segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Empresa Cria Acesso à Internet Através da Luz

SÃO PAULO – Uma empresa dos Estados Unidos desenvolveu uma tecnologia para que computadores acessem a internet utilizando um sistema de iluminação para fornecer a conexão sem fio.

O sistema foi criado para servir de opção às redes wireless que utilizam ondas de rádio para se propagar, desafogando assim as frequências que são utilizadas por diversos aparelhos como celulares, televisão, entre outros.

Chamado de LVX (“Luz” em latim), o sistema, criado por John Pederson, permite transmitir informações através de pulsações luminosas, que são captadas por um sensor conectado ao computador.

A chamada “internet por luz” é ideal para distâncias menores e chega a transmitir dados com velocidades de até 3 Mbps, de acordo com Pederson. Para realizar a transmissão a aparelhagem recebe as informações em formato binário (zeros e uns).

Um conjunto de LEDs é instalado em um local de boa visibilidade (como o teto de uma sala) e as luzes piscam seguindo o ritmo dos dados, ascendendo a cada “1” e apagando quando o valor transmitido for “0”.

Esta luz enviada chega ao receptor que está ligado ao computador, que interpreta os valores binários e carrega os dados da internet. O caminho inverso também é possível, ao conectar luzes no computador e enviar uma mensagem para o equipamento de LEDs instalado.

A prefeitura de St. Cloud, no estado de Minnesota nos EUA, será a primeira a receber a nova tecnologia ainda este ano. Em 2011 a tecnologia deve ser melhorada para atingir velocidades maiores e entrar no mercado de serviços banda larga pela rede elétrica.

Fonte: Info Online

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nuvens Devem Aumentar o Aquecimento Global

Segundo estudo, nuvens perderão capacidade de resfriar o planeta devido aos gases do efeito estufa

SÃO PAULO - Uma das grandes incertezas a respeito das mudanças climáticas globais está nas nuvens. Como elas reagirão ao aquecimento do planeta – e com que consequências – é algo que tem intrigado os cientistas.

De um lado, estudos apontam que o aquecimento irá alterar as nuvens de forma a contrabalançar os efeitos dos gases estufa. De outro, pesquisas indicam que as mudanças nas nuvens aumentarão o aquecimento.

Um novo trabalho, publicado nesta sexta-feira na revista Science, reforça o lado negativo. Segundo o estudo, em escala global as nuvens, atualmente, influenciam o clima de tal modo que resulta na diminuição da temperatura na superfície do planeta. Mas elas perderão parte dessa capacidade de resfriamento. Justamente por culpa dos gases estufa.

Andrew Dessler, da Texas A&M University, nos Estados Unidos, analisou dados colhidos nos últimos dez anos por satélites dos padrões climáticos recorrentes El Niño (que causa aquecimento) e La Niña (que causa resfriamento).

As consequências dos fenômenos – mais calor ou mais frio – foram usadas para simular tendências na temperatura. Em um mundo mais quente, as nuvens mais elevadas – que tendem a segurar o calor proveniente da luz solar, que sem elas escaparia para o espaço – podem se tornar mais espessas ou se expandir em maiores áreas de cobertura. Essa resposta positiva das nuvens levaria a um aquecimento ainda maior.

Ou, então, os gases estufa poderiam engrossar e expandir as nuvens mais baixas, refletindo mais energia solar ao espaço e esfriando o planeta. Essa seria o que os cientistas chamam de resposta negativa.

A princípio, os cientistas poderiam estimar qual resposta seria prevalente em um cenário de aquecimento ao comparar a temperatura superficial com a quantidade de energia devolvida ao espaço. O problema é que registros disponíveis de tais perdas de radiação são insuficientes para revelar o que ocorreu no último século.

Dressler usou apenas dez anos de dados de satélite, que são considerados os melhores dados existentes. E removeu dos resultados as respostas devidas a outros fatores, como alterações no vapor de água.

O resultado geral do estudo apontou uma resposta positiva, isto é, de aquecimento. Ao avaliar os oito principais modelos climáticos globais, o cientista também encontrou uma resposta positiva.

Segundo Qiang Fu, da Universidade de Washington, o estudo é importante por confirmar modelos climáticos de aquecimento. “Os resultados não mostram qualquer evidência de uma grande resposta negativa das nuvens”, disse.

Mas Dressler reforça que os resultados podem ser aplicados para uma estimativa de curto prazo e que novos estudos são necessários para previsões de maior extensão.

O artigo A Determination of the Cloud Feedback from Climate Variations over the Past Decade(10.1126/science.1192546), de Andrew Dessler, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Fonte: Agência Fapesp/Info Online

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lâmpadas LED Vão Iluminar a sua Sala

Mais econômicas e com vida útil mais longa, as lâmpadas de LED são o próximo passo da iluminação doméstica.

Preço e potência são obstáculos à adoção da tecnologia, mas uma navegada pelas lojas online dos Estados Unidos mostra que o cenário está ficando favorável à popularização das lâmpadas LED.

É possível encontrar nos sites de e-commerce uma lâmpada de LED de 3 watts (equivalente a 25 watts de uma lâmpada incandescente) por US$ 11. A potência é baixa, suficiente apenas para um abajur. Mas já existem lâmpadas mais poderosas, como a Ambiente LED, da Philips, de 12 watts (equivalente a 60 watts), que já permite iluminar um pequeno ambiente por US$ 40.

O preço é bem mais alto do que de uma lâmpada incandescente ou fluorescente, mas é preciso considerar que as lâmpadas LED não queimam e têm a vida útil mais longa: se for usada durante 6 horas por dia, a lâmpada LED de 3 watts citada acima dura 44 anos e a Ambiente LED, 11 anos. Depois desse tempo, a lâmpada ficará mais fraca. Nesse mesmo parâmetro, a lâmpada incandescente dura cerca de 165 dias e, a fluorescente, por volta de 4 anos.

Além de apresentaram maior eficiência energética, as lâmpadas LED oferecem outra vantagem ao ambiente: não contém metais pesados como mercúrio, presentes nas fluorescentes, o que facilita o descarte delas. Alguma dúvida de que em breve as lâmpadas de LED estarão por toda a sua casa?

Fonte: Info Online

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Prédio de Taiwan é Árvore Tecnológica

SÃO PAULO - País asiático se prepara para construir o que deve ser seu mais novo ponto turístico: um edifício de 300 metros de altura projetado para ser uma "árvore tecnológica".

Chamado de "Floating Observatories", ou Observatórios Flutuantes, ele lembra um tronco repleto de plataformas com a forma de folhas.

O projeto foi vencedor de um concurso promovido pela cidade de Taichung, a terceira maior do país, chamado Taiwan Tower Conceptual International Competition.

A equipe vencedora desbancou outros 236 projetos de 25 países. Ela é formada por membros da Dorin Stefan Birou Arhitectura (DSBA), Upgrade.Studio e Mihai Cracium e foi liderada pelo arquiteto romeno Stefan Dorin. Além do prêmio de US$125 mil, o time terá verba cedida pela prefeitura de Taichung para construir o edifício que, embora bem menor do que o arranha-céu Taipei, com seus 508 metros de altura, deve se tornar um marco no país.

A construção deve começar em 2012 e durará apenas dois anos. O edifício terá um centro de informações, museu, escritórios, sala de conferências, deques fixos e em movimento para observação, restaurantes e estacionamento.

Cada um dos "elevadores" externos pode levar até 80 pessoas e será feito de materiais leves desenvolvidos pela industria espacial. Eles se movimentarão para cima e para baixo em um trilho vertical, serão sustentados por um forte campo magnético e elevados por balões de hélio.

O edifício foi inteiro projetado para minimizar os impactos ambientais durante e após a construção. Além de sistema de ventilação que diminuiu o uso de ar concidionado, há turbinas e células solares para gerar energia, fibras ópticas para iluminar as áreas subterrâneas e um coletor e purificador de água de chuva. Há ainda um sistema geotérmico para aquecimento da água que tambéms erá usado para manter a temperatura do edifício agradável no inverno.
Fonte: Info Online

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Carro Elétrico Vai do Alasca à Argentina

SÃO PAULO - Uma equipe de engenheiros e alunos do Imperial College London concluiu ontem a jornada de 26 mil quilômetros do Alasca até Ushuaia, na Argentina.

Além da quilometragem, o trajeto teve outro feito impressionante: foi inteiro percorrido com um veículo elétrico capaz de rodar mais de 500 quilômetros com apenas US$5 de eletricidade.

Chamado de Radical SR8, o carro passou por 14 países em 140 dias – sendo que metade do tempo foi usada para dar palestras e debater com as comunidades a importância de controlar as emissões de carbono.

Ao todo, foram nove meses projetando e adaptando um veículo elétrico doado pela empresa Radical para suportar as condições da viagem. Além do upgrade de sua capacidade, os alunos o capacitaram para agüentar as temperaturas congelantes, grandes altitudes e péssimas condições de estrada.

O projeto Racing Green Endurance, dirigido pelo aluno do quarto ano de engenharia Alexander Schey, faz parte de uma iniciativa maior, chamada Imperial Racing Green (IRG), que visa treinar estudantes para s tornarem os engenheiros que desenvolverão a próxima geração de carros elétricos.

Fonte: Info Online

domingo, 7 de novembro de 2010

F1 Traz Tecnologia Para Pista de Interlagos

A INFO teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os bastidores do Grande Prêmio de Fórmula 1, que acontece este fim de semana em São Paulo. Na ocasião visitamos o paddock, o pitlane e o boxe da escuderia Ferrari.

Na Ferrari a responsável pelo fornecimento e desenvolvimento do hardware usado nas corridas é a fabricante Acer, que também produz computadores e smartphones com a marca da Ferrari. Inclusive na ocasião Mark Hill, gerente geral da Acer no Brasil, informou que o celular Ferrari Liquid E (que traz Android 2.1 e material exclusivo como vídeos e fotos da escuderia) deve chegar ao Brasil em 2011, bem como o futuro tablet da Acer, que será anunciado nas próximas semanas.

Visão da movimentação no paddock de Interlagos

Mas voltando à Fórmula 1, observamos que as tecnologias usadas pelas equipes são similares, porém cada uma desenvolve a sua conforme as necessidades dos carros e seguindo as limitações impostas pela FIA. A telemetria é a tecnologia mais importante para os carros de Formula 1, pois permite melhorar a performance de forma constante ao medir e monitorar os dados captados por sensores espalhados por todo o veículo.

“Podemos dizer que tudo que se move dentro do carro, contém um sensor”, explica Dieter Gundel, engenheiro chefe de eletrônica da Ferrari. Os carros da escuderia italiana trabalham com dois sistemas paralelos para controlar a telemetria, um fica sempre no local da corrida e o outro na fábrica em Maranello.

Mas para evitar vazamentos de informações, esses dois sistemas são criptografados e não ficam conectados, apenas trabalham juntos para definir as adaptações necessárias para cada corrida. Gundel explica que cada carro possui cerca de 100 sensores que podem controlar um ou mais canais de comunicação da telemetria (são mais de 2300 canais presentes em uma Ferrari). No total esses sensores aumentam o peso do carro de 10 a 12 quilos.

As Ferraris de Massa (esq.) e Alonso (dir.) sendo montadas para o GP

Esses sensores transmitem as informações ao sistema através de uma frequência de rádio em 6 MHz, com uma velocidade de 200 Ksps (ou Kilo Samples por Segundo, medida usada para a transmissão de dados via rádio).

Os dados da telemetria são controlados por uma equipe específica de especialistas em TI, sendo 14 pessoas trabalhando diretamente durante as corridas e 10 pessoas na Itália. A tecnologia de comunicação é toda desenvolvida pela Acer exclusivamente para a Ferrari, durante as corridas é possível que os responsáveis na Itália acessem remotamente os dados da telemetria e assim acelerar a comunicação feita entre a equipe. Normalmente a escuderia italiana dispõe de até 30 notebooks durante as corridas para realizar essas tarefas.

Sobre as tecnologias empregadas nos carros, Gundel afirma que as exigências impostas hoje não permitem muitas inovações, assim todas as equipes podem ter uma estrutura mais democrática. “Há 10 anos as equipes usavam 1 motor por corrida. Hoje não é permitido utilizar mais de 8 por toda temporada. Então os maiores gastos feitos nos carros vão para a parte aerodinâmica”, completa Gundel. Para cada traçado as equipes precisam analisar as condições da pista e da meteorologia, para desta forma fazer os ajustes específicos nos carros. E alguns ajustes são feitos pelo próprio piloto durante a corrida.

Volante utilizado pelos pilotos da Ferrari

Pelo volante o piloto pode controlar até 77 funções, mas de forma limitada e apenas emergencial para não atrapalhar seu desempenho durante a prova. Os engenheiros que verificam a telemetria analisam qual entrada precisa ser modificada e passam a informação ao piloto que pode gerenciar o combustível gasto pelo carro, a pressão dos freios e mudar as marchas. Além disso, há um display de LCD que informa as voltas, velocidade e as rotações do motor. E o piloto precisa pensar e agir muito rápido. “Por exemplo, se um piloto precisa alterar a função 67, ele precisa pressionar o botão +10 por 6 vezes e o -1 por 7 vezes. E tudo em milésimos de segundo”, completa Gundel.

Pneus para os carros de Massa e Alonso

Os pneus ficam protegidos em capas para que sua temperatura seja mantida em 80ºC até a corrida. Em média as equipes trazem 10 conjuntos de pneus (4 tipos cada um), pois por exigência da FIA os carros devem mesclar dois tipos de pneus por corrida. No total o setor esportivo da Ferrari tem 800 funcionários, sendo que cada piloto trabalha com uma equipe de 20 engenheiros. E de acordo com a própria escuderia, esse número de funcionários é o menor da Fórmula 1.

Local onde engenheiros e diretores acompanham a prova no pitlane

Fonte: Info Oline

Homem Voador Faz Primeiro Looping nos Céus

SÃO PAULO - O suíço Yves Rossy, também conhecido como Jetman ou Homem Voador, realizou com sucesso esta manhã seu primeiro looping, nos céus de sua terra natal.

Rossy decolou de Bercher a bordo de um balão, dentro do qual voou por 18 minutos até alcançar a altura de 2.400 metros.

Há dois anos, o Homem Voador alcançou a fama ao cruzar os 35 km do Canal da Mancha com suas asas a jato.

Dessa vez, com quatro jatos acionados, ele pulou do balão e realizou a pirueta antes de pousar com um paraquedas em Denezy.

O protótipo usado por ele possuía asas menores, com apenas 2 metros ao invés de 2,5 do modelo anterior. Ele foi desenhado por Rossy e pela empresa RUAG e possuía melhor aerodinâmica e mais estabilidade para manobras

Pilotando o balão estava o britânico Brian Jones, o primeiro a dar a volta ao mundo em um balão em 1999.
Fonte: Info Online

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Carro Urbee é Todo Feito em Impressora 3D

SÃO PAULO – Um veículo híbrido será o primeiro carro a ter todo o corpo confeccionado em uma impressora 3D.

O projeto é uma parceria entre a Stratasys e o grupo de engenharia Kor Ecologic.

O Urbee funciona a base de uma mistura de combustível elétrico e líquido – gasolina ou etanol. Ele faz mais de 320 km/h na estrada, rodando 88 km por litro. Já na cidade, a máxima é de 160 km/h e consumo de um litro a cada 44km.

O uso combinado do veículo na cidade e na estrada faz 53 km por litro.

A bateria pode ser carregada durante a noite em qualquer tomada convencional ou saídas de fontes alternativas – como casas que possuem painéis solares.

Segundo os fabricantes, a principal diferença do Urbee para outros carros híbridos é que ele não foi adaptado para ser verde, mas sim pensado para ser verde desde o princípio.

O processo de fabricação usa a tecnologia de impressão 3D para eliminar as ferramentas, máquinas e trabalho manual, gerando maior eficiência produtiva e menos desperdício de material. Todos os componentes externos, incluindo os protótipos de painéis de vidro, foram criados usando as máquinas Dimension 3D Printers e Fortus 3D Production Systems na Stratasys.

O primeiro protótipo completo do Urbee estará exposto esta semana em las Vegas, durante o SEMA Show.

Fonte: Info Online

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Folhas Artificiais Seriam Solução de Energia

SÃO PAULO– A melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos: a fotossíntese.

A afirmação foi feita por James Barber, professor do Imperial College London, Reino Unido, no dia 25/10, durante o BIOEN Workshop on Molecular Mechanisms of Photosynthesis, promovido pelo Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo.

Considerado um dos principais pesquisadores no mundo no tema da fotossíntese, Barber é membro da Royal Society of Chemistry e publicou 15 livros e mais de 500 artigos científicos sobre o assunto.

“Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese – propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada – não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta”, disse à Agência FAPESP.

Segundo ele, uma tecnologia capaz de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seria a solução definitiva para a questão energética. “A quantidade de radiação solar que se precipita no planeta Terra é gigantesca”, disse.

“Uma hora de luz solar equivale à totalidade da energia que utilizamos em um ano em todo o mundo. É a maior quantidade de energia disponível. Não há nada que se aproxime disso. É também uma energia que incide sobre praticamente todo o globo. É, portanto, igualmente distribuída. Aprender a usar essa energia seria um salto sem precedentes na história da humanidade”, destacou.

A população da Terra consome a cada ano, segundo Barber, 14 terawatts de energia, sendo que a maior parte é proveniente de combustíveis fósseis como petróleo (4,5 terawatts), gás (2,7 terawatts) e carvão (2,9 terawatts).

“Como sabemos, isso é insustentável. Estamos queimando combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial e chegamos a emitir carbono em uma concentração de 360 partes por milhão (ppm). À medida que a população global aumenta de modo exponencial, essa emissão piora. Sabemos que se chegarmos a 550 ppm, haverá mudanças dramáticas no clima do planeta”, afirmou.

Desenvolver uma “folha artificial” seria, segundo ele, a melhor solução a longo prazo. A tecnologia para capturar a energia solar e transformá-la em eletricidade já é bem conhecida: a energia fotovoltaica. Mas, embora seja importante, a energia fotovoltaica não resolve o problema energético.

“A energia fotovoltaica é cara para competir com os baratos combustíveis fósseis. Em segundo lugar, não é suficiente apenas a produção de eletricidade. Precisamos de combustíveis para carros e aviões. O ideal é que tenhamos combustíveis líquidos de alta densidade, como é o caso do petróleo, do gás ou até mesmo dos biocombustíveis”, afirmou.

A folha artificial, segundo Barber, é uma tecnologia que absorveria energia solar, armazenando-a em bombas químicas e produzindo combustível. “Talvez produza metanol, ou metano. Mas o importante é que teremos um combustível de alta densidade, como o petróleo, que tem uma quantidade incrível de energia armazenada em um pequeno barril”, disse.

“É muito difícil armazenar grandes quantidades de energia em baterias. Ainda não temos a tecnologia para isso. Talvez um dia tenhamos, mas, no momento, acreditamos que armazenar energia em bombas químicas, como a fotossíntese faz, é o ideal”, apontou.

Com o armazenamento em bombas químicas, a energia solar poderia ser guardada, transportada e distribuída. “Esse armazenamento se daria de uma forma mais complexa que a da energia fotovoltaica. O armazenamento é o verdadeiro desafio que temos pela frente para chegar à folha artificial”, afirmou.

A solução desse desafio, no entanto, pode não estar tão distante quanto parece. Para Barber, a vantagem é que a química envolvida com a fotossíntese já foi desenvolvida, testada e aprovada pela natureza.

“Conforme queimamos combustíveis fósseis, jogamos dióxido de carbono na atmosfera e isso é ruim para nós. Mas não e ruim para as plantas. Elas gostam de dióxido de carbono. Tanto que usamos o enriquecimento por CO2 em estufas. Então, trata-se de uma química que já existe. As plantas capturam o dióxido de carbono e o convertem novamente em combustível, em moléculas orgânicas”, disse.

A folha artificial, segundo Barber, usará energia da luz para tirar oxigênio da água. Em seguida, o oxigênio servirá para converter o dióxido de carbono novamente em um composto rico em carbono. “Mas, para conseguir isso, teremos que desenvolver a catálise química. É preciso ter uma concepção robusta, usando materiais baratos e funcionando de maneira eficiente, que permita competir com os combustíveis fósseis”, afirmou.

Única alternativa

O pesquisador britânico comparou o desafio do desenvolvimento da folha artificial ao desafio da aviação. “Leonardo da Vinci observou pássaros voando e sabia que o voo era fisicamente possível”, disse.

“Ele tentou desenhar máquinas voadoras. Se olharmos os rascunhos, veremos que ele tentou, sem sucesso, mimetizar o voo de uma ave. No fim, conseguimos voar. Era possível. Há milhões de pessoas voando todos os anos em veículos construídos pelo homem, mas de uma maneira que Da Vinci jamais poderia imaginar”, disse.

Assim como os aviões voam de maneira completamente diferente das aves – embora elas tenham sido a primeira inspiração para os inventores –, as folhas artificiais, segundo Barber, provavelmente não terão semelhança com as folhas das árvores.

“Não é preciso que se pareça com uma folha. Será uma tecnologia muito diferente da fotossíntese feita por elas. A forma como alcançaremos essa tecnologia poderá ser muito diferente da maneira encontrada pela natureza”, apontou.

Para o cientista do Imperial College London, a folha artificial não foi desenvolvida até agora porque só recentemente se acelerou o avanço do conhecimento a respeito da fotossíntese. Os cientistas não sabiam, por exemplo, como ocorria a quebra da água no processo.

“Hoje existe muito mais informação sobre os processos naturais. Os químicos estão trabalhando na construção de catalisadores artificiais e estão muito mais confiantes para começar a sintetizar”, disse.

“Estamos no caminho do desenvolvimento dessa catálise. Mas, até agora, não tínhamos muitos trabalhos feitos sobre o tema, em nível global. Outro fator limitante é que os combustíveis fósseis dominam. E não houve ênfase em tentar desenvolver outras tecnologias inovadoras para o futuro. O motivo é simples: os combustíveis fósseis são baratos”, afirmou.

Para Barber, o desenvolvimento da folha artificial seria a principal solução global para o problema energético. “Não consigo ver nenhuma outra alternativa a longo prazo. A curto prazo, provavelmente continuaremos queimando petróleo, carvão e gás. E rezar para que nada mais dramático aconteça com o clima. A médio prazo, deveremos usar biocombustíveis, mas nem todos os países poderão se valer dessas tecnologias”, disse.

Segundo o cientista, a folha artificial é provavelmente mais viável, como solução global, do que as tecnologias limpas com uso de fusão nuclear. “Isso é algo difícil demais para se fazer. Não dá para comparar com a viabilidade da folha artificial, cuja tecnologia já existe”, ressaltou.

“Posso produzir uma amanhã mesmo, usando um aparelho de produção de energia fotovoltaica, combinado com eletrodos de platina, alimentando o equipamento com energia solar, fazendo oxigênio e hidrogênio. Não é um sonho. É uma questão de otimização e de barateamento de produção”, afirmou.

Fonte: Agência Fapes/Info Online

sábado, 30 de outubro de 2010

E-Car Italiano Chega à China Sem Motorista

SÃO PAULO – Carro elétrico roda 13 mil quilômetros movido a energia solar e sem nenhum motorista a bordo.

O veículo inteligente foi guiado por equipamentos como lasers e GPS para ir da cidade de Parma, na Itália, até Xangai, na China.

A missão durou três meses; ela foi lançada em Julho pela empresa VisLab, que pesquisa veículos robóticos autônomos.

Além de rodarem sem piloto, os carros também se moviam sem gasolina. A energia elétrica necessária para o moimento vem do Sol. A desvantagem é que cada um dos quatro carros que realizou o percurso só podia rodar por quatro horas antes de parar para recarregar.

A chegada à China coincide com a feira Shangai Expo – e , é claro, os carros estarão expostos lá.

Fonte: Info Online

Primeiro Carro Colaborativo é Apresentado

A Fiat apresentou durante o Salão do Automóvel, que acontece em São Paulo até dia 7 de novembro, o primeiro carro feito de forma totalmente colaborativa e pela fábrica brasileira da Fiat em Betim (MG), utilizando ideias de internautas para a concepção do veículo conceito.

O Mio, também chamado de FCC III (Fiat Concept Carr III), recebeu desde agosto de 2009, mais de dois milhões de visitas entre 160 países, onde 17 mil se cadastraram e mais de 10 mil ideias foram postadas. O projeto, embora já tenha sido concebido para o salão, ainda recebe sugestões dos usuários e a tendência é que as propostas mudem as concepções e tecnologias de futuros carros da montadora.

“Acho que mais importante que o produto, está como a tecnologia nos ajudou a criar novos processos e a repensar algumas atividades”, diz João Veloso, relações públicas da Fiat para a América Latina. Recheado de propostas de alta tecnologia que ainda não estão disponíveis na indústria atual, o design moderno aposta na aerodinâmica das rodas cobertas por grandes calotas, pois é ali que o motor do carro se encontra, e nos vidros que escurecem sozinhos.

Internamente, o modelo se inspira em um lounge os bancos foram inspirados em sofás para acomodar confortavelmente duas pessoas. Ele vem equipado com sistemas de integração de gadgets (como iPads e iPhone) e painel integral com tecnologia sensível ao toque.

Inspirado numa proposta onde os carros se comunicarão com vias inteligentes, o volante ganha outras formas passando a ter a função de uma central de comandos, mais próximo dos usuários que estão acostumados com os jogos de videogame atuais. Já as dimensões do veículo foram definidas em 1560 mm de largura, 1530 mm de altura e comprimento de 2500 mm.

O modelo de propulsão do carro é ecológico, utilizando fibras e materiais reciclados na estrutura e baterias recarregáveis. Inclusive este item é um dos destaques do projeto.

A bateria é um conceito. Ele é um carro elétrico, ou seja, as rodas são movimentadas/acionadas por eletricidade, mas tem um conceito de fonte de energia à escolha do cliente. É um módulo de energia que entra e sai por baixo do carro. Este módulo, que é intercambiável, pode ser composto de baterias de chumbo (mais baratas e com menor autonomia para pessoas que usam o carro apenas nas vizinhanças de casa até 20 km de raio – 40 km de autonomia) ou até de baterias de lítio, para autonomias maiores, até 160-200 km.

O módulo de energia pode também ser uma célula de combustível movida a hidrogênio ou etanol, que gera energia elétrica para o carro. O cliente então poderia adequar à sua necessidade, comprando por exemplo um carro sem as baterias e contratando este “serviço” da operadora de energia, por leasing ou por consumo de kWh. O módulo de energia permite também a troca rápida de baterias, dispensando a recarga longa em situações especiais, como por exemplo viagens mais longas.

Fonte: Info Online

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Supercomputador Mais Veloz do Mundo é Chinês

Tianhe-1A tem capacidade de processamento de 2 507 petaflops; conjunto conta com 103 armários e pesa 155 toneladas

SÃO PAULO - A China apresentou ontem, durante o National High Performance Computing (HPC China 2010), em Pequim, o supercomputador mais potente do mundo.

Chamado de Tianhe-1A, a máquina tem capacidade de processamento de 2 507 petaflops, medidos por meio do software Linpack.

Para atingir o novo recorde de performance, o Tianhe-1A conta com 14 336 processadores Intel Xeon, GPUs Nvidia Tesla M2050, 103 armários e pesa 155 toneladas.

O equipamento foi desenvolvido pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT), na China, com custo de 88 milhões dólares. Em operação, ele consome 4,04 megawatts de eletricidade.

O Tianhe-1A derrubou o recorde anterior do Cray XT5 Jaguar, que é usado pelo Centro Nacional dos EUA para Ciências da Computação, no Oak Ridge National Laboratories. O Cray XT5 Jaguar é capaz de processar até 1,75 petaflops.

O Tianhe-1A vai operar com um sistema de código aberto e será usado para realizar cálculos científicos em larga escala.

Fonte: Info Online

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em Noite de Festa, Bravo! para Esquimó, de Fabrício Corsaletti


A noite foi de festa na sexta edição do Prêmio Bravo! Bradesco Prime de Cultura, realizado nesta segunda na Sala São Paulo. O evento premiou os destaques do ano nas artes plásticas, dança, cinema, literatura, música e teatro.
E quem levou o prêmio de melhor livro foi Esquimó de Fabrício Corsaletti!

Ele é indiscutivelmente uma das mais importantes vozes poéticas contemporâneas do Brasil. Esquimó, seu livro mais recente confirma a qualidade e o vigor dessa poesia vibrante, delicada, ao mesmo tempo suave e desaforada.

São poemas escritos entre 2006 e 2009 – alguns bem curtos – que se articulam e dialogam entre si, de modo a não prescindir uns dos outros. Melancólicos, engraçados, amorosos, os versos agradam a públicos de todas as idades.

Melhor mesmo é ouvir o próprio escritor lendo em voz alta sua poesia! Influenciado por Bob Dylan, ele conta que alterna o tom cético, deprimido com o bom humor. Num dos poemas, ele faz uma homenagem a Angélica Freitas, poeta que ele gosta muito e que também se sobressai no panorama da poesia contemporânea.

Corsaletti vai publicar crônicas sobre São Paulo, quinzenalmente, na nova revista da Folha de São Paulo.

Fonte: IG Cultura-Mona Dorf

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PUC-Rio Desenvolve Máquina que Lê Pensamento

O invento dos cientistas da PUC- Rio poderá mover cadeiras de rodas ou próteses de membros como braços e pernas

SÃO PAULO – Mover cadeiras de rodas ou próteses de membros como braços e pernas apenas com o pensamento são algumas das possibilidades de um dispositivo desenvolvido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.

Trata-se de uma interface que capta as ordens do cérebro por meio de uma touca com eletrodos e converte esses sinais em informações digitais capazes de acionar dispositivos mecânicos.

"É essencialmente um leitor de pensamentos", explica o coordenador do Laboratório de Robótica da PUC, Marco Antonio Meggiolaro. “Se você quer mover seu braço para a esquerda, por exemplo, ele consegue identificar isso”, explica o pesquisador sobre a ferramenta virtual que permite a adaptação entre os dois sistemas (o cérebro e a prótese ou a cadeira de rodas).

O equipamento permite que até pessoas que nunca tiveram determinados membros possam operar próteses apenas com o comando mental. Também pode ser usado por tetraplégicos ou portadores de doenças degenerativas para movimentar cadeiras de rodas de maneira totalmente independente.

Meggiolaro ressalta que, apesar de existirem vários dispositivos semelhantes sendo desenvolvidos em todo o mundo, o brasileiro é "o que tem melhor desempenho na atualidade em relação ao seu próprio tamanho. Ou seja, ele é muito compacto e a gente consegue mais de 90% de acerto na interpretação dos pensamentos".

O custo de produção dessa interface também é menor do que os concorrentes estrangeiros, segundo o pesquisador. De acordo com Meggiolaro, a fabricação do equipamento, com cerca de 10 centímetros de comprimento, tem o custo aproximado de R$ 1 mil. "A gente não está incluindo nesse valor o custo da pesquisa, do desenvolvimento. É só o custo físico do hardware [equipamento embarcado num produto que precisa de processamento computacional, no caso”, destaca.

A invenção foi patenteada nos Estados Unidos há menos de um mês e será inscrita no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) nas próximas semanas. Segundo Meggiolaro, já existem pessoas interessadas em comercializar o dispositivo.

O equipamento estava sendo exibido no 2º Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência, evento que se encerrou ontem (24) na capital paulista e que apresentou projetos de acessibilidade e ideias sobre inclusão e reabilitação de pessoas com mobilidade reduzida.

Fonte: Agência Brasil/Info Online

domingo, 24 de outubro de 2010

Insetos Ajudam a Desvendar Crimes

As moscas, por exemplo, podem revelar quais foram os motivos de uma morte

SÃO PAULO – Eles costumam ser os primeiros a encontrar um cadáver. Dotados de órgãos ultrassensíveis a odores, certos insetos da ordem dos dípteros chegam ao local de uma morte em cerca de dez minutos.

Essa rapidez faz com que essas criaturas sejam importante instrumento para se determinar a data da morte - ou intervalo pós-morte no jargão técnico - e ajudar a esclarecer crimes.

Os insetos podem indicar movimentação no corpo e a presença de substâncias químicas, além do local e até mesmo o modo e a causa da morte. Essas informações ainda podem associar suspeitos à cena do crime.

Por essas razões, a entomologia forense é uma especialidade importante para a criminalística e foi tema de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP e coordenado pelo professor Arício Xavier Linhares no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Uma das principais contribuições da pesquisa foi o levantamento das espécies de insetos de interesse forense presentes no Estado de São Paulo. "Esses dados são muito valiosos, pois uma discrepância entre a espécie encontrada em um cadáver e a fauna de insetos da região pode indicar que o corpo foi transportado de um lugar para outro", disse Linhares à Agência FAPESP.

O censo faunístico foi feito em diferentes regiões do estado e envolveu vários mestrandos e doutorandos. Os dados levaram em conta as migrações dos insetos e diferentes ambientes: urbano, rural e silvestre.

"Tínhamos apenas uma ideia das espécies presente em São Paulo, mas não sabíamos com exatidão a sua distribuição pelos diferentes biomas e regiões do Estado", explicou. O banco de dados obtido pode ser usado como parâmetro para investigações criminais.

O grupo também realizou estudos de sucessão biológica, que investigam cronologicamente as espécies de insetos que frequentam carcaças em cada estágio de decomposição.

Para capturar espécies necrófagas de interesse forense, os pesquisadores utilizaram armadilhas feitas com carcaças de peixe ou fígado de frango ou bovino. Somente na região de Botucatu foram coletados 12.363 insetos entre fevereiro de 2006 e fevereiro de 2007, que foram identificados e catalogados em 12 diferentes famílias.

As espécies mais importantes encontradas foram criadas em laboratório e os cientistas observaram o seu desenvolvimento em ambientes com diferentes temperaturas a fim de se obter um padrão a ser aplicado em investigações criminais.

Na segunda parte do projeto foram estudados os efeitos de diversos tipos de drogas no desenvolvimento desses insetos. Substâncias como barbitúricos, anfetaminas, cocaína, antidepressivos, esteroides e antidiazepínicos foram aplicados em indivíduos imaturos de diferentes espécies.

A presença de uma determinada droga em um cadáver pode alterar o desenvolvimento da larva, gerando uma leitura falsa do intervalo pós-morte, entre outros dados.

"Descobrimos que barbitúricos e benzodiazepínicos retardam o desenvolvimento das larvas, enquanto que cocaína e anfetaminas apresentam efeito contrário: aceleram o crescimento", disse Linhares.

Com o padrão de desenvolvimento levantado para cada espécie de inseto é possível determinar a vida da larva encontrada em horas, por meio de medições de peso e comprimento. No entanto, se a vítima ingeriu barbitúricos antes da morte, a droga diminui o ritmo de crescimento da larva, apresentando uma leitura falsa do intervalo pós-morte.

"Nosso estudo permitiu estimar qual é o desvio que cada droga provoca no desenvolvimento de diferentes espécies e, com isso, pudemos aplicar os desvios ao padrão para obter o horário correto do óbito", disse Linhares. O levantamento engloba uma tabela com o tempo que cada larva leva para se desenvolver em diferentes faixas de temperatura.

Perfil cuticular

A detecção das substâncias químicas nos insetos é feita por meio de técnicas como cromatografia gasosa ou espectrometria de massas. O grupo na Unicamp aplica essas técnicas em diversos casos nos quais é convidada pela polícia civil a auxiliar nas investigações.

Em um dos casos, o grupo averiguou uma morte com suspeita de overdose. Amostras de tecidos foram retiradas do corpo da vítima e larvas de insetos necrófagos foram alimentadas com esse material. A suspeita se confirmou quando a equipe identificou metabólitos para cocaína nas larvas empregadas.

Outro avanço importante obtido com o Projeto Temático foi o levantamento do perfil cuticular dos insetos. Presente em todas as fases da vida do inseto, a cutícula é formada por hidrocarbonetos cuja composição pode variar dentro de uma mesma espécie de acordo com a região geográfica que habita.

"Uma mosca capturada em Presidente Prudente poderá não ter o mesmo perfil cuticular de outro indivíduo da mesma espécie encontrado em Ubatuba", exemplificou Linhares. Por esse motivo, o banco de perfis cuticulares levantado na pesquisa poderá ser usado para identificar a localização de uma morte dentro do Estado de São Paulo.

A cutícula dos insetos ainda fornece outra informação valiosa para a ciência forense: a identificação da espécie em indivíduos imaturos. Mas o professor da Unicamp ressalta que isso ainda é um grande desafio para a pesquisa.

Ao deparar com ovos ou larvas de insetos, o cientista muitas vezes não consegue dizer de qual espécie são aquelas amostras. Nesses casos, o perfil cuticular funcionará como uma impressão digital da espécie, com a vantagem que ovos e larvas também possuem o mesmo perfil.

Geralmente, os cientistas coletam exemplares imaturos encontrados nos corpos para cultivá-los em laboratório e identificar a mosca quando ela chegar à fase adulta. Mas algumas vezes os cadáveres são lavados e as larvas acabam morrendo. O perfil cuticular é uma alternativa para esses casos.

Outra técnica utilizada para identificação de espécies é a reação em cadeia de polimerase, método da biologia molecular que permite levantar sequências de base de DNA e compará-las aos padrões das espécies levantados.

Apesar de a equipe da Unicamp contar com diversos recursos para apoiar investigações forenses, Linhares lamenta não existir ainda uma cultura de colaboração mais intensa entre a universidade e os serviços policiais de investigação. "Só recentemente a polícia técnica começou a contratar por seus concursos especialistas com mestrado e doutorado em entomologia forense", disse.

Fonte: Agência FAPESP/Info Online

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Baterias Poderão Ter Tamanho de Grão de Sal

Quantas baterias caberiam neste saleiro?

SÃO PAULO – Departamento de Defesa dos Estados Unidos investe para criar as menores baterias do mundo.

O projeto da Universidade da Califórnia – Los Angeles financiado pela Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa (Darpa) visa criar dispositivos com, no máximo, o tamanho de um grão de sal.

Eles poderiam ser usados para abastecer componentes eletrônicos e mecânicos de aparelhos em escala nanométrica sem, claro, perder a capacidade das atuais baterias de lítio-ion, presentes em quase todos os nossos gadgets modernos, como laptops, celulares, MP3 players, etc.

Jane Chang, engenheira da UCLA, está projetando um dos componentes dessa bateria: o eletrólito, que permite à carga fluir entre os eletrodos.

A chave está na arquitetura da estrutura das baterias. Para que algo tão pequeno possa ser tão eficiente quanto os dispositivos maiores, é preciso maximizar a densidade de energia potencial. Para isso, os pesquisadores pegaram nanofios e depositaram sobre eles camadas de aluminossilicato de lítio – os eletrólitos. O processo utilizado permite que camadas do material de apenas um átomo de espessura sejam aplicadas com spray na superfície dos nanofios. Dessa forma, eles acabaram criando estruturas tridimensionais.

Outros componentes dessas microbaterias 3D já estão sendo desenvolvidos (como os eletrodos),mas a pesquisa ainda está em estágio inicial: mesmo depois de prontas as partes, ainda será preciso integrá-las.

Os resultados obtidos até agora foram apresentados hoje durante o AVS 57th International Symposium & Exhibition, no Novo México, EUA.

Fonte: Info Online

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fifa Aprova Tecnologia para a Linha do Gol

Na Copa da África do Sul, o árbitro Jorge Larrionda e seus auxiliares não viram a bola chutada pelo inglês Frank Lampard passar a linha do gol

SÃO PAULO – Em assembléia nesta quarta, a International Board, órgão da Fifa que rege as regras do futebol, deu sinal verde para o uso da tecnologia.

Na reunião, realizada no País de Gales, os membros da entidade aprovaram a adoção do recurso, mas apenas para solucionar lances duvidosos na linha do gol, a fim de determinar se a bola entrou ou não.

“A tecnologia será aplicada somente à linha de fundo e apenas para determinar se um gol foi marcado ou não”, diz um dos “princípios” da nova ferramenta, segundo os velhinhos da Board, que não abrem mão da precisão do novo recurso.

“É obrigatório que a indicação de ter ou não ter sido gol seja imediata e automaticamente confirmada dentro de um segundo”, diz outro “princípio”.

Segundo os membros da entidade, a indicação de ter sido ou não gol será comunicada somente aos integrantes da arbitragem.

A Fifa definiu prazo até o fim de novembro deste ano para que as empresas interessadas na oferta do serviço façam uma apresentação inicial de suas tecnologias.

Também está previsto um período de testes, com um determinado número de empresas, antes da Assembleia Geral Anual da International Board, a ser realizada entre os dias 4 e 6 de março de 2011, quando serão definidas as próximas etapas do processo de adoção do recurso tecnológico.

Fonte: Info Online

São Paulo Inicia Teste com Ônibus Híbrido

São Paulo - A prefeitura de São Paulo iniciou nesta quarta-feira (20) testes com um ônibus híbrido movido a energia elétrica e biodiesel. O veículo menos poluente vai operar durante 15 dias na linha que liga a Cidade Universitária ao bairro da Aclimação. Depois, o desempenho do ônibus híbrido será comparado ao de outros cinco veículos comuns que realizam o mesmo trajeto.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes de SP, o objetivo é averiguar a viabilidade econômica, técnica e operacional dessa alternativa de transporte público mais sustentável. Os motores elétrico e a biodiesel do ônibus funcionam em paralelo ou de forma independente.

Alimentado por baterias que são recarregadas pela energia produzida nas frenagens, o motor elétrico é utilizado para arrancar e acelerar até uma velocidade de aproximadamente 20km/h. A partir daí, o motor a diesel entra em funcionamento.

Segundo a fabricante, a tecnologia híbrida permite uma economia de combustível (diesel) de até 35% e ainda reduz as emissões de gases poluentes entre 80 e 90%. Além disso, traz outro grande benefício: emite bem menos ruídos que os veículos convencionais. "Estamos mostrando para a sociedade brasileira a melhor solução híbrida em transporte urbano de passageiros", afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.

Ônibus híbrido já foi testado com sucesso em Curitiba

O ônibus híbrido da Volvo foi testado com sucesso durante três semanas na capital paranaense. Dependendo dos resultados dos testes em outras capitais, como SP e Rio de Janeiro (próximo destino dos testes), o veículo pode ser fabricado na unidade da Volvo na região. O investimento inicial seria de R$ 50 milhões.

Fonte: Exame.com/Info Online

Carro de Bambu Chama Atenção em Feira

BRASÍLIA – Quem visitar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia vai se deparar com um carro feito de bambu.

Desenvolvido por alunos de engenharia civil, elétrica e mecânica da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, o protótipo ficou pronto depois de um ano de trabalho.

Toda a estrutura do veículo é de bambu, como o banco e o suporte para o volante. Os pneus e o volante são do mesmo material usado em um carro convencional. O pequeno carro, parecido com um jipe, é movido a quatro baterias e tem capacidade de transportar de duas a três pessoas. Não tem teto nem velocímetro e pode chegar a 40 quilômetros por hora.

“É um projeto piloto. Era para mostrar aos alunos que engenharia não se limita a concreto e aço e dar uma noção de sustentabilidade”, disse o doutorando em estruturas da PUC e um dos orientadores do projeto, André Guedes Pinto.

O custo do carro de bambu foi de aproximadamente R$ 6 mil. O veículo está exposto no estande do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na feira, que vai até domingo (24). O tema da edição deste ano é Ciência para o Desenvolvimento Sustentável.

Outra atração é o túnel sensorial, criado por estudantes do curso de fisioterapia da Universidade de Brasília (UnB). No túnel, o visitante tem de caminhar com os olhos vendados em um pequeno corredor e descobrir – com o tato, o olfato e a audição - o que há dentro de caixas de papelão, como folhas secas, geleia, palha e arroz. A atividade é para mostrar como uma pessoa cega se orienta por meio dos outros sentidos, segundo a graduanda e participante do projeto Paula Marques.

“Foi fácil porque me ajudaram a andar sem enxergar. Acho que deve ser difícil um cego andar por aí”, disse o estudante Marcos Felipe, de 11 anos, que experimentou o túnel sensorial. A semana tem mais de 10 mil atividades programadas até o próximo domingo em 300 cidades do país, nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.

Fonte: Agência Brasil/Info Online

MS Windows Faz 25 Anos Hoje

Windows 1.0: a interface era multitarefa, mas os programas só podiam ser abertos lado a lado

O Windows 1.0 era uma tosca interface gráfica que rodava sobre o MS-DOS. Quase ninguém o usou. Mas foi o início do mais bem sucedido sistema operacional para computadores pessoais de todos os tempos.

Um quarto de século depois daquela versão inicial, o Windows é a origem de 91% dos acessos à internet. É um número que fala por si. Mas voltemos à versão 1.0. Ela começou a ser vendida em 20 de novembro de 1985, dois anos depois de Bill Gates ter feito um primeiro anúncio sobre o produto. É bom observar que aquele primeiro anúncio aconteceu antes do lançamento do Macintosh — mas depois do Lisa, o primeiro e fracassado computador com interface gráfica da Apple.

O Windows 1.0 vinha em disquetes de 360 KB. Era preciso ter o MS-DOS para instalá-lo, já que a interface gráfica funcionava como extensão desse sistema operacional. Foi a primeira tentativa da Microsoft de implantar um ambiente operacional multitarefa com interface gráfica nos PCs. No Windows 1.0, vários aplicativos podiam ser abertos ao mesmo tempo, mas as janelas só podiam ser vistas lado a lado. Somente as caixas de diálogo podiam se sobrepor a outras janelas. Diz a lenda que essa restrição era intencional. Seria uma maneira de evitar acusações de que a interface do Windows era uma cópia da do Macintosh. Como sabemos, a precaução foi inútil, já que as acusações vieram assim mesmo.

Em 1985, como não havia, ainda, aplicativos feitos especialmente para o Windows, rodavam-se os programas criados para o MS-DOS. Aliás, a falta de bons aplicativos foi uma das razões porque o Windows não teve sucesso no início. Ainda demoraria cinco anos até o Windows cair no gosto dos usuários. A interface gráfica da Microsoft só decolou realmente depois da versão 3.0, liberada em 1990.
Fonte: Info Online

sábado, 16 de outubro de 2010

3,9 Milhões de Sacolas Plásticas Fora do Mercado

Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas espera tirar de circulação 3,9 bilhões de unidades até o fim do ano

BRASÍLIA - Idealizadores do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas estimam que, até o fim do ano, 3,9 bilhões de unidades deixem de ser usadas no país.

A iniciativa, existente desde 2007, por meio da parceria entre a indústria e o varejo, visa a despertar no consumidor a prática de um consumo responsável, além de incentivar o descarte adequado de sacolas plásticas.

O programa foi implementado em sete capitais brasileiras (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro e Recife). Até o fim do ano, será estendido a Florianópolis e a Belo Horizonte.

Estima-se que, a cada hora, os brasileiros usem 1,712 milhão de sacolas plásticas. Seguindo esse cálculo, o total consumido por mês chega a 1,2 bilhão, e por ano, a cerca de 15 bilhões.

Para reduzir esse volume, o Ministério do Meio Ambiente lançou, em junho de 2009, a campanha Saco é um Saco, que busca incentivar o consumidor a utilizar ecobags (sacolas retornáveis). Dia 15 de outubro , data em que é comemorado o Dia do Consumidor Consciente, foram promovidas ações em vários estados para destacar o uso e a importância das sacolas retornáveis na redução de impactos ambientais.

De acordo com o diretor e superintendente do Instituto Nacional do Plástico, Paulo Dacolina, a produção de sacolas mais resistentes tem colaborado para a redução do consumo desordenado de sacolas plásticas, o que foi possível consolidar a partir de parcerias com grandes redes de supermercados do país.

“A produção de sacolas resistentes, que atendam às normas técnicas, têm colaborado para que o consumidor utilize uma em vez de duas sacolas para levar seus produtos. A parceria com os supermercados também tem colaborado de forma positiva nessa ação, já que o treinamento de funcionários desses empreendimentos vão ajudar na disseminação do uso consciente das sacolas pelo consumidor”, destaca.

Para a técnica de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente Paula Galvani, a mudança de hábito é importante para diminuir os impactos ambientais.

“Queremos incentivar o consumidor a utilizar as ecobags, alertando para a importância de preservar o meio ambiente do uso indiscriminado do plásticos. Esse material leva 400 anos para se degradar no meio ambiente. Fazendo o uso sustentável desse material, o país lucra no quesito sustentabilidade e o meio ambiente sofrerá, indiscutivelmente, menos impactos.”

Fonte: Agência Brasil/Info Online

Energia Eólica Sem Turbinas

Além de produzir a mesma quantidade de eletricidade das tradicionais turbinas, as Windstalks não possuem pás, portanto não oferecem risco aos pássaros

SÃO PAULO - Empresa de design cria nova maneira de captar energia eólica: hastes que balançam ao vento e produzem a mesma quantidade de eletricidade das tradicionais turbinas.

A grande vantagem das Windstalks, no entanto, é que elas são silenciosas e ocupam menos espaço.

Além disso, por não possuírem pás, elas não oferecem risco a pássaros ou outros animais que possam voar.

O projeto é de uma empresa de Nova York chamada Atelier DNA e foi feito para a cidade planejada de Masdar, uma região construída próxima a Abu Dhabi. As Windstaçks ficaram em segundo lugar no concurso Land Art Generator, uma competição patrocinada por Madsar para identificar a melhor obra de arte que gerasse energia renovável.

O projeto constitui de 1203 “hastes” de fibra de carbono, reforçadas com resina; elas possuem 0,3 metros de largura, 54 metros de altura e estão fixadas em bases de concreto com diâmetros entre 10 e 20 metros.

Cada haste contém camadas de eletrodos e discos de cerâmica alternados, feitos de materiais piezelétricos (que geram correntes quando colocados sob pressão). No caso das hastes, os discos irão ser comprimidos quando elas forem balançadas ao vento.

A espessura da haste no topo é de apenas 2,5 cm e, lá em cima, fica presa uma lâmpada de LED que fica acesa quando venta. Há ainda um sistema de armazenamento de energia, uma bateria, para os momentos em que o vento for pouco.

Fonte: Info Online

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pode Molhar à Vontade

Um papel que não molha, não rasga e ainda ajuda a salvar o planeta?

Criado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pela empresa Vitopel, o Vitopaper usa plástico reciclado em 85% da sua composição. A matéria-prima são embalagens, saquinhos, copos e pratos descartáveis, muito comuns no lixo urbano. O resultado é um papel quase igual ao de celulose, com maior durabilidade, que usa 20% menos tinta e custa até 40% mais, por causa da produção em baixa escala. A tecnologia já foi usada para imprimir 40 000 livros de informática para a Fundação Paula Souza, em São Paulo.

Fonte: Info Online

domingo, 10 de outubro de 2010

Google Trabalha em Carro Sem Motorista

Com a nova tecnologia, carros do Street View não precisarão mais de motoristas; protótipos já estão em testes na sede da empresa
SÃO PAULO - O Google anunciou hoje que está trabalhando no desenvolvimento de carros capazes de se autodirigir.

Segundo post publicado no blog da empresa, os veículos já estão em fase de testes na sede da empresa, em Moutain View, na Califórnia. Inclusive, já são utilizados para percorrer trajetos mais longos, como até o outro escritório da empresa, em Santa Mônica. No total, os carros sem motorista já acumulam 225 mil quilômetros rodados, de acordo com o Google.

A tecnologia é uma combinação de câmeras de vídeo, sensores de radares, telêmetros à laser e mapas. Para desenvolvê-la, o Google contratou engenheiros que já trabalharam no Darpa – campeonato de carros autodirigíveis financiado pelo governo americano.

Segundo a empresa, o objetivo da tecnologia é prevenir acidentes, liberar mais tempo para os usuários e reduzir as emissões de carbono. O projeto dos carros sem motoristas ainda está em fase experimental e não tem previsão para ser apresentado ao público.

Fonte: Info Online

Festival SWU tem Painéis de Luz Sustentáveis

Painéis de LED utilizados no evento emitem luz própria
SÃO PAULO – Com um consumo de energia equivalente ao de três residências populares em horário de pico, os seis painéis de LED do Festival SWU montados para a transmissão das imagens ao público se enquadram dentro dos padrões de sustentabilidade.

Segundo a organização do evento, 175m² de painéis de LED serão montados. Os telões apresentam baixo tempo de resposta e podem reproduzir com perfeição até 4,4 trilhões de cores.

De qualquer lugar da arena o público poderá visualizar as imagens projetadas nos telões, que terão um ângulo de visão de até 150°. Cada vez mais conhecido, o termo LED significa Light-Emitting Diode (diodo emissor de luz).

Uma das principais características da tecnologia é a emissão de luz própria, dispensando a luz de fundo ou luz lateral (backlight ou sidelight).

Fonte: Info Online

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como Funciona uma Linha de Montagem de PCs

Máquinas de fazer PCs

Quer saber como um emaranhado de peças e fios vira o computador que você usa todos os dias? A INFO visitou a linha de montagem e produção de componentes dos PCs e notebooks da Lenovo, na Flextronics, em Sorocaba (SP).

Prevenção contra choques

Antes de entrar na fábrica, é preciso vestir aventais e calçados isolantes, pois a energia elétrica do corpo humano pode danificar as máquinas.

Liquidação de peças
A primeira etapa do processo começa no “Supermercado”, local onde chegam kits com componentes importados ou fabricados localmente. Cada um deles é separado em divisórias. Itens nobres, como o processador, chegam lacrados em uma caixa.

Fazendo a placa-mãe
Quando a placa-mãe é fabricada localmente, entram em ação as máquinas mais poderosas. As placas chegam somente com circuitos impressos e recebem uma pasta de solda sobre a qual são aplicadas cerca de 90.000 componentes por hora.

Placas saindo do forno
Um forno com seis etapas de aquecimento entra em ação para solidificar a solda. Antes dessa etapa são detectados defeitos de relevo na pasta de solda e na localização de componentes, pois depois não há como consertá-los.

Quem monta, homem ou mulher?
No caso dos desktops, mais pesados, há muitos homens fazendo a montagem. Já os notebooks são montados por mulheres, consideradas mais cuidadosas e com mãos menores, para lidar com peças pequenas.

Instalação do software

O segundo passo, feito exclusivamente por máquinas, atribui número de série ao produto e carrega a imagem dos software no disco. Isso pode levar até 4h30. Também são feitos testes acessando o HD e as entradas para periféricos.

Testes dos periféricos
Os humanos ainda não foram substituídos completamente: eles também fazem testes para ver se a bandeja do DVD funciona, assim como as entradas para USB e SD. Quatro operadores conseguem produzir até 2 400 desktops ou 600 notebooks por dia.

Embalagem
Ao passar pelos testes e ganhar peças, o produto vai recebendo códigos de barras. Um leitor óptico confere pela etiqueta se ele foi aprovado em todos os testes e se tem as peças corretas antes de dar autorização para a embalagem.
Fonte: Info Online