0,00008% em falsos positivos.

A tecnologia de autenticação por veias foi introduzida pela Fujitsu pela primeira vez em 2003. Hoje, o sistema já é largamente utilizado em instituições financeiras, para o login de computadores e para entrada e saída de edifícios.
Fonte: Olhar Digital

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nanopartículas Turbinam Biocombustível

SÃO PAULO - Uma alternativa para aumentar o rendimento dos biocombustíveis só pode ser vista com poderosos microscópios, uma vez que seu tamanho está na casa dos bilionésimos de metro. São as nanopartículas.

Um novo estudo publicado no Journal of Renewable and Sustainable Energy demonstrou que a adição de nanopartículas de óxido de alumínio é capaz de melhorar o rendimento e a combustão do biodiesel. Outra vantagem é menor emissão de poluentes.

O óxido de alumínio (Al2O3), também conhecido como alumina, é o principal componente da bauxita. De acordo com o estudo, as nanopartículas utilizadas no estudo, com diâmetro médio de 51 nanômetros, têm elevada proporção entre superfície e volume. Isso resulta em mais superfícies reativas, permitindo que as nanopartículas atuem mais eficientemente como catalisadores químicos, aumentando a combustão.

A presença das nanopartículas também aumenta a mistura entre combustível e ar, levando a uma queima mais eficiente.

No estudo, J. Sadhik Basha e R. B. Anand, do Instituto Nacional de Tecnologia de Tiruchirappalli, na Índia, usaram inicialmente um agitador mecânico para criar uma emulsão que consistia de biodiesel de pinhão- manso (Jatropha curcas), água e um surfactante, misturados com diferentes proporções de nanopartículas de óxido de alumínio.

Segundo os cientistas, além de melhorar o rendimento em comparação com o biodiesel comum, a mistura resultou na emissão de quantidades significativamente menores de óxido de nitrogênio e de monóxido de carbono.

Os pesquisadores indianos testam no momento outros tipos de nanopartículas e nanotubos de carbono, além de investigar os efeitos dos aditivos microscópicos na lubrificação e nos sistemas de resfriamento dos motores.

Fonte: Agência Fapesp/Info Online

Memória Falha Quando Somos Multitarefa

Imagem de sinapses cerebrais

SÃO PAULO - capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo cai à medida que o homem envelhece. Uma nova pesquisa aponta que o motivo pelo qual pessoas mais velhas têm mais dificuldade em alternar tarefas está nas redes neurais.

Lidar com múltiplas tarefas envolve a memória de curta duração, que define a capacidade de manter e manipular uma determinada informação em um período de tempo. Essa memória de trabalho é a base de todas as operações mentais, de decorar um número de telefone a digitá-lo em um aparelho, de manter o ritmo de uma conversa a conduzir funções complexas como raciocinar ou aprender.

“Os resultados do estudo sugerem que o impacto negativo das múltiplas tarefas na memória de trabalho não é necessariamente um problema com a memória, mas deriva de uma interação entre atenção e memória”, disse Adam Gazzaley, professor da Universidade da Califórnia em San Francisco, um dos autores do estudo que será publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

De acordo com o estudo, a dificuldade em realizar mais de uma tarefa em um mesmo período de tempo está no momento de alternar entre uma atividade e outra.

O problema fundamental não são as própria tarefas ou as interrupções, mas as distrações. A pesquisa indica que a capacidade do cérebro em ignorar informações irrelevantes cai com a idade e que isso impacta na memória de trabalho.

O estudo reforça que as “coisas da idade”, como costumam ser chamados episódios comuns de distração e esquecimento, têm um impacto maior em indivíduos mais velhos.

Os pesquisadores compararam a memória funcional de jovens saudáveis (com idade média de 24,5 anos) e de idosos também saudáveis (com média de 69,1 anos) em testes envolvendo diversas tarefas simultâneras.

Por meio de imagens de ressonância magnética, analisaram o fluxo sanguíneo nos cérebros dos participantes de modo a tentar identificar as atividades de circuitos e redes neurais.

Os participantes tinham que observar uma determinada cena e fixá-la por 14,4 segundos. Durante o período, entrava uma interrupção, na forma da imagem de um rosto, e os voluntários tinham que determinar o sexo e a idade estimada da pessoa. Em seguida, tinham que lembrar a cena original.

Os mais velhos mostraram maior dificuldade em fixar a imagem original. Os exames de ressonância mostraram que quando os participantes eram interrompidos, o processo de fixação da memória dava lugar ao próprio processamento da interrupção.

Os mais jovens conseguiam restabelecer a conexão com a rede da memória após a interrupção, desligando-se da imagem que apareceu no meio do teste. Já os mais velhos, na média, tiveram dificuldade tanto para se desligar da interrupção como para restabelecer a rede neural associada com a memória da cena original.

“O impacto das distrações e das interrupções revela a fragilidade da memória de trabalho. Esse é um fato importante a se considerar, uma vez que vivemos em um meio em que cada vez há mais interferências e exigências, como o aumento na quantidade de dispositivos que transportam informação”, disse Gazzaley.

Fonte: Agência Fapesp/Info Online

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nova Espuma Remove Radiação da Água

SÃO PAULO – Cientistas americanos anunciaram hoje a criação de um novo material capaz de remover metais pesados e radiação da água potável.

Feito de uma espécie de celulose chamada hemicelulose e da casca de crustáceos em pó, ele foi desenvolvido por pesquisadores da North Carolina State University.

A espuma, que ainda está em fase de testes, foi criada pela equipe do Dr. Joel Pawlak e é recoberta com fibras de madeira. Ela funciona como uma esponja comum que, imersa na água, absorve elementos como o iodo radioativo.

O iodo radioativo em água potável é muito perigoso para a saúde. Nosso corpo não consegue distingui-lo do iodo não radioativo e, por isso, ele acaba sendo armazenado na tireóide, onde pode levar ao desenvolvimento de um câncer.

Para evitar esse risco, a espuma se liga ao iodo da água e o prende, evitando que seja ingerido ou cause danos ao ambiente.

Além disso, o material consegue remover também sal da água do mar para torá-la potável, o que ajudaria muito em situações de emergência.

Fonte: Info Online

Fonte da Juventude em Vermes Ajudaria Humanos

SÃO PAULO - Cientistas encontraram a fonte da juventude, pelo menos para o minúsculo verme chamado de “C. elegans”.

Prolongar as vidas de vermes não é nenhuma grande descoberta; porém, o mais intrigante é que um dos compostos químicos usados pelos cientistas para obter esse resultado, tioflavina T, já foi usado em humanos – em estudos sobre o mal de Alzheimer. Outro composto que obteve sucesso em testes foi a curcumina, componente amarelo-vivo encontrado no tempero açafrão-da-índia.

A tioflavina T é usada para detectar massas de proteínas amiloides danificadas, encontradas no cérebro de pessoas que sofreram do mal de Alzheimer. Como esse corante se liga às proteínas amiloides, como a curcumina, os pesquisadores acreditam que ele surtiu um efeito benéfico nos vermes – desacelerando o acúmulo de proteínas avariadas.

Geralmente, o verme “C. elegans” vive de 18 a 20 dias. Tratados com os compostos, esse tempo aumentou entre 30 e 70 por cento. E quando entravam na meia-idade, com cerca de 10 dias, os vermes tratados se mantinham mais ativos – e pareciam mais saudáveis – do que aqueles sem tratamento. Contudo, os compostos reduziam a fertilidade dos vermes e, como muitos outros químicos, se tornavam tóxicos em dosagens mais altas.

“É difícil afirmar que esses compostos seriam eficazes, por exemplo, em mamíferos”, disse Gordon J. Lithgow, professor do Buck Institute for Research on Aging, em Novato, na Califórnia, e principal autor de um artigo descrevendo a pesquisa na edição atual da revista “Nature”.

Mas eles podem levar a novos compostos, que poderiam funcionar. “Isso ao menos mostra que esse é um bom lugar para procurar”, concluiu Lithgow.

Como muitas doenças relacionadas à idade estão associadas ao acúmulo de proteínas danificadas, a pesquisa também pode resultar em novos tratamentos.

Fonte: New York Times/Info Online

sábado, 9 de abril de 2011

Em 2016, 210 Milhões de Carros Acessarão a Internet

Ford Fusion híbrido: o carro inclui o sistema Sync, que usa o smartphone para acesso à internet

SÃO PAULO — Um estudo da empresa ABI Research mostra que a quantidade de carros que terão alguma forma de acesso à internet vai aumentar rapidamente nos próximos cinco anos. No final deste ano, haverá 45 milhões de automóveis conectados no mundo. Até 2016, esse número deve crescer para 210 milhões de veículos.

O acesso à internet será feito de várias maneiras, e com diferentes objetivos, dependendo do veículo. A ABI destaca quatro soluções que têm se espalhado no mercado. A primeira, mais óbvia, são os sistemas nativos de navegação por GPS, comunicação e entretenimento a bordo, como o Onstar, da General Motors, e o Connected Drive, da BMW. Por enquanto, eles são encontrados principalmente em carros de luxo.

Outra solução são os sistemas híbridos embarcados em alguns carros. Neles, o acesso à internet é feito através de um smartphone. Um exemplo é o sistema Sync, da Ford. Essa opção deve ter uso mais amplo. À medida que os smartphones se popularizam, ela vai aparecer em uma variedade cada vez maior de veículos.

A terceira solução é voltada para carros que não vêm da fábrica preparados para acesso à internet. São aparelhos híbridos instalados como acessórios, como alguns equipamentos de som da Pioneer e da Kenwood. Eles já oferecem acesso ao serviço Pandora, de rádio via internet, por meio de um smartphone conectado. No futuro, vão incluir outros serviços online.

A ABI também inclui, entre os caminhos para levar a internet ao carro, dispositivos de rastreamento e cobrança de pedágio. Os rastreadores, amplamente usados no Brasil, estão nessa categoria.

Vento a favor

Os analistas da ABI Research citam várias iniciativas que tendem a impulsionar a adoção do acesso à internet nos carros. Uma delas é o projeto europeu eCall, que tem o objetivo de implantar, nos automóveis, uma espécie de caixa preta que vai avisar automaticamente aos serviços de trânsito quando ocorrer um acidente. A previsão é que esse dispositivo seja instalado em todos os novos carros europeus de 2014 em diante.

No Brasil, depois de sucessivos adiamentos, deverá entrar em vigor, no segundo semestre, a resolução do Departamento Nacional de Trânsito que torna os rastreadores obrigatórios nos novos carros. A ABI também cita o interesse das companhias de seguro, que, no Brasil, são as principais responsáveis pela instalação desses rastreadores.

Em outros países, um dispositivo de identificação inteligente está sendo considerado para automatizar a cobrança de pedágio nas estradas. Já os fabricantes de automóveis e empresas de tecnologia veem a internet a bordo como uma oportunidade para oferecer serviços aos proprietários.

Microsoft e Toyota

Por vários caminhos, a indústria parece estar se mexendo com rapidez. A Microsoft, por exemplo, já tem parcerias com a Ford e a Toyota nessa área. A aliança com a Toyota, anunciada nesta semana, tem o objetivo de desenvolver carros conectados, com funções avançadas de navegação, comunicações e entretenimento a bordo.

Até 2015, Toyota e Microsoft esperam implantar um serviço de computação em nuvem que vai armazenar dados do usuário e do carro na internet. O motorista vai poder conferir as informações sobre o seu carro em qualquer lugar do mundo. O sistema também vai gerenciar o consumo de energia dos automóveis híbridos e da residência do usuário.

Fonte: Info Online

Cidade Sueca é Padrão em Reciclagem

Em Boras, biogás obtido em aterros é utilizado como combustível em ônibus

SÃO PAULO – Em Boras, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.

Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa.

“Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador”, disse o professor de biotecnologia da Universidade de Boras, Mohammad Taherzadeh, durante o encontro acadêmico internacional “Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais”, realizado em 30 de março, em São Paulo.

Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borås, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.

De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de lixões nos países da União Europeia.

Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo ótico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.

“Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de lixões. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos”, afirmou Taherzadeh.

Plano de gestão

Em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro, que estabelece a meta de erradicar os lixões no país até 2015 e tipifica a gestão inadequada de resíduos sólidos como crime ambiental.

Com a promulgação da lei, os especialistas presentes no evento esperam que o Brasil dê um salto em questões como a compostagem e a coleta seletiva do lixo, ainda muito incipiente no país.

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 18% dos 5.565 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. Mas não se sabe exatamente o percentual da coleta seletiva de lixo em cada um desses municípios.

“Acredito que a coleta seletiva de lixo nesses municípios não atinja 3% porque, em muitos casos, são programas pontuais realizados em escolas ou pontos de entrega voluntária, que não funcionam efetivamente e que são interrompidos quando há mudanças no governo municipal”, avaliou Gina Rizpah Besen, que defendeu uma tese de doutorado sobre esse tema na Faculdade de Saúde Publica da USP em fevereiro.

Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.

“É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas”, disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.

“Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios”, afirmou.

A pesquisadora também chamou a atenção para o fato de que, apesar de estar claro que não será possível viver, em escala global, com uma quantidade de produtos tão gigantesca como a que a humanidade está consumindo atualmente, as políticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil não tratam da redução do consumo.

“O modelo de redução da pobreza adotado pelo Brasil hoje é por meio da expansão da capacidade de consumo, ou seja: integrar a população ao mercado para que elas possam cada vez mais comprar objetos. E como esses objetos serão tratados depois de descartados não é visto como um problema, mas como um campo de geração de negócios”, disse.

Na avaliação de Raquel, os chamados produtos verdes ou reciclados, que surgiram como alternativas à redução da produção de resíduos, agravaram a situação na medida em que se tornaram novas categorias de produtos que se somam às outras. “São mais produtos para ir para o lixo”, disse.

Incineração

Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borås.

No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.

Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.

“Até então, não se sabia tratar e manipular o material orgânico dos resíduos sólidos para transformá-lo em combustível fóssil. Mas, hoje, essa tecnologia já está bem desenvolvida e poderia ser utilizada para transformar a matéria orgânica do lixo brasileiro, que é maior do que em outros países, em energia renovável e alternativa ao petróleo”, destacou.

Fonte: Agência Brasil/Info Online

Cientistas Criam Olho a Partir de Célula-Tronco

Cientistas japoneses obtiveram em laboratório células que se organizam sozinhas em estruturas semelhantes às que formam a retina

AGÊNCIA FAPESP – Cientistas japoneses conseguiram fazer com que células-tronco cultivadas em laboratório se organizassem sozinhas em uma estrutura complexa semelhante ao olho.

A novidade, destaque na edição desta quinta-feira (7/4) da revista Nature, poderá auxiliar no desenvolvimento de novas alternativas para transplantes de retina e tratamento de doenças oculares.

Yoshiki Sasai, do Centro de Biologia do Desenvolvimento Riken, em Kobe, e colegas obtiveram aglomerados de células-tronco embrionárias de camundongos em um meio de cultura desenhado especialmente para a pesquisa.

As células se organizaram espontaneamente em uma estrutura de camadas e tridimensional. A estrutura se mostrou semelhante à do cálice óptico, estágio de formação do olho no feto que se desenvolve nas camadas interna e externa da retina durante a embriogênese.

De acordo com os autores do estudo, a organização das células-tronco não era esperada, uma vez que a cultura se iniciou como um agregado sem padrão de células homogêneas, que não foi induzido a assumir uma forma específica.

A pesquisa destaca como a formação do cálice óptico depende de uma programação intrínseca, sequencial e auto-organizada que direciona o destino e a posição das células, bem como o formato dessa estrutura embrionária do olho.

“Com esse estudo, conseguimos resolver um problema em embriologia que permanecia há quase um século, ao mostrar que precursores da retina têm a capacidade inerente de dar origem à estrutura complexa do cálice óptico”, disse Sasai.

“É estimulante pensar que agora estamos no caminho de nos tornarmos capazes não apenas de gerar tipos de células diferenciadas, mas também tecidos organizados, que podem abrir novos caminhos para aplicações na medicina regenerativa”, disse o cientista.

O artigo Self-organizing optic-cupmorphogenesis in three-dimensional culture (doi:10.1038/nature09941), de Mototsugu Eiraku e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
Fonte: Agência Fapesp/Info Online

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Os Jetsons na Vida Real: JetPack, em Breve, Deve Ganhar os Céus

A companhia neozeolandeza Martin Aircraft começou a testar seu próprio jetpack nesta semana, que já é capaz de se manter no ar por mais de sete minutos continuamente. Chamado de Martin Jetpack, o veículo tem um motor à gasolina de 200 cavalos de potência que impulsiona dois ventiladores para manter o indivíduo suspenso no ar.

Por enquanto, o jetpack foi testado com um boneco e controlado por um operador no chão. A companhia ainda não mencionou quando pretende realizar testes com seres humanos, mas acredita que não deva passar da metade do ano.

O jetpack é composto de fibra de carbono e mede 1,5 m de altura e 1,6 m de largura. Com o tanque cheio de gasolina, ele teria autonomia para viajar por cerca de 50 Km a uma velocidade de 100 Km/h. Quando apresentou o jetpack no ano passado, a empresa estimou um custo de US$ 90 mil por unidade. Seria esta uma boa alternativa ao trânsito das grandes cidades?
Fonte: Olhar Digital

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Implante Permite Controlar Máquina com a Mente

Os implantes colcoados no cérebro decifram os padrões do pensamento humano

SÃO PAULO – Em mais um passo rumo a compreensão – e, porque não, à leitura- dos pensamentos humanos, cientistas revelam técnica que não só permite controlar máquinas com a mente como também diferencia a fala da ideia da fala.

As duas coisas parecem iguais, mas são conceitos bem diferentes: no primeiro caso, a máquina identifica o padrão cerebral ligado à pronúncia de uma palavra; no segundo, identifica o pensamento ligado a um som – sem haver a pronúncia.

O estudo foi conduzido em pacientes que, devido a casos graves de epilepsia, possuíam implantes temporários chamados de interface cérebro-computador. Eles foram instalados na superfície da massa cinzenta para ajudar a identificar as áreas resistentes à medicação ligadas aos ataques e convulsões.

Os aparelhos foram originalmente programados para detectar a atividade na rede motora do cérebro – que controla os movimentos dos músculos. No entanto, a equipe do Dr. Eric C. Leuthardt, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, deu outro uso aos implantes.

Em um trabalho recém publicado no The Journal of Neural Engineering, eles descrevem como utilizaram os implantes para analisar as freqüências das ondas das atividades cerebrais. Assim, foi possível detectar quando os pacientes pensavam ou falavam os seguintes sons: “oo” (como na palavra “few”, em inglês), “e” (“see”), “a” ( “say”) e “a” com outra pronuncia (“hat”). Um dos grandes feitos foi justamente diferenciar quando estavam pensando em um som de quando estavam falando este som.

Ao identificar os padrões que representavam esses sons, os pesquisadores programaram uma interface para reconhecê-lo, de forma que os pacientes puderam aprender a controlar um cursor de computador pensando ou dizendo as palavras. Segundo os pesquisadores, isso pode levar ao desenvolvimento de interfaces mistas, que usem tanto as redes motoras do cérebro como as de fala para auxiliar, por exemplo, pessoas com problemas de fala ou que usam próteses nos membros.

A próxima etapa da pesquisa é trabalhar níveis maiores de informação. Ao invés de apenas identificar quando alguém pensa ou fala uma palavra – árvore, por exemplo – o objetivo é saber quais os padrões do cérebro estão ligados à ideia daquela árvore. Basicamente, o que você pensa quando pensa nela?

Fonte: Info Online

quarta-feira, 6 de abril de 2011

35% dos Profissionais Abririam Mão de 10% do Salário para Trabalhar Remotamente

A evolução da tecnologia permite hoje que as pessoas estejam conectadas em, praticamente, qualquer lugar do planeta. Como reflexo, cresce uma demanda dos profissionais trabalharem mais tempo fora das empresas, com o objetivo de equilibrar melhor o tempo para atividades pessoais e profissionais.

Um estudo realizado pela Dice, empresa norte-americana de recrutamento de profissionais de TI, apontou que entre as pessoas que atuam na área de tecnologia, 35% delas abririam mão de até 10% do salário em troca da flexibilidade de poder trabalhar remotamente.

A Dice destacou que os números ficaram praticamente iguais aos obtidos com uma pesquisa do mesmo gênero, realizada há cerca de três anos. O que reflete que essa não é uma condição nova para os profissionais de TI e, sim, um antigo anseio de parte da categoria.

A consultoria aponta, no entanto, que a quantidade de empresas que permitem o trabalho remoto é bastante pequena nos Estados Unidos. Entre as vagas divulgadas atualmente pela Dice, só 1% delas permite essa modalidade, o que reflete uma relutância das organizações.

“Nós acreditamos que os benefícios do trabalho remote ultrapassam os riscos”, avalia Alice Hill, diretora da Dice, acrescentando: “as companhias que quiserem fazer parte do futuro deveriam ser sábias para deixar os acordos inflexíveis de trabalho no passado.”
Fonte: Olhar Digital

Foguete Mais Potente do Mundo Será Lançado Até 2014

A SpaceX, companhia dedicada ao desenvolvimento de tecnologia espacial, anunciou que lançará o foguete mais poderoso do mundo em 2013. O Falcon Heavy, como é chamado, possui 69,2 metros de altura e tem como primeira missão ir até Marte e trazer amostras do planeta vermelho.

"[A nave] transportará mais carga e será mais rápida que qualquer outro veículo espacial da história", explicou o CEO da companhia, Elon Musk. De fato, apenas o Saturno V, que levou astronautas à Lua em 1973, carregou mais peso que o pretendido pela linha Falcon.

O primeiro lançamento do foguete custará em torno de R$ 160 milhões. A NASA e as Forças Armadas Americanas já são clientes em potencial do Falcon Heavy.
Fonte: Olhar Digital

Os Carros Conversarão Entre Si

Carros que dialogam diminuirão o risco de acidentes

SÃO PAULO - Por volta de 2016, os automóveis trocarão informações E. Isso será bom para o tráfego e ainda mais para a segurança.

Desde 1958, quando a General Motors colocou para rodar um Chevrolet Impala comandado por um robô, o sonho de ter automóveis de série comandados por robôs virou apenas uma promessa.

O problema é o custo para massificar a tecnologia, ainda restrita aos protótipos. Uma frota com uma dezena desses carros com um sistema projetado pela Google já rodou cerca de 225 mil quilômetros em testes, controlados por câmeras, sensores de radar e laser (por questões de legislação – e de segurança, ainda são acompanhados de um humano pronto para entrar em ação em caso de emergência). Até agora não houve nenhum incidente maior, mas os veículos circulam apenas em itinerários previamente mapeados, em um sinal de que esta tecnologia dos veículos movidos a robôs ainda não será para logo.

Para as massas, um próximo passo poderá acontecer em 2016, nos Estados Unidos. Sistemas de radar interligarão várias marcas e fará, na prática, os carros "conversarem entre si", trocando informações. "Já estamos testando esse sistema, com um radar com ondas curtas e GPS", diz Sue Cischke, vice-presidente da Ford. "Emitidas a cada décimo de segundo, em um ângulo de 360 graus ao redor do automóvel, ele permitirá identificar a chegada de um outro veículo pouco antes de um cruzamento ou no sentido contrário, numa curva muito fechada".

Se o sistema detectar uma situação de risco, uma luz no painel e um alarme alertam o condutor. Anualmente, cerca de 50 mil acidentes acontecem nas ruas e estradas americanas pela falta de entendimento entre motoristas de veículos diferentes em intersecções.

O mesmo sistema de interconexão poderá ser usado para trocar informações sobre o tráfego e desviar automóveis para rotas menos carregadas, reduzindo os congestionamentos. Considerando que, apenas nos Estados Unidos anualmente são desperdiçados 4,8 bilhões de horas e 15 bilhões de litros de gasolina, trata-se de uma boa notícia.

Fonte: Info Online