Ainda em fase de testes, o protótipo promete ser uma fonte de energia limpa, renovável e facilmente integrada às zonas industriais existentes. A usina aproveita a energia disponível em um processo que ocorre naturalmente no encontro entre água doce e água salgada por meio de uma membrana: a osmose.
O termo pode não ser usado no dia-a-dia, mas deve soar familiar para quem se lembra das aulas de biologia do colégio. Osmose é o processo de passagem da água de um meio menos concentrado para um mais concentrado através de um membrana semi-permeável.
Esse processo ocorre nas células, por exemplo, e é o que faz nossos dedos ficarem enrugados quando passamos muito tempo na piscina: a água sai das células para entrar em equilíbrio com o meio mais concentrado.
Pensando nesse processo, a empresa Statkraft inaugurou hoje o primeiro protótipo que gera eletricidade explorando a energia disponível quando água doce e água salgada se misturam.
Na usina osmótica, a água doce e a salgada são encanadas para câmaras separadas por uma membrana artificial. As moléculas de sal atraem a água doce através da membrana, causando uma pressão do lado da água marinha equivalente a uma queda d’água de 120 metros. Essa pressão pode ser usada para girar uma turbina e gerar eletricidade.
As pesquisas com energia osmótica vêm sendo feitas pela Statkraft há mais de dez anos e, de acordo com os cálculos da empresa, o potencial global é de 1.600 a 1.700 TWh por ano – o equivalente a 50% da produção atual de energia da União Européia.
Por enquanto, o protótipo só produz até 4 kw, mas em pouco tempo deve chegar aos 10kW. Até 2015, a empresa espera construir usinas completamente operantes.
Fonte: Revista Info
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