quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sucesso em um Mundo Mais Aberto

São Paulo - O termo “aberto” é rico em significados e conotações posit ivas. Entre outras coisas, está associado com franqueza, liberdade, f lexibilidade, expansividade, engajamento, compartilhamento e acessibilidade. Aberto, contudo, não é um adjetivo usado para descrever companhias. Para várias delas, em todo o mundo, termos como insular, burocrática, hierarquizada, secreta e fechada são muito mais válidos.

Há muito tempo descobriu-se que a corporação tradicional, integrada verticalmente, é um paradoxo. Titãs capitalistas como Henry Ford defendiam as virtudes do mercado livre, mas dirigiam suas empresas como economias planejadas e fechadas. Por décadas, essas fortalezas corporativas triunfaram sobre seus competidores. No mundo de hoje, não mais. Empresas com esse perfil estão começando a vacilar contra concorrentes mais ágeis e antenados.

Companhias inteligentes estão fazendo suas paredes cada vez mais porosas. Elas usam a internet para se abrir e adquirir conhecimento, recursos e capacidades que estão fora das suas fronteiras tradicionais. Essas empresas abrem espaço para um contexto de inovação e convidam clientes e parceiros para cocriar produtos e serviços. Na maioria dos mercados, elas inovam e têm melhor desempenho ao criar as chamadas redes de negócio.

Hoje, grandes companhias reconhecem que a inovação começa nas margens. A noção antiga de que uma empresa precisa atrair, desenvolver e reter os melhores talentos para sobreviver e se dar bem não é mais verdadeira.

Com os custos da colaboração caindo, as grandes corporações mundiais podem buscar ideias, inovações e mentes no vasto mercado global de talentos.

Mais é menos

O resultado disso é que companhias abertas podem inovar mais rapidamente, com menos custos e com maior eficiência ao alavancar expertise que elas não poderiam pagar ou que não teriam acesso muito facilmente.

Por exemplo: a colaboração externa permitiu que a Procter & Gamble aumentasse drasticamente as ideias de novos produtos (60% delas vindas de fora, no processo chamado inovação aberta), a receita e a taxa de sucesso de inovação — ao mesmo tempo que economizou mais de 1 bilhão de dólares em custos de P&D. Existe um número grande de novos modelos de colaboração e produção que questiona com sucesso as corporações tradicionais. Exemplos disso são os pioneiros que criaram o software de código aberto Linux e sites colaborativos como Wikipedia. Esse tipo de iniciativa mostra que milhares de voluntários dispersos podem criar projetos com rapidez, fluidez e inovação. De maneira parecida, empresas inteligentes como a Amazon estão abrindo seus produtos e sua infraestrutura de tecnologia para criar um palco no qual grandes comunidades de parceiros podem criar valor e, em vários casos, novos negócios.

Nesse novo contexto, o modelo tradicional de recrutamento, gerenciamento e retenção de funcionários está claramente obsoleto. O fator predominante hoje é o engajamento. As empresas devem encorajar aqueles que precisam de uma mudança de cenários e de novas oportunidades de desenvolvimento a trabalhar com seus parceiros de negócios. Ao mesmo tempo, precisam manter laços com grupos de ex-funcionários e outros tipos de redes que podem fornecer feedback contínuo e apoio para as iniciativas corporativas.

Fonte: Info Online

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