quarta-feira, 24 de março de 2010

"Chip" Converte Água do Mar em Potável

Uma unidade do sistema: no canal em forma de y, a água do mar entra pela direita; a água potável sai pelo canal mais abaixo, à esquerda

SÃO PAULO - Converter água salgada em doce e potável não é algo simples – mas pode ser crucial para áreas de desastre (como Haiti).

Buscando soluções mais facilmente aplicáveis em emergências, pesquisadores do MIT desenvolvem unidades portáteis recarregáveis com luz do sol ou baterias que, além de remover o sal, eliminariam 99% de contaminantes, vírus e bactérias.

O método que usa concentração polarizada de íons foi criado por Sung Jae Kim e Jongyoon Han, do departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação do Massachusetts Institute of Technology.

Atualmente, uma das principais formas de remover o sal é a chamada osmose reversa, que usa membranas como filtro e que exige bombas grandes para manter as altas pressões necessárias. Este novo sistema, no entanto, repele sal e micróbios da água de forma eletrostática, graças à membrana chamada “íon-seletiva” do sistema.

Tudo funciona em escala microscópica, com métodos de fabricação similares aos chips, porém utilizando produtos como o silicone. Cada dispositivo só conseguiria limpar quantidades diminutas de água, mas um grande número deles poderia produzir 15 litros potáveis por hora - seria necessário aglomerar 1.600 desses “chips”.

Nos testes, os pesquisadores conseguiram remover 99% do sal e de contaminantes. A quantidade de energia necessária ainda é alta, comparável á da osmose reversa, porém ele possui a vantagem de produzir dessalinização em qualquer escala. O MIT acredita que, com aperfeiçoamento, ele chegue a consumir somente a energia de uma lâmpada convencional.

Os pesquisadores acreditam que deva levar dois anos para lançá-lo no mercado.

Fonte: MIT News Office/Info Online

terça-feira, 23 de março de 2010

Seu Corpo Pode Virar Tela Sensível ao Toque

Já pensou não precisar tirar o celular ou o mp3 player do bolso para mudar de música ou dar a ele um comando? Não, não estamos falando de fones com controle de volume, mas sim de usar seu próprio corpo como tela, ou controle remoto, para os gadgets.

Pesquisadores da Universidade de Carnegie Mellon, na Pensilvânia, e do laboratório de pesquisa da Microsoft, em Washington, desenvolveram para isso o Skinput. A máquina emite um teclado luminoso na pele da “cobaia”. Ao bater em cima de um botão, magicamente, o comando pode ser transmitido por Bluetooth para determinado gadget.

Mas não tão magicamente assim: o segredo é uma faixa presa ao antebraço, cujos sensores captam sons do corpo. Isso porque cada parte do corpo, quando atingida, produz um som diferente, interpretado pela máquina. Mesmo se o corpo da pessoa estiver em movimento, ela consegue saber qual tecla foi acionada.

O Skinput ainda é um projeto de pesquisa em desenvolvimento, mas parece uma ideia promissora. Se evoluir, poderia significar um grande avanço no mundo dos games, fazendo do jogador seu próprio controle.

Fonte: Info Online

domingo, 21 de março de 2010

Grêmio Prudente

Presidente Prudente - Após oficializar seus novos distintivo e uniformes, o Grêmio Prudente jogou hoje, no Prudentão, contra o Corinthians, obtendo uma grande vitória por 2x0, com gols de Robson no segundo tempo. A vitória mantem as chances do Grêmio Prudente se classificar para o quadrangular do Paulistão 2010.

Hoje, Ayrton Senna Completaria 50 Anos

SÃO PAULO - Neste domingo, 21 de março, o piloto brasileiro Ayrton Senna da Silva, tricampeão mundial de Fórmula 1, completaria 50 anos. Para homenageá-lo, o Instituto Ayrton Senna vai lançar produtos em homenagem a ele e ainda diversas ações, como eventos comemorativos ao longo de todo o ano.

Algumas homenagens em alguns eventos já estão confirmadas como na festa de premiação da 10ª Edição do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo e na maratona de revezamento Ayrton Senna Racing Day, que acontecem, em São Paulo, no segundo semestre.

Durante a 50ª Edição do Salão do Automóvel de São Paulo, que será realizado entre 28/10 a 7/11, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, Senna será um dos temas principais do evento que já é tradicional na capital paulista.

Entre os produtos que serão lançados está uma versão do capacete com o logotipo Ayrton Senna 50 anos, feito por Sid Mosca, que também criou todos os capacetes usados na carreira de Ayrton. O produto será uma edição limitada e exclusiva, com apenas 50 peças em escala natural. O lançamento deve acontecer ainda neste mês de março.

Durante a Feira de Brinquedos Abrin, que acontece de 6 a 9 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo, serão lançadas a Estátua de 18 centímetros de Ayrton Senna e a miniatura da McLaren com o piloto segurando a bandeira do Brasil. Em setembro, está previsto o lançamento de uma linha de produtos da McGregor, grife de moda patrocinadora da escuderia Williams, com venda para países como Brasil, Inglaterra, Holanda, Espanha, Japão e Bélgica.

Para a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, um ano de comemorações como este não pode passar em branco. Segundo ela, que é irmã de Ayrton, o piloto ainda está presente no coração dos brasileiros pelos valores que seguia na vida e nas pistas. "Em um ano como este, de celebração, tudo isso vem à tona, relembrando a trajetória vitoriosa de meu irmão", disse.

O Instituto Ayrton Senna, criado em 1994, desenvolve programas educacionais em todo o País. Já atendeu mais de 11 mil crianças em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

quarta-feira, 17 de março de 2010

NASA Encontra Vida Sob o Gelo

SÃO PAULO - A 168 metros de profundidade, abaixo da plataforma de gelo oeste da Antártida, a NASA encontrou algo que não esperava: um pequeno camarão.

A descoberta é curiosa, pois o local de exploração, apesar de não tão profundo, fica completamente às escuras.

Sem acesso à luz do Sol, cientistas não esperavam achar nada mais do que alguns micróbios. Outro elemento que contribui para a surpresa é o fato de o animal estar a mais de 20 km de distância do mar aberto.

A criatura foi filmada em novembro do ano passado, quando câmeras especiais observavam o gelo por baixo, mas as imagens só foram divulgadas esta semana.

Na página da NASA, é possível ver e baixar o filme no qual o crustáceo aparece.

Fonte: NASA/Info Online

Barco de Garrafas PET irá Cruzar o Pacífico

Barco passa por testes em São Francisco, EUA.

SÃO PAULO - O Plastiki é um veleiro catamaran de 20 metros de comprimento feito de garrafas PET e outros materiais recicláveis e reciclados.

Elaborado pelo ecologista David de Rothschild, inglês descendente da famosa família de banqueiros, o barco irá cruzar o oceano Pacífico em uma tentativa de chamar a atenção das pessoas para o problema do lixo no planeta.

O projeto do Plastiki surgiu há três anos, logo após o lançamento de um relatório do programa ambiental das Nações Unidas sobre os ecossistemas e a biodiversidade em alto mar que chamou a atenção do ecologista.

Com sete tripulantes, o barco irá navegar por diversas regiões de importância ambiental e, entre os destinos planejados, está uma passagem pelo grande depósito de plástico do Pacífico (Great Pacific Garbage Patch), uma região gigante de acúmulo do material logo abaixo da superfície do oceano.

Provando que é possível reutilizar materiais que iriam parar no lixo, a equipe projetou um sistema de flutuação com 12 mil garrafas de dois litros presas ao casco. Preenchidas com apenas 12 gramas de gelo seco, elas garantem que a estrutura, de plástico reciclável, não afunde na água.

Os mastros são feitos de canos de alumínio reciclado, enquanto as velas são fibras de um tipo de PET. As cabines também são feitas de plástico reciclável e são removíveis, podendo ser usadas como estruturas em terra firme.

Enquanto o teto do barco recolhe água da chuva para uso em banho, turbinas eólicas, painéis solares e duas bicicletas ergométricas adaptadas para exercícios da tribulação gerarão energia.

A viagem de mais de 20 mil km de São Francisco, nos Estados Unidos, até Sidney, na Austrália, deve começar no fim do mês.

Fonte: Info Online

Banco de Sementes tem 500 mil Espécies

Na Noruega, banco preserva biodiversidade vegetal

SÃO PAULO -O banco de sementes de Svalbard alcançou a marca de 500 mil espécies armazenadas, tornando-se assim o maior reservatório do mundo.

A coleção foi criada como depósito de segurança da biodiversidade, um local seguro para armazenagem de espécies que, um dia, podem ser aniquiladas pelas mudanças climáticas, guerras ou desastres naturais.

O depósito, localizado na Noruega, a apenas 1000 km do Pólo Norte, guarda as sementes para uso futuro em bancos genéticos, uma vez que elas só podem ser usadas quando não houver mais acesso à planta original.

Os próprios países continuam proprietários das amostras enviadas à Svalbard, que são guardadas a -18º C em embalagens seladas, colocadas dentro em caixas lacradas. As temperaturas e o limitado acesso a oxigênio garantem o baixo metabolismo e a desaceleração do envelhecimento. Uma camada isolante assegura as condições em caso de queda de energia.

O Svalbard tem capacidade para armazenar 4,5 milhões de amostras, cada uma contendo em média 500 sementes – o que totaliza 2,25 bilhões de grãos.

A importância de projetos como esse é não só garantir a sobrevivência de espécies, como guardar a diversidade, fundamental para a produção de plantas resistentes a diferentes ambientes.

Fonte: Info Online

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dubai Teria Edifício de 10MW

SÃO PAULO – Empresa projeta edifício em Dubai que produzirá dez vezes a energia que consome.

O arranha-céu de 50 andares e 130.00 m2 será equipado com três sistemas de captação de energia que, ao todo, produzem 10MW.

O primeiro é uma turbina eólica de 5 MW localizada no topo do edifício. Em seguida, há a cobertura de espelhos especiais capazes de concentrar a luz do Sol em um único ponto, gerando outros 3MW. O restante vem de um sistema que capta o movimento do ar quente ascendente nas paredes externas e o transforma em energia.

Segundo a Studied Impact, que fez o projeto, esse valor gerado é dez vezes o consumo do edifício, o que significa que o prédio ainda poderia fornecer energia aos vizinhos.

No projeto, escritórios e residências dividiriam os andares, enquanto os três últimos pisos seriam voltados para restaurantes e comércio.

Baseados em previsões meteorológicas, os designers acreditam que a torre poderá operar 2.400 horas por ano, num total de 20.000MWh liberados em 365 dias. Pelos cálculos, em 20 anos, o edifício “zeraria” os impactos energéticos causados em sua construção (360.000MWh) graças à geração de energia limpa.

Fonte: Info Online

A Energia do Deserto

SÃO PAULO - O Saara pode abrigar um complexo de usinas solares térmicas, que vai transformar o calor do Sol em energia limpa. Mas os críticos dizem que é loucura.

A cada duas semanas, o Sol envia para o nosso planeta um volume de energia maior do que aquele que geramos durante um ano. É uma fonte inesgotável e praticamente inexplorada — pelo menos até agora. Mas se um consórcio de empresas alemãs conseguir fazer sua ideia sair do papel, a construção do maior projeto solar já imaginado poderá começar em breve no deserto do Saara. Quando concluída, a obra vai colher a energia do Sol e transformá-la em eletricidade limpa, que vai abastecer casas e companhias europeias.

A iniciativa, chamada Desertec, nasceu em 2008. Em outubro do ano passado, 20 grandes empresas alemãs formaram um consórcio com o objetivo de financiar o projeto. O grupo vai fornecer 400 bilhões de euros, necessários para construir um conjunto de plantas de energia solar térmica no norte da África. Entre os integrantes estão gigantes da energia, como a E.ON e a RWE, além da Siemens, do Deutsche Bank e da seguradora Munich Re.

O projeto deverá cobrir 15% das necessidades de eletricidade da Europa até 2050, com pico de produção de 100 gigawatts — equivalente a 100 estações de energia abastecidas por carvão. A eletricidade vai chegar ao continente por 20 linhas diretas de alta tensão, que irão manter as perdas de transmissão abaixo de 10%. Elas cruzarão do Marrocos para a Espanha, via Estreito de Gibraltar; da Argélia para a França, pelas Ilhas Baleares; da Tunísia para a Itália; da Grécia para a Líbia; e do Egito para a Turquia, por Chipre.

A Desertec assumiria um dos postos em uma super-rede europeia que inclui energia gerada a partir de turbinas eólicas no mar do Norte; barragens hidrelétricas na Escandinávia; rochas térmicas na Islândia; e biocombustível na Europa Oriental.

Críticos dizem, contudo, que o projeto poderia tornar o fornecimento de energia na Europa refém de países politicamente instáveis. Também acreditam que a África não deveria ser explorada desta forma e que faz mais sentido cobrir os telhados da Europa com painéis fotovoltaicos. Os opositores destacam ainda que falta aos desertos um recurso indispensável para uma usina de energia solar: água. Será a Desertec um modelo de geração de energia para o futuro ou apenas uma ideia politicamente equivocada e um desperdício de dinheiro?

Quanto mais quente, melhor

Ao contrário dos painéis fotovoltaicos, que convertem luz solar em eletricidade, as plantas solares térmicas concentram e retêm o calor do Sol, depois usado para gerar energia como em uma usina convencional. Elas se dividem em quatro tipos (veja infográfico na pág. 44). Três usam espelhos para aquecer óleo, água ou sal fundido, produzindo vapor para girar uma turbina. Outro sistema adota um disco similar a uma antena parabólica de TV, que focaliza o calor em um cilindro fechado. Isso leva o gás no interior dessa câmara a se expandir e a se contrair, movendo um pistão.

No deserto de Mojave, na Califórnia, um sistema interligado de nove usinas solares com canais de espelhos vem gerando até 300 megawatts de energia por mais de duas décadas. Outra usina-piloto, na Espanha, tem 21 000 metros quadrados de espelhos de vidro, que aquecem uma placa de absorção a mais de 1 000° C e geram 1 megawatt.

A energia solar térmica está em alta. Entre as suas vantagens em relação à fotovoltaica está a capacidade de fornecer eletricidade tanto à noite quanto durante o dia. É possível fazer isso armazenando líquido aquecido em um recipiente isolado e liberando-o horas depois. Um complexo com painéis fotovoltaicos exigiria a criação de um novo tipo de bateria de alta capacidade — projeto ainda em estágio inicial de pesquisa. Mas o argumento decisivo é o custo, várias vezes menor que o das células fotovoltaicas.

Como as usinas solares térmicas exigem luz solar direta, em um dia nublado a produção de energia cai a quase zero. Mas a intensidade da luz no Saara compensa essa falha. A cada ano, cada metro quadrado do deserto recebe mais calor do Sol do que seria obtido pela queima de 2 milhões de barris de petróleo. A Desertec calcula que uma área de 600 quilômetros de extensão poderia fornecer toda a eletricidade que o mundo inteiro precisa hoje e que uma região de 250 quilômetros seria mais do que suficiente para abastecer toda a Europa.

O deserto pede água

Como qualquer usina de carvão ou óleo, uma central solar térmica requer grandes quantidades de água para resfriamento. O líquido condensa o vapor depois que ele passa pelas turbinas do gerador, e as perdas pela evaporação são inevitáveis. A usina de canais solares no deserto de Mojave consome cerca de 3 000 litros de água para cada megawatt-hora de energia elétrica que produz, e é provável que outras precisem de quantidades semelhantes. É muita água para se encontrar em um deserto.

Uma fazenda solar subsaariana típica deveria entregar cerca de 120 mil megawatts-hora de eletricidade por ano por quilômetro quadrado. Isso exigiria o consumo de cerca de 350 milhões de litros de água, volume suficiente para inundar a sua área a uma profundidade de 35 centímetros — não muito menos do que seria necessário para irrigar uma plantação de trigo.

Existe água embaixo do Saara. O aquífero gigante Nubian é um dos maiores do mundo, com cerca de 60 000 quilômetros cúbicos de água. Mas se trata de um recurso não renovável formado há milhares de anos, que não será reposto pelas chuvas. A despesa e o esforço necessário para encanar a água são enormes. A Líbia gastou 27 bilhões de dólares nas duas últimas décadas para construir um sistema capaz de fornecer essa água para irrigação. Esses custos tornariam a Desertec inviável economicamente.

Adotar o resfriamento por ar diminuiria a demanda por água em até 90%, mas traria outros problemas. O ar é menos eficiente no resfriamento e, por isso, as instalações necessitariam de mais espaço e mais espelhos, aumentando os custos. David Mills, cuja empresa Ausra, em Palo Alto, Califórnia, quer construir uma central solar térmica resfriada por ar no deserto de Nevada, diz que o resfriamento por ar causa um impacto de 10% em custo ou desempenho. Outra opção seria dessalinizar a água do mar e usá-la.

Oposição no telhado

Parte da oposição à Desertec vem de Hermann Scheer, membro do parlamento alemão responsável por planejar o programa que colocou painéis solares em 100 000 telhados do país. Ele classificou a Desertec como uma distração desnecessária e dispendiosa. Segundo Scheer, a Europa poderia gerar toda a energia solar de que precisa com maior cobertura de painéis fotovoltaicos. “É estranho como até mesmo o Greenpeace ainda não entendeu isso”, diz. “Até que a energia solar do norte da África possa ser fornecida aos preços prometidos pela Desertec, teremos geração de energia solar a um preço sensivelmente inferior em casa.”

Em relação ao investimento inicial, as instalações solares térmicas são claramente as vencedoras. Jeremy Leggett, que dirige a empresa Solar Century, em Londres, diz que os painéis fotovoltaicos custam mais que o dobro. Mas enquanto uma usina de energia solar requer funcionários trabalhando 24 horas, as instalações fotovoltaicas praticamente funcionam sozinhas. Também podem gerar energia no dia em que o primeiro painel for instalado, enquanto os espelhos solares térmicos são inúteis até a usina inteira ficar pronta.

Anthony Patt, do Instituto Internacional para Análise de Sistemas Aplicados, um grupo de pesquisas da Áustria, está conduzindo um estudo de viabilidade detalhado da geração de energia solar térmica. Ele avalia que é improvável que a Desertec seja competitiva com a geração de energia por carvão por pelo menos duas décadas, período em que ela vai consumir entre 20 e 50 bilhões de euros. O valor é semelhante em escala ao subsídio que a Alemanha deve dar para as células fotovoltaicas no mesmo período.

Instabilidade saariana

Um plano que irá explorar a África, e possivelmente a Ásia, para gerar eletricidade para a Europa não pode deixar de lado as questões políticas. A Desertec diz que dois terços do potencial solar do Norte da África e do Oriente Médio residem na Argélia, Líbia e Arábia Saudita. A Europa, como os Estados Unidos, pretende reduzir sua dependência de energia importada — especialmente petróleo da Arábia Saudita, Irã e Iraque — diante de um futuro político imprevisível. Por que arriscar ficar refém da sorte?

Ifeanyi Amajuoyi, que dirige a empresa nigeriana de energia renovável Nkubadorf, criou a organização Desertec-África para promover a causa da exploração do Sol na região em benefício dos africanos. Ele pretende liderar uma campanha para que os governos da África garantam que a energia da Desertec permaneça no continente.

Embora os obstáculos técnicos e políticos que a Desertec enfrenta sejam consideráveis, a recompensa pode ser enorme se funcionar. Ela irá elevar as energias renováveis ao status de fornecedores dominantes para a Europa, e ajudar a tornar os combustíveis fósseis uma coisa do passado. Se falhar, o rosto vermelho não terá sido causado por uma queimadura do deserto.

Fonte: New Scientist/Info Online

Criado Inseticida Biológico Contra Dengue

RIO DE JANEIRO – Depois de quase três anos de estudos, a Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), criou um inseticida biológico capaz de matar as larvas do mosquito da dengue em 24 horas.

A pesquisadora Elizabeth Sanches, que coordena o projeto, informou que o comprimido é inofensivo ao meio ambiente e à saúde humana e pode ser dissolvido em até 50 litros de água.

“A pastilha é colocada dentro da caixa d’água. Duas horas depois de ingerir o inseticida, a larva fica paralisada e impossibilitada de alimentar-se e morre depois de 24 horas. Além disso o efeito do inseticida dura até 21 dias”.

Paralelamente, a equipe da pesquisadora desenvolveu dois bioinseticidas: um contra o mosquito que transmite a malária e um contra a o transmissor da elefantíase. “Já estamos com o edital pronto para buscar parcerias empresariais para a produção dessas formulações,” adiantou a pesquisadora.

Atualmente todos os bioinseticidas usados no país são importados. A Fiocruz tem seis produtos totalmente nacionais, prontos para a fabricação em larga escala. A Farmanguinhos, que detém a patente desses produtos receberá os royalties pela comercialização e irá fiscalizar o processo de produção dos inseticidas nas empresas parceiras.

Fonte: Agência Brasil/Info Online

sábado, 6 de março de 2010

Projeto Mostra Veículo Marciano de 2037

Veiculos como o acima poderão estar em Marte nas próximas décadas

SÃO PAULO – Em 2037, um alinhamento favorável dos planetas pode permitir que as viagens a marte durem seis meses (cerca de um mês a menos do que hoje).

Pensando nisso, a NASA planeja utilizar a data para enviar uma missão tripulada ao planeta vermelho.

Entre bilhões de dólares gastos em naves, plataformas de lançamento e equipamentos, a agência espacial planeja o mais avançado e mais caro veículo de exploração em terra já criado.

Em parceria com a empresa Montgomery Design International, engenheiros da NASA criaram um projeto, ainda puramente conceitual, mas que atende a todos os pré-requisitos para uma missão humana em Marte.

Os Mars Exploration Rovers (MERs) seriam veículos pressurizados para dois astronautas – mas que, em emergências, seriam capazes de transportar seis pessoas. Projetados para percorrer longas distâncias, eles são capazes de transportar não só os exploradores como todo o necessário para mantê-los vivos e trabalhando no planeta.

Construídos para resistir às condições adversas de Marte, eles teriam que suportar temperaturas que variam de -81º C a -31º C, uma poeira fina que gruda e danifica os componentes eletrônicos e também serem bloqueadores de radiação.

O projeto venceu o Good Design Award, na categoria Transporte, dado pelo museu de arquitetura e design Chicago Athenaeum.

Fonte: Info Online

Asteróide Realmente Extinguiu Dinossauros

SÃO PAULO – Uma junta de 41 cientistas do mundo todo publicou novo trabalho que confirma a hipótese de que um grande asteróide causou a extinção dos dinossauros.

Criada há 30 anos, a teoria ganhou força quando uma equipe descobriu, em 1991, uma enorme cratera em Yucatan, México.

O corpo celeste teria atingido a Terra há 65 milhões de anos e causado a extinção dos dinossauros. Apesar de ter bastante força, essa teoria é desafiada por aqueles que crêem em outra explicação.

Para um grupo de cientistas, o impacto no México havia ocorrido 300 mil anos antes da extinção em massa, portanto, não poderia ser responsável por ela. Uma das hipóteses alternativas para o evento era a de que vulcões atipicamente ativos no que hoje é a região da Índia causaram o resfriamento global e a chuva ácida responsáveis pela morte dos animais no final do período Cretáceo.

Buscando uma resposta, os 41 cientistas da Europa, Estados Unidos, México, Canadá e Japão coletaram novos dados e reanalisaram antigos estudos.Entre as descobertas, está a de que as camadas que parecem ter se depositado nas bordas da cratera mexicana 300 mil anos antes do que se achava na verdade são o solo revirado. Com o impacto, uma enorme quantidade de material foi erguida e depois
Ao se afastar do ponto de impacto, essa camada tende a ficar mais fina e sua idade geológica coincide com a da extinção. . Além disso, apesar dos vulcões na Índia, os pesquisadores descobriram que os ecossistemas marinhos e terrestres sofreram poucas mudanças nos 500 mil anos antes do impacto. Então, exatamente nessa barreira houve uma queda abrupta de produtividade e diversidade de espécies.

Além disso, uma análise de modelos atmosféricos mostra que, apesar da atividade dos vulcões, o que eles expeliam de enxofre não causava danos a longo prazo na atmosfera, sendo rapidamente dissipado. Já no impacto, uma quantidade muito maior de enxofre e poeira foi liberada em um curto período, levando a perturbações ambientais extremas.

A pesquisa, publicada na Science, traz ainda alguns dados curiosos a respeito do asteróide:

- ele tinha 12 km de largura

- sua massa era de 3x10^12 toneladas, ou 10 mil vezes maior do que a de toda a população do mundo.

- o asteróide estava viajando a 20 km por segundo, cerca de 20 vezes a velocidade de um tiro

- o impacto liberou cerca de um bilhão de vezes mais energia do que as bombas testadas em Hiroshima

- a cratera inicial possui 100 km de largura e 30 km de profundidade.

- impactos desse tamanho ocorrem na terra mais ou menos a cada 100 milhões de anos.

Fonte: Nasa/Revista Info

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ferrari Verde

SÃO PAULO – A Ferrari apresentou seu modelo HY-KERS, um veículo híbrido que é, literalmente, a máquina mais “verde” já criada pela italiana.

O lançamento foi feito ontem no Geneva Auto Show, salão internacional do automóvel em Genebra, Suíça.

O veículo experimental é uma adaptação do modelo 599 GTB Fiorano com um motor elétrico de apenas 40 quilos que funciona em conjunto com o propulsor V12 movido a gasolina.

A combinação é necessária em algumas situações para dar potência extra, como em momentos de ultrapassagem ou aceleração. Segundo a Ferrari, o modelo reduz as emissões de CO2 em 35%.

A máquina gera potência de mais de 100 cv e também armazena energia cinética desperdiçada nas frenagens. Assim, com freios regenerativos, o que antes seria perdido é transformado em energia elétrica.

A Ferrari garante que nenhum espaço interno, nem mesmo do porta-malas, foi prejudicado. As baterias foram posicionadas abaixo do piso, criando um carro com centro de gravidade mais baixo.

A empresa utilizou tecnologia aplicada na Fórmula 1 no design e na engenharia para aumentar a tração e o balanço dos freios. O motor também tem um sistema único de resfriamento e lubrificação.

Outra novidade “verde” apresentada pela Ferrari no salão foi o sistema Stop & Start, que estará disponível nas Ferrari Califórnia. Ele reduziria o consumo de combustível e emissão de CO2 em 6% e, de acordo com a empresa, religa o motor tão rapidamente que o motorista nem percebe (230 milissegundos).

Fonte: Revista Info

quarta-feira, 3 de março de 2010

Porsche Apresenta Seu Modelo Híbrido

SÃO PAULO – Novo modelo da Porsche combina gasolina e motor elétrico em mais de 718 cavalos de potência.

O 918 Spyder Concept roda mais de 120 km por litro e acelera de zero a 95 km em 3,2 segundos.

O carro conceito será apresentado ao público a partir do dia 4, quando estarão abertas as visitações ao Salão do Automóvel de Genebra.

O protótipo híbrido funciona com um motor V8 de 500 cavalos movido a gasolina, mas há um detalhe: ele comporta apenas 3,4 litros. Além disso, há dois motores elétricos no eixo dianteiro que, somados, dão mais 218cv de potência ao veículo.

O motorista tem a opção de dirigir somente no modo E-Drive: utilizando somente as baterias, ele consegue rodar até 25 km. Já no modo híbrido, o 918 Spyder usa os dois motores elétricos e a combustão. Se o foco for a performance, há a opção de escolher o modo Sport Hybrid.

Fonte: Revista Info

Dias Devem Encurtar Por Causa de Terremoto no Chile

Quadro de Salvador Dalí, The Persistance of Memory.

SÃO PAULO – O terremoto de 8,8 graus que atingiu o Chile no dia 27 de fevereiro provavelmente encurtou a duração dos dias na Terra.

Segundo divulgado hoje pela NASA, o cientista Richard Gross usou um modelo complexo para calcular como a rotação da Terra deve ter mudado como resultado dos tremores.

Ele e sua equipe do Jet Propulsion Laboratory (JPL) chegaram a um cálculo preliminar de que o terremoto deve ter encurtado o comprimento do dia terrestre em 1,26 microssegundos (cada microssegundo é igual a um milionésimo de segundo).

Mais impressionante do que isso é o quanto o tremor moveu o eixo da Terra. Gross calculou que o eixo geométrico da Terra teve variação de 8 centímetros. É importante ressaltar que o eixo geométrico é diferente do eixo magnético (eles são separados por cerca de 10 metros).

Isso acontece pois os grandes terremotos geralmente causam a mudança de posicionamento de centenas de quilômetros de rocha, mudando a distribuição de massa do planeta, o que afeta a rotação.

O movimento de rotação é justamente o “giro” que a Terra dá em torno do próprio eixo: se este foi afetado, o tempo dessa rotação também será.Cada dia representa uma volta que a Terra da em torno de si mesma. Com essa mudanças, o planeta passará a girar um pouco mais rápido, fazendo com que a duração de um dia seja menor.

Por comparação, Gross estima que o terremoto de 9,1 graus de Sumatra, em 2004, deve ter encurtado a duração do dia em 6,8 microssegundos e mudado o eixo da Terra em 7 centímetros.

Apesar de menor em magnitude do que o tremor de 2004, o evento no Chile possuía duas características que causam mais alterações no eixo. A primeira é o fato de ter ocorrido em latitudes médias da Terra, enquanto em Sumatra o terremoto ocorreu perto da linha do Equador. A segunda é o fato de a falha responsável pelo tremor chileno estar em ângulo mais íngreme do que a falha sumatra.

Mas esses números ainda podem mudar, uma vez que nem todos os dados do tremor chileno foram ainda consolidados.

Fonte: Revista Info

segunda-feira, 1 de março de 2010

A Melhor Foto Já Feita da Terra

SÃO PAULO - Chamada de “mármore azul”, esta é a mais detalhada imagem já feita da Terra em suas cores originais.

Usando uma série de observações, de cada quilômetro quadrado do planeta foi fotografado e usado na composição dessa foto.

A maior parte das informações veio do Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, ou MODIS, instrumento a bordo do satélite Terra que sobrevoa o planeta a 700 km da superfície.

Com seus sistemas integrados de observações do solo, oceano e atmosfera, o coletou imagens entre junho e setembro de 2001.

Outras instituições também colaboraram com o projeto. As luzes das cidades, por exemplo, derivaram de nove meses de observações do Defense Meteorological Satellite Program.

Fonte: NASA/Revista Info

Plug de Tomada Controla Energia

SÃO PAULO – Argentino cria plug de tomada programável, ideal para aparelho que não precisam ficar ligados na tomada o dia todo.

A invenção de Santiago Cantera foi apresentada na Green Gadgets, feira de produtos verdes em Nova York.

Chamado de Energy Fair Clock, o plug possui um timer que permite acertar os horários em que a energia será ligada ou desligada daquele aparelho. Para quem trabalha fora de casa, por exemplo, é possível estipular que a TV passe o período das 9h às 18h sem consumir energia da rede – mesmo conectada à tomada.

Dá para criar quantos intervalos desejar: ligado entre as 14h e as 15h, desligado até as 18h; plugado novamente até as 21h e etc... Já para quem tem o hábito de carregar o celular à noite, é possível estipular que o plug funcione por um período X, o suficiente para reabastecer o aparelho sem consumir energia pelo restante da noite.

Para se ter uma ideia desse gasto no modo “satnd by” de aparelhos como microondas (que passam o dia plugados), uma televisão e um receptor de TV por assinatura apenas ligados na tomada, mas sem uso, consomem em média 10 watts por hora.
Fonte: Revista Info