quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Vacina Antifumo Evitaria Recaídas

SÃO PAULO – Uma vacina que impede a nicotina de chegar ao cérebro é a nova promessa para quem quer abandonar o cigarro.

As empresas GlaxoSmithKline Biologicals (GSK) e Nabi Biopharmaceuticals (Nabi) anunciaram nesta segunda feira um acordo de licenciamento para uma nova vacina antifumo, a NicVAX.

O produto entrou agora na terceira fase de testes clínicos e, se comprovada sua eficiência, poderia ser uma solução para milhões de fumantes que desejam parar - e o mais importante, permanecer em abstinência.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o uso do tabaco é responsável por uma de cada dez mortes de adultos no mundo. Até 2030, haverá entre seis milhões e dez milhões de mortes por ano causadas pelo fumo – um índice maior do que qualquer outra causa.

Como as taxas de recaída são bastante altas, um dos objetivos da nova vacina é prevenir a vontade de dar mais uma tragada. A NicVax funciona estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos que se ligam á nicotina, fazendo com que essa molécula ligada ao anticorpo se torne muito grande para cruzar a barreira entre sangue e cérebro.

Dessa forma, a nicotina não chega a seus receptores no nosso organismo, o que evita a sensação de prazer altamente viciante que fumantes sentem com o cigarro

Até agora, nos testes clínicos e pré-clínicos, os resultados confirmaram que essa habilidade da vacina ajuda as pessoas a pararem de fumar. A esperança é que, como os anticorpos permanecem por algum tempo na corrente sanguínea, a vacina ainda diminuiria as chances de uma recaída.

O produto ainda deve passar por outros testes – e espera-se que outras versões futuras sejam ainda mais eficientes no tratamento. Mas a liberação do uso não depende apenas dos resultados em laboratório, pois o acordo final entre as duas empresas envolvidas deve ser assinado somente no início do ano que vem.

Entre os termos, ficou estabelecido que a GSK pagará à Nabi 40 milhões de dólares pela exclusividade da licença e fabricação da NicVax, bem como de futuras vacinas feitas com a propriedade intelectual da empresa.

Fonte: Revista Info

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