Criada há 30 anos, a teoria ganhou força quando uma equipe descobriu, em 1991, uma enorme cratera em Yucatan, México.
O corpo celeste teria atingido a Terra há 65 milhões de anos e causado a extinção dos dinossauros. Apesar de ter bastante força, essa teoria é desafiada por aqueles que crêem em outra explicação.
Para um grupo de cientistas, o impacto no México havia ocorrido 300 mil anos antes da extinção em massa, portanto, não poderia ser responsável por ela. Uma das hipóteses alternativas para o evento era a de que vulcões atipicamente ativos no que hoje é a região da Índia causaram o resfriamento global e a chuva ácida responsáveis pela morte dos animais no final do período Cretáceo.
Buscando uma resposta, os 41 cientistas da Europa, Estados Unidos, México, Canadá e Japão coletaram novos dados e reanalisaram antigos estudos.Entre as descobertas, está a de que as camadas que parecem ter se depositado nas bordas da cratera mexicana 300 mil anos antes do que se achava na verdade são o solo revirado. Com o impacto, uma enorme quantidade de material foi erguida e depoisAo se afastar do ponto de impacto, essa camada tende a ficar mais fina e sua idade geológica coincide com a da extinção. . Além disso, apesar dos vulcões na Índia, os pesquisadores descobriram que os ecossistemas marinhos e terrestres sofreram poucas mudanças nos 500 mil anos antes do impacto. Então, exatamente nessa barreira houve uma queda abrupta de produtividade e diversidade de espécies.
Além disso, uma análise de modelos atmosféricos mostra que, apesar da atividade dos vulcões, o que eles expeliam de enxofre não causava danos a longo prazo na atmosfera, sendo rapidamente dissipado. Já no impacto, uma quantidade muito maior de enxofre e poeira foi liberada em um curto período, levando a perturbações ambientais extremas.
A pesquisa, publicada na Science, traz ainda alguns dados curiosos a respeito do asteróide:
- ele tinha 12 km de largura
- sua massa era de 3x10^12 toneladas, ou 10 mil vezes maior do que a de toda a população do mundo.
- o asteróide estava viajando a 20 km por segundo, cerca de 20 vezes a velocidade de um tiro
- o impacto liberou cerca de um bilhão de vezes mais energia do que as bombas testadas em Hiroshima
- a cratera inicial possui 100 km de largura e 30 km de profundidade.
- impactos desse tamanho ocorrem na terra mais ou menos a cada 100 milhões de anos.
Fonte: Nasa/Revista Info
Nenhum comentário:
Postar um comentário