sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Estar em Forma Ajuda a ter QI Mais Alto

SÃO PAULO - Jovens adultos que estão em forma têm QI mais alto e maior probabilidade de ir à universidade.

A afirmação faz parte da conclusão de um estudo realizado com 1,2 milhões de homens suíços prestando serviços militares nascidos entre 1950 e 1976.

Os pesquisadores da Academia Sahlgrenska e Universidade Sahlgrenska analisaram os resultados de testes físicos e de QI de jovens homens e encontraram uma clara relação entre os números.

A boa forma dos participantes influencia diretamente os bons resultados do teste de QI. As relações mais fortes são para pensamento lógico e a compreensão verbal. Além disso, no acompanhamento dos voluntários, pesquisadores perceberam que aqueles com melhor forma física (e consequentemente QI mais alto) foram mais à universidade e, assim, conseguiram empregos melhores.

Mas atenção: essa relação não tem a ver com força (ficar musculoso), mas com boa forma física, que compreende um coração saudável e uma boa capacidade pulmonar. Essas, aliás, seriam algumas das possíveis explicações para os resultados, pois esses dois fatores influenciariam a oxigenação do cérebro.

Este é um dado importante, pois, em nenhum momento, a pesquisa menciona que pessoas fora de forma são menos aptas – somente indica que determinadas condições de saúde na juventude propiciam mais chances para o melhor desenvolvimento de algumas habilidades.

Segundo os pesquisadores, jovens entre 15 e 18 que aumentam sua boa forma tiveram melhora também na performance cognitiva. Um dado interessante é que, devido ao grande número de voluntários, foi possível estudar a influência genética dos resultados analisando casos de irmãos, inclusive gêmeos.

Foram 268.496 irmãos, 3.147 gêmeos bivitelinos e 1.432 univitelinos que mostraram aos pesquisadores que são fatores ambientais, e não os genes, os responsáveis pela relação dos altos níveis de QI e a boa forma.

Os resultados, publicados na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), também alertam que outros estudos desse tipo já foram feitos com animais, crianças e idosos. No entanto, em jovens, os resultados são contraditórios. Isso porque, por volta dos 20 anos, o cérebro ainda passa por mudanças como resultado do desenvolvimento cognitivo e emocional.

Fonte: Revista Info

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