sábado, 6 de março de 2010

Asteróide Realmente Extinguiu Dinossauros

SÃO PAULO – Uma junta de 41 cientistas do mundo todo publicou novo trabalho que confirma a hipótese de que um grande asteróide causou a extinção dos dinossauros.

Criada há 30 anos, a teoria ganhou força quando uma equipe descobriu, em 1991, uma enorme cratera em Yucatan, México.

O corpo celeste teria atingido a Terra há 65 milhões de anos e causado a extinção dos dinossauros. Apesar de ter bastante força, essa teoria é desafiada por aqueles que crêem em outra explicação.

Para um grupo de cientistas, o impacto no México havia ocorrido 300 mil anos antes da extinção em massa, portanto, não poderia ser responsável por ela. Uma das hipóteses alternativas para o evento era a de que vulcões atipicamente ativos no que hoje é a região da Índia causaram o resfriamento global e a chuva ácida responsáveis pela morte dos animais no final do período Cretáceo.

Buscando uma resposta, os 41 cientistas da Europa, Estados Unidos, México, Canadá e Japão coletaram novos dados e reanalisaram antigos estudos.Entre as descobertas, está a de que as camadas que parecem ter se depositado nas bordas da cratera mexicana 300 mil anos antes do que se achava na verdade são o solo revirado. Com o impacto, uma enorme quantidade de material foi erguida e depois
Ao se afastar do ponto de impacto, essa camada tende a ficar mais fina e sua idade geológica coincide com a da extinção. . Além disso, apesar dos vulcões na Índia, os pesquisadores descobriram que os ecossistemas marinhos e terrestres sofreram poucas mudanças nos 500 mil anos antes do impacto. Então, exatamente nessa barreira houve uma queda abrupta de produtividade e diversidade de espécies.

Além disso, uma análise de modelos atmosféricos mostra que, apesar da atividade dos vulcões, o que eles expeliam de enxofre não causava danos a longo prazo na atmosfera, sendo rapidamente dissipado. Já no impacto, uma quantidade muito maior de enxofre e poeira foi liberada em um curto período, levando a perturbações ambientais extremas.

A pesquisa, publicada na Science, traz ainda alguns dados curiosos a respeito do asteróide:

- ele tinha 12 km de largura

- sua massa era de 3x10^12 toneladas, ou 10 mil vezes maior do que a de toda a população do mundo.

- o asteróide estava viajando a 20 km por segundo, cerca de 20 vezes a velocidade de um tiro

- o impacto liberou cerca de um bilhão de vezes mais energia do que as bombas testadas em Hiroshima

- a cratera inicial possui 100 km de largura e 30 km de profundidade.

- impactos desse tamanho ocorrem na terra mais ou menos a cada 100 milhões de anos.

Fonte: Nasa/Revista Info

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