São Paulo - O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está
realizando um projeto para a obtenção de borracha em pó empregando a
técnica de spray drying, ou secagem por aspersão.
O objetivo da pesquisa é desenvolver uma rota química de
produção a partir do látex sintético para aplicação da matéria-prima
como modificadora de impacto de plásticos (aumento de resistência) e
colaborar com soluções para preencher uma lacuna tecnológica pouco
explorada atualmente dentro e fora do Brasil.
De acordo com o IPT, a ideia do projeto nasceu de demandas feitas por
empresas do segmento, que buscavam novas formas para a produção da
matéria-prima.
A utilização da borracha em forma de pó ultrafino é uma
alternativa mais simples em determinadas aplicações na comparação ao uso
do material em bloco. Enquanto o pó permite a adição direta a processos
industriais (um dos melhores exemplos é a fabricação de resinas
poliméricas), os blocos demandam operações de moagem e pulverização.
A técnica mais comum para a obtenção da borracha em pó emprega
a irradiação da emulsão para promover uma modificação na estrutura do
látex antes da secagem em spray dryer, mas o processo apresenta gargalos
como a necessidade de uma infraestrutura em grande escala e os riscos à
saúde dos trabalhadores.
O projeto do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de
Partículas do IPT prevê desenvolver um processo de obtenção da borracha
em pó empregando uma técnica simples, industrializada, que opera em
processo contínuo e de baixo custo.
O estudo, iniciado em maio de 2011, trabalha a modificação
química do látex sintético por meio de monômeros funcionais e óxido
coloidal, que irão compor uma mistura submetida posteriormente à secagem
em um equipamento de spray dryer.
Para oferecer uma alternativa economicamente viável ao
mercado, o laboratório do IPT decidiu estudar a modificação química de
dois tipos de látex, o estireno-butadieno e o estireno-butadieno
carboxilado.
Após a fase de conclusão das análises, uma série de amostras
será produzida a partir da mistura da borracha em pó a polímeros para
execução de testes mecânicos e medição da resistência das peças.
O projeto tem prazo de conclusão em abril de 2013, mas os bons
resultados obtidos já possibilitaram o pedido de depósito de uma
patente e podem expandir o emprego das novas formulações.
Fonte: Agência FAPESP / Info Online
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