quarta-feira, 11 de maio de 2011

Veneno de Abelha Detecta Explosivos

SÃO PAULO – Proteína encontrada no veneno das abelhas é capaz de detectar explosivos com precisão inédita de apenas uma molécula.

A descoberta, publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences, foi feita por engenheiros químicos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) liderados por Michael Strano e já despertou o interesse por suas aplicações comerciais e militares.

Os sensores poderiam resultar em detectores muito mais precisos do que os atualmente usados em aeroportos, por exemplo, que usam a espectrometria para analisar partículas carregadas conforme se movem no ar.

Já a descoberta do MIT atinge o limite máximo de detecção: encontra quantidades ínfimas como uma única molécula, desde que deixado em temperatura ambiente e sob pressão atmosférica. As proteínas do veneno de abelha se mostraram especialmente sensíveis a uma classe conhecida como compostos nitro-aromáticos, do qual a TNT faz parte.

Esta é a primeira vez que as proteínas do veneno da abelha são associadas a reação a explosivos. Os fragmentos usados, chamados “bombolitins”, foram usados juntamente com nanotubos de carbono (cilindros ocos com a espessura de um átomo de carbono puro).

Os nanotubos possuem uma fluorescência natural. Eles são recobertos com as proteínas do veneno de abelha que, naturalmente, atraem as moléculas de explosivos. Quando ambas se ligam, ocorre uma mudança no comprimento de onda da fluorescência do nanotubo que é detectada por um microscópio. Como as moléculas afetam o comprimento de onda e não a intensidade da fluorescência, o mecanismo não é influenciado pela luz ambiente.

O aparelho também pode sentir os produtos resultantes da decomposição desses explosivos.

Como as muitas combinações de proteínas com nanotubos reagem a diferentes compostos nitro-aromáticos, os pesquisadores podem identificar a “digital” de cada explosivo calibrando o equipamento.

O uso da proteína das abelhas já foi patenteado mas, para estar comercialmente disponível, o aparelho ainda precisa de um dispositivo relativamente barato capaz de capturar as moléculas do ar.

Fonte: Info Online

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